TJPR 0000321-52.1997.8.16.0185 (Decisão monocrática)
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ
5ª CÂMARA CÍVEL - PROJUDI
Sala Des. Haroldo da Costa Pinto - Anexo, 1º Andar, 105 - Palácio da Justiça - CENTRO
CÍVICO - Curitiba/PR
APELAÇÃO CÍVEL Nº 0000321-52.1997.8.16.0185, DA 2ª VARA DE EXECUÇÕES
FISCAIS MUNICIPAIS DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO
METROPOLITANA DE CURITIBA
APELANTE : MUNICÍPIO DE CURITIBA
APELADO : JACINTO FELISBINO DA SILVA
RELATOR : JUIZ SUBST. 2º G. ROGÉRIO RIBAS (em substituição ao Des. LEONEL
CUNHA)
DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR
APELAÇÃO CÍVEL. EQUÍVOCO NO RECEBIMENTO DO
RECURSO NO PRIMEIRO GRAU. MERA CÓPIA DE PETIÇÃO
INICIAL DO AGRAVO DE INSTRUMENTO 1.678.473-9 RECEBIDA
COMO APELAÇÃO, COM REMESSA DOS AUTOS A ESTA
CORTE. MANIFESTA INADMISSIBILIDADE. RECURSO NÃO
CONHECIDO.
Vistos.
1)- Por brevidade, reporto-me ao despacho de mov. 5.1, lavrado pelo Em. Des. JOSÉ LAURINDO
DE SOUZA NETO, da 3ª Câmara Cível:
“I - Trata-se de apelação cível interposta contra a decisão proferida pelo
MM. Juiz de Direito da 2ª Vara de Execuções Fiscais Municipais do Foro
Central da Região Metropolitana da Comarca de Curitiba, nos autos de
execução contra a Fazenda Pública nº 0000321-52.1997.8.16.0185 em que
figuram como, apelante o Município de Curitiba e apelado Jacinto Felisbino
da Silva.
II – Em uma análise detida dos autos, constatei que houve um equívoco na
distribuição do respectivo recurso.
A par disso, importante traçar um retrospecto fático para entender o motivo
que levou a instauração desse recurso de apelação.
Pois bem.
Inicialmente, foi proferida sentença (mov. 1.3) na ação de execução fiscal nº
312-52.1997, em que figuram como exequente o Município de Curitiba e
executado Pedro Casimiro Balla, em que foi acolhida a exceção de
pré-executividade, e por consectário, foi extinta a demanda ante a
ilegitimidade do polo passivo. Ainda, condenou o exequente ao pagamento
de custas processuais e arbitrou-se R$ 500,00 em honorários advocatícios.
Posteriormente, a sentença transitou em julgado (mov.1.4) e, em seguida os
autos foram digitalizados para o cumprimento de sentença.
Em 02.01.2017 o Município apresentou manifestação, impugnando os
cálculos de custas processuais, requerendo o afastamento do excesso de
execução. Aproveitou-se para concordar com o arbitramento dos honorários
advocatícios (condenação em R$ 500,00).
Ato contínuo, sobreveio nova decisão em que a Magistrada indeferiu o
pedido de isenção de custas relativas a práticas realizadas pelo Oficial de
Justiça “ad hoc”, entretanto, afastou a Taxa Judiciária com fundamento no
Decreto 962/32. Ainda, determinou a expedição do RPV, englobando-se o
valor das custas processuais (no importe de R$ 847,20) e dos honorários
advocatícios (na quantia de R$ 500,00, conforme condenação da decisão
anterior).
Irresignado, o Município de Curitiba interpôs Agravo de Instrumento, que
foi distribuído livremente perante a 5ª Câmara Cível deste Tribunal de
Justiça, sob o n º 1.678.473-9.
Em consulta ao Judwin, verifica-se que o Relator do Agravo de Instrumento
foi o Des. Leonel Cunha, e que já houve decisão negando provimento ao
recurso, inclusive em 09.11.2017 os autos foram remetidos a vara de
origem.
Note-se que houve um equívoco na distribuição do presente recurso
(autuado como recurso de apelação), pois o Município apresentou cópia do
Agravo de Instrumento ao juízo de primeira instância e o Magistrado
solicitou intimação da parte contrária para apresentar contrarrazões ao
recurso de apelação, ou seja, em que pese não mencione que recebeu o
recurso, mencionou que se trata de apelação.
