TJMS 0802562-39.2014.8.12.0004
APELAÇÃO CÍVEL – EMPRÉSTIMO CONSIGNADO – CONTRATAÇÃO FRAUDULENTA – FORTUITO INTERNO – DEVIDA COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS EM FAVOR DA AUTORA – VALOR FIXADO PELO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU MANTIDO – RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE – DEVIDA RESTITUIÇÃO SIMPLES DOS VALORES DESCONTADOS INDEVIDAMENTE – MULTA COMINATÓRIA – ALTERAÇÃO DO VALOR E DETERMINAÇÃO DE INCIDÊNCIA MENSAL.
01. Nos termos da Súmula 479 do Superior Tribunal de Justiça as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.
02. A quantia fixada na sentença atende aos fins preventivo e compensatório a que se destina e mostra-se razoável e proporcional para compensar o dano moral suportado pela parte autora, diante cobrança indevida de empréstimo oriundo de contrato fraudulento. Redução indevida.
03. Inexistindo prova inequívoca da má-fé no desconto de empréstimo irregular da aposentadoria do consumidor, a instituição financeira ré deve restituir, de forma simples, os descontos indevidos.
04. O descumprimento do comando judicial ensejará descontos mensais na remuneração, motivo pelo qual não se revela razoável a incidência de multa diária. Valor da astreinte alterado e determinada a incidência mensal.
Recurso parcialmente provido.
Ementa
APELAÇÃO CÍVEL – EMPRÉSTIMO CONSIGNADO – CONTRATAÇÃO FRAUDULENTA – FORTUITO INTERNO – DEVIDA COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS EM FAVOR DA AUTORA – VALOR FIXADO PELO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU MANTIDO – RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE – DEVIDA RESTITUIÇÃO SIMPLES DOS VALORES DESCONTADOS INDEVIDAMENTE – MULTA COMINATÓRIA – ALTERAÇÃO DO VALOR E DETERMINAÇÃO DE INCIDÊNCIA MENSAL.
01. Nos termos da Súmula 479 do Superior Tribunal de Justiça as instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias.
02. A quantia fixada na sentença atende aos fins preventivo e compensatório a que se destina e mostra-se razoável e proporcional para compensar o dano moral suportado pela parte autora, diante cobrança indevida de empréstimo oriundo de contrato fraudulento. Redução indevida.
03. Inexistindo prova inequívoca da má-fé no desconto de empréstimo irregular da aposentadoria do consumidor, a instituição financeira ré deve restituir, de forma simples, os descontos indevidos.
04. O descumprimento do comando judicial ensejará descontos mensais na remuneração, motivo pelo qual não se revela razoável a incidência de multa diária. Valor da astreinte alterado e determinada a incidência mensal.
Recurso parcialmente provido.
Data do Julgamento
:
05/04/2016
Data da Publicação
:
12/04/2016
Classe/Assunto
:
Apelação / Empréstimo consignado
Órgão Julgador
:
2ª Câmara Cível
Relator(a)
:
Des. Vilson Bertelli
Comarca
:
Amambai
Comarca
:
Amambai
Mostrar discussão