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Jurisprudência


TJES 0002743-02.2015.8.08.0020

Ementa
Primeira Câmara Cível ACÓRDÃO Apelação Cível nº 0002743-02.2015.8.08.0020 Apelante: Seguradora Líder dos Consórcios do Seguro DPVAT S/A Apelada: Dieska Ribeiro Sinis Relatora: Desembargadora Janete Vargas Simões EMENTA : APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO OBRIGATÓRIO DPVAT. INVALIDEZ PERMANENTE. CÁLCULO DA INDENIZAÇÃO. NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO. CORREÇÃO MONETÁRIA. SÚMULA 580 STJ. SUCUMBÊNCIA. MANUTENÇÃO. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Considerando que o caso em análise cuida-se de invalidez parcial, o cálculo correto que deveria incidir sobre o grau das lesões sofridas pela apelada, a teor da súmula 474 do STJ, deve iniciar com a observância do percentual apontado na tabela para a perda anatômica e/ou funcional completa de um dos membros inferiores 70% sobre o teto indenizatório, isto é, R$ 13.500,00 x 70%, que gera o valor de R$ 9.450,00. Na sequência, como este valor é estipulado para os casos de invalidez permanente parcial completa e o caso da apelada é de invalidez permanente parcial incompleta, sobre aquele valor ainda deverá incidir a redução de 10% prevista no art. 3º, §1º, II, da Lei n.º 6.194/74 para os casos de perda residual, tal como identificado pelo laudo pericial (fl. 54), o que, mediante simples cálculo aritmético (R$ 9.450,00 x 10%), converge para a quantia de R$ 945,00 (novecentos e quarenta e cinco reais). 2. Razão não assiste à apelante em sua insurgência quanto ao termo inicial da correção monetária, uma vez que sua fixação a contar do evento danoso, como determinado na sentença apelada, encontra respaldo no enunciado sumular nº 580 do c. STJ, segundo o qual A correção monetária nas indenizações do seguro DPVAT por morte ou invalidez, prevista no § 7º do art. 5º da Lei nº 6.194/1974, redação dada pela Lei nº 11.482/2007, incide desde a data do evento danoso.. 3. Nos termos do entendimento deste e. TJES, O deferimento do pedido de indenização de seguro DPVAT, único pedido formulado, ainda que concedido em valor menor do que o requerido, não configura a sucumbência recíproca.. (TJES, Classe: Apelação, 41130001757, Relator: SAMUEL MEIRA BRASIL JUNIOR, Órgão julgador: TERCEIRA CÂMARA CÍVEL, Data de Julgamento: 18/07/2017, Data da Publicação no Diário: 28/07/2017) 4. Recurso conhecido e parcialmente provido. VISTOS, relatados e discutidos estes autos ACORDAM os Desembargadores que compõem a Primeira Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, de conformidade com a ata e notas taquigráficas que integram este julgado, à unanimidade, rejeitar a preliminar suscitada pelo apelante. No mérito, por igual votação, conhecer do recurso e dar-lhe parcial provimento , nos termos do voto da Relatora. Vitória, 23 de janeiro de 2018. PRESIDENTE RELATORA
Conclusão
À unanimidade: Conhecido o recurso de SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS DO SEGURO DPVAT S/A e provido em parte.

Data do Julgamento : 23/01/2018
Data da Publicação : 29/01/2018
Classe/Assunto : Apelação
Relator(a) : JANETE VARGAS SIMÕES
Comarca : PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL
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