TJCE 0002502-75.2005.8.06.0071
APELAÇÃO CRIMINAL. LESÃO CORPORAL GRAVE. ART. 129, §1º, INCISOS I E II, DO CÓDIGO PENAL. DESCLASSIFICAÇÃO PARA LESÃO LEVE. IMPOSSIBILIDADE. LAUDO PERICIAL CONCLUSIVO. DOSIMETRIA DA PENA. MÍNIMO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. APLICAÇÃO ADEQUADA DA REPRIMENDA. APELO CONHECIDO E IMPROVIDO.
1. Havendo laudo de exame de corpo de delito a indicar, claramente, que da lesão resultou perigo de vida e incapacidade para as funções habituais por mais de 30 dias, não há como desclassificar o delito para lesão corporal leve, posto que se adequa ao tipo penal previsto no art. 129, § 1º, incisos I e II, do Código Penal, ou seja, lesão corporal de natureza grave.
2. A primariedade do réu não obsta a aplicação da pena base acima do mínimo legal, vez que, segundo o sistema trifásico de dosimetria da pena, são oito as circunstâncias judiciais analisadas capazes de elevar a pena base, e não apenas uma.
3. In casu, o magistrado considerou desfavoráveis algumas das circunstâncias judiciais, em que pese ter considerado a primariedade do réu, o que justifica a pena aplicada pela lesão grave por incapacidade superior a 30 dias e perigo de vida, de 03 (três) anos de reclusão e 10 dias-multa.
4. Apelo conhecido e improvido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de Apelação Criminal, ACORDAM os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará, à unanimidade e em consonância com o parecer ministerial, em NEGAR PROVIMENTO ao recurso interposto, nos termos do voto do Relator.
Fortaleza, 23 de agosto de 2017.
DESEMBARGADOR FRANCISCO MARTÔNIO PONTES DE VASCONCELOS
Relator
Ementa
APELAÇÃO CRIMINAL. LESÃO CORPORAL GRAVE. ART. 129, §1º, INCISOS I E II, DO CÓDIGO PENAL. DESCLASSIFICAÇÃO PARA LESÃO LEVE. IMPOSSIBILIDADE. LAUDO PERICIAL CONCLUSIVO. DOSIMETRIA DA PENA. MÍNIMO LEGAL. IMPOSSIBILIDADE. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS DESFAVORÁVEIS. APLICAÇÃO ADEQUADA DA REPRIMENDA. APELO CONHECIDO E IMPROVIDO.
1. Havendo laudo de exame de corpo de delito a indicar, claramente, que da lesão resultou perigo de vida e incapacidade para as funções habituais por mais de 30 dias, não há como desclassificar o delito para lesão corporal leve, posto que se adequa ao tipo penal previsto no art. 129, § 1º, incisos I e II, do Código Penal, ou seja, lesão corporal de natureza grave.
2. A primariedade do réu não obsta a aplicação da pena base acima do mínimo legal, vez que, segundo o sistema trifásico de dosimetria da pena, são oito as circunstâncias judiciais analisadas capazes de elevar a pena base, e não apenas uma.
3. In casu, o magistrado considerou desfavoráveis algumas das circunstâncias judiciais, em que pese ter considerado a primariedade do réu, o que justifica a pena aplicada pela lesão grave por incapacidade superior a 30 dias e perigo de vida, de 03 (três) anos de reclusão e 10 dias-multa.
4. Apelo conhecido e improvido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos de Apelação Criminal, ACORDAM os desembargadores da 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Ceará, à unanimidade e em consonância com o parecer ministerial, em NEGAR PROVIMENTO ao recurso interposto, nos termos do voto do Relator.
Fortaleza, 23 de agosto de 2017.
DESEMBARGADOR FRANCISCO MARTÔNIO PONTES DE VASCONCELOS
Relator
Data do Julgamento
:
23/08/2017
Data da Publicação
:
23/08/2017
Classe/Assunto
:
Apelação / Lesão Corporal
Órgão Julgador
:
2ª Câmara Criminal
Relator(a)
:
FRANCISCO MARTONIO PONTES DE VASCONCELOS
Comarca
:
Crato
Comarca
:
Crato
Mostrar discussão