STJ 2012.02.67054-4 201202670544
..EMEN:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. VPNI. REPOSIÇÃO AO ERÁRIO.
GRATUIDADE DE JUSTIÇA. ALEGAÇÃO DE OFENSA A ENUNCIADO SUMULAR.
DESCABIMENTO DE APRECIAÇÃO EM RECURSO ESPECIAL. DISSÍDIO
JURISPRUDENCIAL. ALÍNEA "C". NÃO DEMONSTRAÇÃO DA DIVERGÊNCIA.
REEXAME DO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 7/STJ. 1. Hipótese em
que o Tribunal local consignou (fl. 584, e-STJ): "A Administração
pode e deve rever, a qualquer tempo, seus atos (verbete n° 473 da
Súmula do STF), não havendo ilegalidade no ato que determinou
supressão ou redução da VPNI, após analisados os recursos dos
servidores, em regular processo administrativo". 2. No tocante à
violação da Súmula 106 do TCU, esclareço que o apelo nobre não
constitui via adequada para a análise de eventual contrariedade a
enunciado sumular, por não estar este compreendido na expressão "lei
federal" constante da alínea "a" do inciso III do artigo 105 da
Constituição Federal.
3. Com relação ao dissídio jurisprudencial, a divergência deve ser
comprovada, cabendo a quem recorre demonstrar as circunstâncias que
identificam ou assemelham os casos confrontados, com indicação da
similitude fática e jurídica entre eles. 4. A interposição do
Recurso Especial com fundamento na alínea "c" não dispensa a
indicação do dispositivo de lei federal ao qual o Tribunal de origem
teria dado interpretação divergente daquela firmada por outros
tribunais. 5. Quanto à concessão do benefício da justiça gratuita, é
evidente que, para modificar o entendimento firmado no acórdão
recorrido, seria necessário exceder as razões colacionadas no
acórdão vergastado, o que demanda incursão no contexto
fático-probatório dos autos, vedada em Recurso Especial, conforme
Súmula 7/STJ.
6. Recurso Especial não conhecido.
..EMEN:(RESP - RECURSO ESPECIAL - 1699547 2017.02.43809-0, HERMAN BENJAMIN, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:19/12/2017
..DTPB:.)
Ementa
..EMEN:
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. VPNI. REPOSIÇÃO AO ERÁRIO.
GRATUIDADE DE JUSTIÇA. ALEGAÇÃO DE OFENSA A ENUNCIADO SUMULAR.
DESCABIMENTO DE APRECIAÇÃO EM RECURSO ESPECIAL. DISSÍDIO
JURISPRUDENCIAL. ALÍNEA "C". NÃO DEMONSTRAÇÃO DA DIVERGÊNCIA.
REEXAME DO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 7/STJ. 1. Hipótese em
que o Tribunal local consignou (fl. 584, e-STJ): "A Administração
pode e deve rever, a qualquer tempo, seus atos (verbete n° 473 da
Súmula do STF), não havendo ilegalidade no ato que determinou
supressão ou redução da VPNI, após analisados os recursos dos
servidores, em regular processo administrativo". 2. No tocante à
violação da Súmula 106 do TCU, esclareço que o apelo nobre não
constitui via adequada para a análise de eventual contrariedade a
enunciado sumular, por não estar este compreendido na expressão "lei
federal" constante da alínea "a" do inciso III do artigo 105 da
Constituição Federal.
3. Com relação ao dissídio jurisprudencial, a divergência deve ser
comprovada, cabendo a quem recorre demonstrar as circunstâncias que
identificam ou assemelham os casos confrontados, com indicação da
similitude fática e jurídica entre eles. 4. A interposição do
Recurso Especial com fundamento na alínea "c" não dispensa a
indicação do dispositivo de lei federal ao qual o Tribunal de origem
teria dado interpretação divergente daquela firmada por outros
tribunais. 5. Quanto à concessão do benefício da justiça gratuita, é
evidente que, para modificar o entendimento firmado no acórdão
recorrido, seria necessário exceder as razões colacionadas no
acórdão vergastado, o que demanda incursão no contexto
fático-probatório dos autos, vedada em Recurso Especial, conforme
Súmula 7/STJ.
6. Recurso Especial não conhecido.
..EMEN:(RESP - RECURSO ESPECIAL - 1699547 2017.02.43809-0, HERMAN BENJAMIN, STJ - SEGUNDA TURMA, DJE DATA:19/12/2017
..DTPB:.)Decisão
Vistos, relatados e discutidos esses autos em que são partes as
acima indicadas, acordam os Ministros da PRIMEIRA SEÇÃO do Superior
Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas
taquigráficas, o seguinte resultado de julgamento: "A Seção, por
unanimidade, conheceu dos embargos e deu-lhes provimento, nos termos
do voto do Sr. Ministro Relator." A Sra. Ministra Assusete Magalhães
e os Srs. Ministros Sérgio Kukina, Regina Helena Costa, Gurgel de
Faria, Francisco Falcão, Herman Benjamin e Og Fernandes votaram com
o Sr. Ministro Relator.
Impedido o Sr. Ministro Benedito Gonçalves. Presidiu o julgamento o
Sr. Ministro Napoleão Nunes Maia Filho.
Data da Publicação
:
18/12/2017
Classe/Assunto
:
EARESP - EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL - 272665
Órgão Julgador
:
PRIMEIRA SEÇÃO
Relator(a)
:
MAURO CAMPBELL MARQUES
Tipo
:
Acórdão
Indexação
:
VEJA A EMENTA E DEMAIS INFORMAÇÕES.
..INDE:
Referência
legislativa
:
LEG:FED LEI:010820 ANO:2003
ART:00002 PAR:00002 PAR:00006
..REF:
LEG:FED LEI:008112 ANO:1990
***** RJU-90 REGIME JURÍDICO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA
UNIÃO
ART:00045
..REF:
LEG:FED MPR:002215 ANO:2001 EDIÇÃO:10
ART:00014 PAR:00003
..REF:
Fonte da publicação
:
DJE DATA:18/12/2017
IP VOL.:00108 PG:00321
..DTPB:
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