TJPI 2017.0001.013339-5
PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA, DE OFÍCIO, DURANTE A FASE INVESTIGATIVA. IMPOSSIBILIDADE. MAGISTRADO QUE NÃO HOMOLOGOU O FLAGRANTE. ORDEM CONCEDIDA.
1. O Código de Processo Penal estabelece, em seu artigo 311 que, em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
2. No caso dos autos, o magistrado a quo, ao receber o auto de prisão em flagrante, não homologou a prisão, por considerá-la ilegal, decretando, porém, a preventiva em desfavor do Paciente. Nesse contexto, revela-se o equívoco do magistrado vez que considerou a prisão em flagrante como ilegal, tanto que não a homologou, porém, em seguida, decretou a preventiva, de ofício, durante a fase investigativa, o que é vedado pelo ordenamento jurídico pátrio.
3. Ordem concedida.
(TJPI | Habeas Corpus Nº 2017.0001.013339-5 | Relator: Des. Joaquim Dias de Santana Filho | 2ª Câmara Especializada Criminal | Data de Julgamento: 24/01/2018 )
Ementa
PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA, DE OFÍCIO, DURANTE A FASE INVESTIGATIVA. IMPOSSIBILIDADE. MAGISTRADO QUE NÃO HOMOLOGOU O FLAGRANTE. ORDEM CONCEDIDA.
1. O Código de Processo Penal estabelece, em seu artigo 311 que, em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial.
2. No caso dos autos, o magistrado a quo, ao receber o auto de prisão em flagrante, não homologou a prisão, por considerá-la ilegal, decretando, porém, a preventiva em desfavor do Paciente. Nesse contexto, revela-se o equívoco do magistrado vez que considerou a prisão em flagrante como ilegal, tanto que não a homologou, porém, em seguida, decretou a preventiva, de ofício, durante a fase investigativa, o que é vedado pelo ordenamento jurídico pátrio.
3. Ordem concedida.
(TJPI | Habeas Corpus Nº 2017.0001.013339-5 | Relator: Des. Joaquim Dias de Santana Filho | 2ª Câmara Especializada Criminal | Data de Julgamento: 24/01/2018 )Decisão
Vistos, relatados e discutidos os presentes autos, acordam os componentes da Egrégia 2ª. Câmara Especializada Criminal do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, por votação unânime, em CONHECER do presente Habeas Corpus e, por maioria de votos CONCEDER a ordem impetrada diante da ilegalidade da prisão, vencido o Des. Joaquim Dias de Santana Filho.
Data do Julgamento
:
24/01/2018
Classe/Assunto
:
Habeas Corpus
Órgão Julgador
:
2ª Câmara Especializada Criminal
Relator(a)
:
Des. Joaquim Dias de Santana Filho
Mostrar discussão