Diante disso, foi determinada a remessa a este Tribunal de Justiça.
O recurso de apelação que ora se discute, foi distribuído livremente a 3ª
Câmara Cível.
Entretanto, em que pese o recurso não mereça conhecimento, não cabe a
este Relator julgá-lo, sendo imprescindível a remessa à 5ª Câmara Cível,
visto que o Des. Leonel Cunha tornou-se prevento, diante do julgamento
proferido no Agravo de Instrumento nº 1.678.473-9.
II – Assim, nos termos do art. 197, caput e §1º do Regimento Interno deste
Tribunal de Justiça, determino a redistribuição, com urgência, da presente
Apelação Cível”.
Em cumprimento ao citado despacho, o feito foi redistribuído e os autos vieram-me conclusos na
qualidade de substituto do Des. LEONEL CUNHA.
Pois bem.
2)-Como observado pelo Exmo. Des. JOSÉ LAURINDO SOUZA NETO, a autuação do recurso
como Apelação Cível e a remessa dos autos a este E. TJPR foi equivocada, eis que, na verdade, a
peça que foi considerada apelação constitui em verdade mera cópia da petição inicial do Agravo de
, de relatoria do Em. Des. LEONEL CUNHA e que, inclusive, já seInstrumento nº 1.678.473-9
encontra julgado desde 22/08/2017.
3)- Logo, em razão da manifesta inadmissibilidade da presente apelação, com fulcro no art. 932,
III do CPC, e, de ofício, anulo todos atos processuais desdeNEGO-LHE CONHECIMENTO
o recebimento da “apelação” (mov. 22.1) e determino a baixa dos autos à origem para que o
processo principal tenha regular prosseguimento.
Cumpra-se.
Intimem-se.
Curitiba, data do sistema.
Juiz ROGÉRIO RIBAS, Substituto de 2º Grau
Relator
(TJPR - 5ª C.Cível - 0000321-52.1997.8.16.0185 - Curitiba - Rel.: Rogério Ribas - J. 20.11.2017)
Ementa
PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO PARANÁ
5ª CÂMARA CÍVEL - PROJUDI
Sala Des. Haroldo da Costa Pinto - Anexo, 1º Andar, 105 - Palácio da Justiça - CENTRO
CÍVICO - Curitiba/PR
APELAÇÃO CÍVEL Nº 0000321-52.1997.8.16.0185, DA 2ª VARA DE EXECUÇÕES
FISCAIS MUNICIPAIS DO FORO CENTRAL DA COMARCA DA REGIÃO
METROPOLITANA DE CURITIBA
APELANTE : MUNICÍPIO DE CURITIBA
APELADO : JACINTO FELISBINO DA SILVA
RELATOR : JUIZ SUBST. 2º G. ROGÉRIO RIBAS (em substituição ao Des. LEONEL
CUNHA)
DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR
APELAÇÃO CÍVEL. EQUÍVOCO NO RECEBIMENTO DO
RECURSO NO PRIMEIRO GRAU. MERA CÓPIA DE PETIÇÃO
INICIAL DO AGRAVO DE INSTRUMENTO 1.678.473-9 RECEBIDA
COMO APELAÇÃO, COM REMESSA DOS AUTOS A ESTA
CORTE. MANIFESTA INADMISSIBILIDADE. RECURSO NÃO
CONHECIDO.
Vistos.
1)- Por brevidade, reporto-me ao despacho de mov. 5.1, lavrado pelo Em. Des. JOSÉ LAURINDO
DE SOUZA NETO, da 3ª Câmara Cível:
“I - Trata-se de apelação cível interposta contra a decisão proferida pelo
MM. Juiz de Direito da 2ª Vara de Execuções Fiscais Municipais do Foro
Central da Região Metropolitana da Comarca de Curitiba, nos autos de
execução contra a Fazenda Pública nº 0000321-52.1997.8.16.0185 em que
figuram como, apelante o Município de Curitiba e apelado Jacinto Felisbino
da Silva.
II – Em uma análise detida dos autos, constatei que houve um equívoco na
distribuição do respectivo recurso.
A par disso, importante traçar um retrospecto fático para entender o motivo
que levou a instauração desse recurso de apelação.
Pois bem.
