TJES 0014115-09.2010.8.08.0024 (024100141159)
APELAÇÃO CÍVEL Nº 14115-09.8.08.0024
RELATOR: DES. SAMUEL MEIRA BRASIL JR.
RECORRENTE⁄RECORIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
: VALÉRIA BARROS DUARTE DE MORAIS
RECORRIDO⁄RECORRENTE: ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ADVOGADO: MARIA THEREZA SILVA MARQUES
MAGISTRADO: MANOEL CRUZ DOVAL
ACÓRDÃO
EMENTA: CONSTITUCIONAL E PROCESSO CIVIL. CONTROLE JUDICIAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS. CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE DELEGACIAS DE PROTEÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE EM TODOS OS MUNICÍPIOS DA GRANDE VITÓRIA. SEGURANÇA PÚBLICA. QUESTÕES POLÍTICAS. SEPARAÇÃO DE PODERES. AUTONOMIA DO EXECUTIVO PRESERVADA.
1. É possível ao Poder Judiciário determinar ao Estado a implementação, em situações excepcionais, de políticas públicas previstas na Constituição sem que isso acarrete contrariedade ao princípio da separação dos poderes. Precedentes STF, STJ e TJES.
2. A criação e implantação de Delegacias bem como a capacitação de profissionais constituem-se como verdadeiras questões políticas⁄atos-de-governo, em cujo juízo de conveniência ou de necessidade não cabe a interferência do controle judicial.
3. Embora sejam importantes as questões afetas à apuração de crimes contra crianças e adolescentes, deve ser preservada a autonomia do Estado do Espírito Santo na gestão das questões políticas frente às dotações orçamentárias disponíveis.
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Desembargadores da TERCEIRA CÂMARA CÍVEL do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, à unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso do Estado do Espírito Santo e, por igual votação, JULGAR PREJUDICADO o recurso do MPES.
Vitória (ES), 28 de julho de 2015
Desembargador SAMUEL MEIRA BRASIL JR.
Presidente e Relator
Ementa
APELAÇÃO CÍVEL Nº 14115-09.8.08.0024
RELATOR: DES. SAMUEL MEIRA BRASIL JR.
RECORRENTE⁄RECORIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
: VALÉRIA BARROS DUARTE DE MORAIS
RECORRIDO⁄RECORRENTE: ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
ADVOGADO: MARIA THEREZA SILVA MARQUES
MAGISTRADO: MANOEL CRUZ DOVAL
ACÓRDÃO
CONSTITUCIONAL E PROCESSO CIVIL. CONTROLE JUDICIAL DE POLÍTICAS PÚBLICAS. CRIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE DELEGACIAS DE PROTEÇÃO À CRIANÇA E AO ADOLESCENTE EM TODOS OS MUNICÍPIOS DA GRANDE VITÓRIA. SEGURANÇA PÚBLICA. QUESTÕES POLÍTICAS. SEPARAÇÃO DE PODERES. AUTONOMIA DO EXECUTIVO PRESERVADA.
1. É possível ao Poder Judiciário determinar ao Estado a implementação, em situações excepcionais, de políticas públicas previstas na Constituição sem que isso acarrete contrariedade ao princípio da separação dos poderes. Precedentes STF, STJ e TJES.
2. A criação e implantação de Delegacias bem como a capacitação de profissionais constituem-se como verdadeiras questões políticas⁄atos-de-governo, em cujo juízo de conveniência ou de necessidade não cabe a interferência do controle judicial.
3. Embora sejam importantes as questões afetas à apuração de crimes contra crianças e adolescentes, deve ser preservada a autonomia do Estado do Espírito Santo na gestão das questões políticas frente às dotações orçamentárias disponíveis.
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Desembargadores da TERCEIRA CÂMARA CÍVEL do Tribunal de Justiça do Espírito Santo, à unanimidade, DAR PROVIMENTO ao recurso do Estado do Espírito Santo e, por igual votação, JULGAR PREJUDICADO o recurso do MPES.
Vitória (ES), 28 de julho de 2015
Desembargador SAMUEL MEIRA BRASIL JR.
Presidente e RelatorConclusão
à unanimidade, dar provimento ao recurso do Estado do Espírito Santo e, por igual votação, julgar prejudicado o recurso do MPES.
Data do Julgamento
:
28/07/2015
Data da Publicação
:
07/08/2015
Classe/Assunto
:
Apelação
Relator(a)
:
SAMUEL MEIRA BRASIL JUNIOR
Comarca
:
TERCEIRA CÂMARA CÍVEL
Mostrar discussão