TJAC 0708086-92.2012.8.01.0001
MUNICIPAL. CONCESSÃO DE VANTAGENS PESSOAIS SOBRE REMUNERAÇÃO INTEGRAL. VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL. EFEITO CASCATA. RECONHECIMENTO DE INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL INCIDENTER TANTUM DO ARTIGO 36, §4º DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL; ARTIGO 18 DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO; E DO ARTIGO 16, §2º DA LEI MUNICIPAL Nº 1.892/2012. PREQUESTIONAMENTO.
1. O artigo 37, XIV, da Constituição Federal, com redação alterada pela Emenda Constitucional nº 19/98, veda que acréscimos pecuniários concedidos a servidor público sejam incluídos na base de cálculo de acréscimos posteriores, ainda que não tenham mesmo título ou idêntico fundamento. É a vedação ao efeito cascata ou efeito repique.
2. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 563.708/MS, firmou posicionamento quanto à inexistência de direito adquirido a regime jurídico, quanto à aplicabilidade imediata da alteração constitucional promovida pela EC nº 19/98, e quanto à inconstitucionalidade de leis infraconstitucionais editadas após sua promulgação.
3. O cálculo da vantagem pecuniária denominada "sexta-parte", concedida aos servidores Auditores Fiscais de Tributos do Município de Rio Branco, nos termos do art. 18 da Lei Orgânica do Município de Rio Branco; do §4º do art. 36 da Constituição do Estado do Acre; e §2º do art. 16 da Lei Municipal nº 1.892/2012, afronta o texto constitucional, devendo ser calculada somente sobre o vencimento-base dos servidores.
4. A produtividade de Auditor Fiscal prevista no art. 16, I, "g", da Lei Municipal nº 1.892/2012 não possui natureza de vencimento-base, mas de gratificação propter laborem, não podendo servir como base de cálculo para outras vantagens pecuniárias.
5. Prequestionada a matéria constitucional suscitada.
6. Recurso desprovido.
Ementa
MUNICIPAL. CONCESSÃO DE VANTAGENS PESSOAIS SOBRE REMUNERAÇÃO INTEGRAL. VEDAÇÃO CONSTITUCIONAL. EFEITO CASCATA. RECONHECIMENTO DE INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL INCIDENTER TANTUM DO ARTIGO 36, §4º DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL; ARTIGO 18 DA LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO; E DO ARTIGO 16, §2º DA LEI MUNICIPAL Nº 1.892/2012. PREQUESTIONAMENTO.
1. O artigo 37, XIV, da Constituição Federal, com redação alterada pela Emenda Constitucional nº 19/98, veda que acréscimos pecuniários concedidos a servidor público sejam incluídos na base de cálculo de acréscimos posteriores, ainda que não tenham mesmo título ou idêntico fundamento. É a vedação ao efeito cascata ou efeito repique.
2. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 563.708/MS, firmou posicionamento quanto à inexistência de direito adquirido a regime jurídico, quanto à aplicabilidade imediata da alteração constitucional promovida pela EC nº 19/98, e quanto à inconstitucionalidade de leis infraconstitucionais editadas após sua promulgação.
3. O cálculo da vantagem pecuniária denominada "sexta-parte", concedida aos servidores Auditores Fiscais de Tributos do Município de Rio Branco, nos termos do art. 18 da Lei Orgânica do Município de Rio Branco; do §4º do art. 36 da Constituição do Estado do Acre; e §2º do art. 16 da Lei Municipal nº 1.892/2012, afronta o texto constitucional, devendo ser calculada somente sobre o vencimento-base dos servidores.
4. A produtividade de Auditor Fiscal prevista no art. 16, I, "g", da Lei Municipal nº 1.892/2012 não possui natureza de vencimento-base, mas de gratificação propter laborem, não podendo servir como base de cálculo para outras vantagens pecuniárias.
5. Prequestionada a matéria constitucional suscitada.
6. Recurso desprovido.
Data do Julgamento
:
04/08/2014
Data da Publicação
:
06/08/2014
Classe/Assunto
:
Apelação / Servidor Público Civil
Órgão Julgador
:
Segunda Câmara Cível
Relator(a)
:
Regina Ferrari
Comarca
:
Rio Branco
Comarca
:
Rio Branco
Mostrar discussão