STJ 2015.02.03936-3 201502039363
..EMEN:
HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. ATO INFRACIONAL
ANÁLOGO AO CRIME DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL. APLICAÇÃO DE MEDIDA
SOCIOEDUCATIVA SEM TERMO FINAL. ALEGADA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO
SOCIOEDUCATIVA. NÃO OCORRÊNCIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO
EVIDENCIADO. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.
- O Supremo Tribunal Federal, por sua Primeira Turma, e a Terceira
Seção deste Superior Tribunal de Justiça, diante da utilização
crescente e sucessiva do habeas corpus, passaram a restringir a sua
admissibilidade quando o ato ilegal for passível de impugnação pela
via recursal própria, sem olvidar a possibilidade de concessão da
ordem, de ofício, nos casos de flagrante ilegalidade.
- Nos termos do enunciado n. 338 da Súmula do STJ, "a prescrição
penal é aplicável nas medidas socioeducativas". Diante disso, a
jurisprudência desta Corte firmou o entendimento de que, uma vez
aplicada medida socioeducativa sem termo final, deve ser considerado
o período máximo de 3 anos de duração da medida de internação,
previsto no art. 121, § 3º, do ECA, para o cálculo do prazo
prescricional da pretensão socioeducativa.
- Aplicando-se, por analogia, o prazo do art. 109, IV, do CP, que é
de oito anos, reduzido pela metade, nos termos do art. 115, do mesmo
diploma legal, o prazo prescricional consolida-se em 4 anos.
- Os ora pacientes, em decorrência da prática de ato infracional
análogo ao crime de estupro de vulnerável, tiveram a representação
recebida em 11/12/2012 e a sentença foi proferida em 16/12/2014. Não
evidenciada, portanto, a alegada prescrição da pretensão
socioeducativa.
- Habeas corpus não conhecido.
..EMEN:(HC - HABEAS CORPUS - 340073 2015.02.75224-0, REYNALDO SOARES DA FONSECA, STJ - QUINTA TURMA, DJE DATA:15/02/2016
..DTPB:.)
Ementa
..EMEN:
HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. ATO INFRACIONAL
ANÁLOGO AO CRIME DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL. APLICAÇÃO DE MEDIDA
SOCIOEDUCATIVA SEM TERMO FINAL. ALEGADA PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO
SOCIOEDUCATIVA. NÃO OCORRÊNCIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO
EVIDENCIADO. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.
- O Supremo Tribunal Federal, por sua Primeira Turma, e a Terceira
Seção deste Superior Tribunal de Justiça, diante da utilização
crescente e sucessiva do habeas corpus, passaram a restringir a sua
admissibilidade quando o ato ilegal for passível de impugnação pela
via recursal própria, sem olvidar a possibilidade de concessão da
ordem, de ofício, nos casos de flagrante ilegalidade.
- Nos termos do enunciado n. 338 da Súmula do STJ, "a prescrição
penal é aplicável nas medidas socioeducativas". Diante disso, a
jurisprudência desta Corte firmou o entendimento de que, uma vez
aplicada medida socioeducativa sem termo final, deve ser considerado
o período máximo de 3 anos de duração da medida de internação,
previsto no art. 121, § 3º, do ECA, para o cálculo do prazo
prescricional da pretensão socioeducativa.
- Aplicando-se, por analogia, o prazo do art. 109, IV, do CP, que é
de oito anos, reduzido pela metade, nos termos do art. 115, do mesmo
diploma legal, o prazo prescricional consolida-se em 4 anos.
- Os ora pacientes, em decorrência da prática de ato infracional
análogo ao crime de estupro de vulnerável, tiveram a representação
recebida em 11/12/2012 e a sentença foi proferida em 16/12/2014. Não
evidenciada, portanto, a alegada prescrição da pretensão
socioeducativa.
- Habeas corpus não conhecido.
..EMEN:(HC - HABEAS CORPUS - 340073 2015.02.75224-0, REYNALDO SOARES DA FONSECA, STJ - QUINTA TURMA, DJE DATA:15/02/2016
..DTPB:.)Decisão
Vistos, relatados e discutidos os autos em que são partes as acima
indicadas, acordam os Ministros da SEXTA Turma do Superior Tribunal
de Justiça: A Sexta Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de
declaração, nos termos do voto da Sra. Ministra Relatora. Os Srs.
Ministros Sebastião Reis Júnior, Rogerio Schietti Cruz, Nefi
Cordeiro e Ericson Maranho (Desembargador convocado do TJ/SP)
votaram com a Sra. Ministra Relatora.
Data da Publicação
:
18/02/2016
Classe/Assunto
:
EDRHC - EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EM HABEAS CORPUS - 63050
Órgão Julgador
:
SEXTA TURMA
Relator(a)
:
MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA
Tipo
:
Acórdão
Indexação
:
VIDE EMENTA
..INDE:
Sucessivos
:
EDcl no RHC 38929 RS 2013/0206043-0 Decisão:22/05/2018
DJE DATA:04/06/2018
..SUCE:
EDcl no AgRg no AREsp 1204444 SP 2017/0295383-2
Decisão:03/04/2018
DJE DATA:09/04/2018
..SUCE:
EDcl no AgRg no HC 414416 SP 2017/0219735-2 Decisão:03/04/2018
DJE DATA:09/04/2018
..SUCE:
EDcl no AgRg no HC 421632 RJ 2017/0274593-0 Decisão:03/04/2018
DJE DATA:09/04/2018
..SUCE:
EDcl no RHC 92134 PA 2017/0306052-9 Decisão:03/04/2018
DJE DATA:09/04/2018
..SUCE:
EDcl no RHC 92663 PA 2017/0319059-0 Decisão:03/04/2018
DJE DATA:09/04/2018
..SUCE:
EDcl nos EDcl nos EDcl no RHC 90407 RS 2017/0263009-8
Decisão:03/04/2018
DJE DATA:09/04/2018
..SUCE:
EDcl no AgRg no HC 373795 RJ 2016/0262038-8 Decisão:16/02/2017
DJE DATA:24/02/2017
..SUCE:
EDcl no AgRg no HC 376677 PR 2016/0284986-0 Decisão:06/12/2016
DJE DATA:02/02/2017
..SUCE:
EDcl no AgRg nos EDcl no HC 362639 MG 2016/0183637-0
Decisão:27/09/2016
DJE DATA:10/10/2016
..SUCE:
EDcl no RHC 69114 RJ 2016/0075883-6 Decisão:03/05/2016
DJE DATA:12/05/2016
..SUCE:
EDcl no RHC 67271 SP 2016/0014611-4 Decisão:07/04/2016
DJE DATA:19/04/2016
..SUCE:
EDcl no AgRg no HC 332862 SP 2015/0197456-5 Decisão:05/04/2016
DJE DATA:15/04/2016
..SUCE:
EDcl no AgRg no RHC 64107 MT 2015/0237029-2 Decisão:16/02/2016
DJE DATA:24/02/2016
..SUCE:
EDcl no AgRg no RMS 47355 TO 2015/0006592-0 Decisão:16/02/2016
DJE DATA:24/02/2016
..SUCE:
EDcl no HC 319316 MG 2015/0062850-6 Decisão:02/02/2016
DJE DATA:23/02/2016
..SUCE:
Fonte da publicação
:
DJE DATA:18/02/2016
..DTPB:
Mostrar discussão