main-banner

Jurisprudência


TJMS 0000182-51.2011.8.12.0014

Ementa
E M E N T A – RECURSO DE APELAÇÃO EM AÇÃO DE COBRANÇA DE EXPURGOS INFLACIONÁRIOS – PLANO COLLOR II – INDEVIDO PEDIDO DE SUSPENSÃO DO PROCESSO – JULGAMENTO DA CONTROVÉRSIA PELO STF – PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA AFASTADA – MÉRITO RECURSAL – RESPONSABILIDADE DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA – DIREITO ADQUIRIDO DOS POUPADORES – RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO. I - O mero ajuizamento de ações que visem o controle concentrado de leis ou que versem sobre questões repetitivas não tem o condão de suspender os processos que versem sobre o mesmo assunto, a menos que os órgãos de superposição concedam medida liminar que contenha tal determinação. II - As instituições financeiras, na qualidade de depositárias dos saldos existentes nas cadernetas de poupança tem o dever de recompor os corretos reajustes inflacionários aplicáveis na respectiva época dos planos econômicos. III - A obrigação devida pelos bancos em favor dos poupadores diz respeito ao direito adquirido, resultante de um ato jurídico perfeito, assegurado constitucionalmente (art. 5º, inciso XXXVI), impondo-se até mesmo às leis de ordem pública, não se podendo falar em condição suspensiva ou mesmo em exercício regular de direito. Precedentes do STF. IV - Quanto ao Plano Collor II, é de 21,87% o índice de correção monetária a ser aplicado no mês de março de 1991, nas hipóteses em que já iniciado o período mensal aquisitivo da caderneta de poupança quando do advento do Plano, pois o poupador adquiriu o direito de ter o valor aplicado remunerado de acordo com o disposto na Lei n. 8.088/90.

Data do Julgamento : 30/07/2018
Data da Publicação : 31/07/2018
Classe/Assunto : Apelação / Títulos de Crédito
Órgão Julgador : 3ª Câmara Cível
Relator(a) : Des. Marco André Nogueira Hanson
Comarca : Maracaju
Comarca : Maracaju
Mostrar discussão