TJAL 0800733-77.2015.8.02.0000
HABEAS CORPUS. PRISÃO EM FLAGRANTE. PORTE DE ARMA. LIBERDADE PROVISÓRIA CONDICIONADA AO PAGAMENTO DE FIANÇA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA PARA O VALOR ARBITRADO. NÃO PAGAMENTO. HIPOSSUFICIÊNCIA FINANCEIRA EVIDENCIADA. ORDEM CONCEDIDA PARA PERMITIR AO PACIENTE A LIBERDADE PROVISÓRIA COM A DISPENSA DA FIANÇA. IMPERATIVIDADE DO ARTIGO 350, CPP. MANUTENÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES IMPOSTAS PELO JUÍZO IMPETRADO. PARECER DA PROCURADORIA PELA CONCESSÃO DA ORDEM.
I Colhe-se dos autos que o paciente foi preso em flagrante pelo crime de porte de arma em 14/02/2015 e somente em 24/02/2015 o juízo impetrado homologou o flagrante e lhe concedeu o benefício da liberdade provisória com fiança.
II - A decisão vergastada não justificou o porquê de ter arbitrado fiança em 3.940,00 (três mil, novecentos e quarenta reais) - cinco salários mínimos - não fazendo menção a qualquer notícia ou indicativo que aponte para a capacidade financeira do paciente.
III - Considerando que o paciente é assistido pela Defensoria Pública, qualifica-se como pescador de sururu, e até a presente data permanece preso (por mais de 60 dias), o que dá indicativos da sua condição de pobreza, eis que deixou de pagar a fiança arbitrada, em detrimento ao seu segundo maior bem da vida, qual seja, a liberdade, entendo que a fiança deve ser afastada.
IV Ordem concedida.
Ementa
HABEAS CORPUS. PRISÃO EM FLAGRANTE. PORTE DE ARMA. LIBERDADE PROVISÓRIA CONDICIONADA AO PAGAMENTO DE FIANÇA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA PARA O VALOR ARBITRADO. NÃO PAGAMENTO. HIPOSSUFICIÊNCIA FINANCEIRA EVIDENCIADA. ORDEM CONCEDIDA PARA PERMITIR AO PACIENTE A LIBERDADE PROVISÓRIA COM A DISPENSA DA FIANÇA. IMPERATIVIDADE DO ARTIGO 350, CPP. MANUTENÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES IMPOSTAS PELO JUÍZO IMPETRADO. PARECER DA PROCURADORIA PELA CONCESSÃO DA ORDEM.
I Colhe-se dos autos que o paciente foi preso em flagrante pelo crime de porte de arma em 14/02/2015 e somente em 24/02/2015 o juízo impetrado homologou o flagrante e lhe concedeu o benefício da liberdade provisória com fiança.
II - A decisão vergastada não justificou o porquê de ter arbitrado fiança em 3.940,00 (três mil, novecentos e quarenta reais) - cinco salários mínimos - não fazendo menção a qualquer notícia ou indicativo que aponte para a capacidade financeira do paciente.
III - Considerando que o paciente é assistido pela Defensoria Pública, qualifica-se como pescador de sururu, e até a presente data permanece preso (por mais de 60 dias), o que dá indicativos da sua condição de pobreza, eis que deixou de pagar a fiança arbitrada, em detrimento ao seu segundo maior bem da vida, qual seja, a liberdade, entendo que a fiança deve ser afastada.
IV Ordem concedida.
Data do Julgamento
:
15/04/2015
Data da Publicação
:
22/04/2015
Classe/Assunto
:
Habeas Corpus / Crimes do Sistema Nacional de Armas
Órgão Julgador
:
Câmara Criminal
Relator(a)
:
Des. Sebastião Costa Filho
Comarca
:
Santa Luzia do Norte
Comarca
:
Santa Luzia do Norte
Mostrar discussão