Inicialmente, foi proferida sentença (mov. 1.3) na ação de execução fiscal nº
312-52.1997, em que figuram como exequente o Município de Curitiba e
executado Pedro Casimiro Balla, em que foi acolhida a exceção de
pré-executividade, e por consectário, foi extinta a demanda ante a
ilegitimidade do polo passivo. Ainda, condenou o exequente ao pagamento
de custas processuais e arbitrou-se R$ 500,00 em honorários advocatícios.
Posteriormente, a sentença transitou em julgado (mov.1.4) e, em seguida os
autos foram digitalizados para o cumprimento de sentença.
Em 02.01.2017 o Município apresentou manifestação, impugnando os
cálculos de custas processuais, requerendo o afastamento do excesso de
execução. Aproveitou-se para concordar com o arbitramento dos honorários
advocatícios (condenação em R$ 500,00).
Ato contínuo, sobreveio nova decisão em que a Magistrada indeferiu o
pedido de isenção de custas relativas a práticas realizadas pelo Oficial de
Justiça “ad hoc”, entretanto, afastou a Taxa Judiciária com fundamento no
Decreto 962/32. Ainda, determinou a expedição do RPV, englobando-se o
valor das custas processuais (no importe de R$ 847,20) e dos honorários
advocatícios (na quantia de R$ 500,00, conforme condenação da decisão
anterior).
Irresignado, o Município de Curitiba interpôs Agravo de Instrumento, que
foi distribuído livremente perante a 5ª Câmara Cível deste Tribunal de
Justiça, sob o n º 1.678.473-9.
Em consulta ao Judwin, verifica-se que o Relator do Agravo de Instrumento
foi o Des. Leonel Cunha, e que já houve decisão negando provimento ao
recurso, inclusive em 09.11.2017 os autos foram remetidos a vara de
origem.
Note-se que houve um equívoco na distribuição do presente recurso
(autuado como recurso de apelação), pois o Município apresentou cópia do
Agravo de Instrumento ao juízo de primeira instância e o Magistrado
solicitou intimação da parte contrária para apresentar contrarrazões ao
recurso de apelação, ou seja, em que pese não mencione que recebeu o
recurso, mencionou que se trata de apelação.
Diante disso, foi determinada a remessa a este Tribunal de Justiça.
O recurso de apelação que ora se discute, foi distribuído livremente a 3ª
Câmara Cível.
Entretanto, em que pese o recurso não mereça conhecimento, não cabe a
este Relator julgá-lo, sendo imprescindível a remessa à 5ª Câmara Cível,
visto que o Des. Leonel Cunha tornou-se prevento, diante do julgamento
proferido no Agravo de Instrumento nº 1.678.473-9.
II – Assim, nos termos do art. 197, caput e §1º do Regimento Interno deste
Tribunal de Justiça, determino a redistribuição, com urgência, da presente
Apelação Cível”.
Em cumprimento ao citado despacho, o feito foi redistribuído e os autos vieram-me conclusos na
qualidade de substituto do Des. LEONEL CUNHA.
Pois bem.
2)-Como observado pelo Exmo. Des. JOSÉ LAURINDO SOUZA NETO, a autuação do recurso
como Apelação Cível e a remessa dos autos a este E. TJPR foi equivocada, eis que, na verdade, a
peça que foi considerada apelação constitui em verdade mera cópia da petição inicial do Agravo de
, de relatoria do Em. Des. LEONEL CUNHA e que, inclusive, já seInstrumento nº 1.678.473-9
encontra julgado desde 22/08/2017.
3)- Logo, em razão da manifesta inadmissibilidade da presente apelação, com fulcro no art. 932,
III do CPC, e, de ofício, anulo todos atos processuais desdeNEGO-LHE CONHECIMENTO
o recebimento da “apelação” (mov. 22.1) e determino a baixa dos autos à origem para que o
processo principal tenha regular prosseguimento.
Cumpra-se.
Intimem-se.
Curitiba, data do sistema.
Juiz ROGÉRIO RIBAS, Substituto de 2º Grau
Relator
(TJPR - 5ª C.Cível - 0000321-52.1997.8.16.0185 - Curitiba - Rel.: Rogério Ribas - J. 20.11.2017)
Data do Julgamento
:
20/11/2017 00:00:00
Data da Publicação
:
20/11/2017
Órgão Julgador
:
5ª Câmara Cível
Relator(a)
:
Rogério Ribas
Comarca
:
Curitiba
Segredo de justiça
:
Não
Comarca
:
Curitiba
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