TJAL 0000873-49.2012.8.02.0001
PENAL. PROCESSO PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. MINISTÉRIO PÚBLICO. CRIME. FORNECER BEBIDA ALCOÓLICA A ADOLESCENTES (ART. 243, DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE). DECISÃO A QUO DECLINANDO A COMPETÊNCIA PARA O JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL, EM FACE DO CONTIDO NO ARTIGO 63, INCISO I, DA LEI DE CONTRAVENÇÕES PENAIS. ART. 243 DO ECA QUE SE REFERE APENAS A PRODUTOS CUJOS COMPONENTES POSSAM CAUSAR DEPENDÊNCIA FÍSICA OU PSIQUICA. ESTATUTO QUE DIFERENCIA ESSAS SUBSTÂNCIAS DAS BEBIDAS ALCOÓLICAS. LEI 13.106/2015 RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.
I - O Estatuto da Criança e Adolescente, no artigo 81, promoveu significativo discrímen entre bebidas alcoólicas e produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, uma vez que os tratou em incisos separados.
II - Ora, como se sabe, no campo da jurisdição penal, é inadmissível a interpretação extensiva ou analógica. Assim, partindo dessa premissa, observa-se que, ainda que o crime tenha como foco a proteção da criança e do adolescente, acertou o magistrado de primeiro grau em interpretar literalmente o tipo descrito no artigo 243 do ECA.
Assim, considerando que o fato descrito na denúncia ocorreu em 27/01/2012, verifica-se atipicidade da conduta do recorrido, razão pela qual não merece prosperar o recurso ministerial.
IV Recurso não provido.
Ementa
PENAL. PROCESSO PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. MINISTÉRIO PÚBLICO. CRIME. FORNECER BEBIDA ALCOÓLICA A ADOLESCENTES (ART. 243, DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE). DECISÃO A QUO DECLINANDO A COMPETÊNCIA PARA O JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL, EM FACE DO CONTIDO NO ARTIGO 63, INCISO I, DA LEI DE CONTRAVENÇÕES PENAIS. ART. 243 DO ECA QUE SE REFERE APENAS A PRODUTOS CUJOS COMPONENTES POSSAM CAUSAR DEPENDÊNCIA FÍSICA OU PSIQUICA. ESTATUTO QUE DIFERENCIA ESSAS SUBSTÂNCIAS DAS BEBIDAS ALCOÓLICAS. LEI 13.106/2015 RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.
I - O Estatuto da Criança e Adolescente, no artigo 81, promoveu significativo discrímen entre bebidas alcoólicas e produtos cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica, uma vez que os tratou em incisos separados.
II - Ora, como se sabe, no campo da jurisdição penal, é inadmissível a interpretação extensiva ou analógica. Assim, partindo dessa premissa, observa-se que, ainda que o crime tenha como foco a proteção da criança e do adolescente, acertou o magistrado de primeiro grau em interpretar literalmente o tipo descrito no artigo 243 do ECA.
Assim, considerando que o fato descrito na denúncia ocorreu em 27/01/2012, verifica-se atipicidade da conduta do recorrido, razão pela qual não merece prosperar o recurso ministerial.
IV Recurso não provido.
Data do Julgamento
:
07/06/2017
Data da Publicação
:
14/06/2017
Classe/Assunto
:
Recurso em Sentido Estrito / Crimes Previstos no Estatuto da criança e do adolescente
Órgão Julgador
:
Câmara Criminal
Relator(a)
:
Des. Sebastião Costa Filho
Comarca
:
Maceió
Comarca
:
Maceió
Mostrar discussão