TJPR 0012518-74.2018.8.16.0000 (Decisão monocrática)
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0012518-74.2018.8.16.0000
Agravante: ASSOCIAÇÃO ARRIAS E BAVATO
Agravados: BANCO DO BRASIL S/A E OUTRO
Trata-se de recurso de agravo de instrumento
interposto contra decisão proferida pelo Juízo de Direito da 2ª Vara
Cível da Comarca de Maringá, que julgou improcedentes os pedidos
formulados em sede de embargos de terceiro, com condenação dos
embargantes ao pagamento das custas e despesas processuais e
honorários arbitrados em R$ 3.500,00 e, ainda, revogou a liminar de
manutenção de posse anteriormente concedida em favor dos
embargantes.
Em suas razões, após discorrer sobre a
tempestividade do recurso, aduz que a decisão que revogou a medida
liminar merece reforma, haja vista que acarretará a imediata imissão
na posse, acarretando a turbação de sua posse no imóvel no qual
possui sede, sala de troféus, campo de futebol, estacionamento, rede
de energia elétrica, estrada de acesso dentre outros, evidenciando a
urgência da medida e o evidente periculum in mora.
Ressalta que a decisão ora agravada sequer
analisou toda a documentação acostada ao feito e que foi
detidamente analisada na decisão liminar que concedeu a
manutenção na posse, especialmente o documento de mov. 48. Que a
própria instituição financeira reconhece a qualidade de possuidora da
associação, a qual está na iminência de ser desalojada de sua posse.
Pugnou pela atribuição de efeito suspensivo e, ao
final, pelo provimento do recurso para o fim de que seja mantido na
Agravo de Instrumento nº 0012518-74.2018.8.16.0000 – fls.2
posse do imóvel constituído pelo Lote de Terras nº 217-A, com dez
alqueires paulistas, situado na Gleba Colombo, Município de Paiçandu,
com matrícula nº 3464, do CRI do 3º Ofício de Maringá-PR.
É a breve exposição.
Como visto no relatório, volta-se o presente
recurso de agravo de instrumento contra a sentença que julgou
improcedente os embargos de terceiro, com fundamento no art. 485,
I, do CPC, e revogou a medida liminar de manutenção de posse.
Conforme se verifica, houve a interposição do
presente agravo de instrumento em face da sentença, a qual desafia
recurso de apelação.
De tal modo dispõe o art. 1.009, caput, do Código
de Processo Civil de 2015 que “da sentença cabe apelação”, e em seu
§ 3º assevera que “o disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo
quando as questões mencionadas no art. 1.015 integrarem capítulo da
sentença”.
Pelo princípio da unirrecorribilidade, o recurso
adequado ao ataque ao provimento jurisdicional em voga é o recurso
de apelação, visto que proferida sentença julgando improcedente os
embargos de terceiro.
Neste sentido é o escólio de Nelson Nery Junior e
Rosa Maria de Andrade Nery, senão vejamos:
"A decisão judicial de primeiro grau não pode ser
cindida em capítulos para efeitos de
recorribilidade (Nery, Recursos, n. 2.4, p. 120 et
seq.). Ainda que nela o juiz resolva várias
questões, recebe classificação única. Se o ato do
Agravo de Instrumento nº 0012518-74.2018.8.16.0000 – fls.3
juiz resolve questões preliminares, concede tutela
antecipada e extingue o processo, é classificada
pelo seu conteúdo mais abrangente (Nery,
Recursos, n. 2.4, p. 121), isto é, como sentença
(CPC 162 § 1º). Todas as questões decididas nessa
sentença, terão de ser discutidas na apelação, que
é o recurso cabível contra a sentença (CPC 513). Se
o ato é sentença, não pode ser impugnado,
simultaneamente, por apelação, quanto ao mérito,
e por agravo quanto à tutela antecipada nela
concedida, pois isto contraria o princípio da
singularidade dos recursos. A solução correta, de
acordo com o sistema do CPC, é a impugnabilidade
dessa sentença apenas pelo recurso de apelação"
(NERY JR. Nelson. ANDRADE NERY. Rosa Maria.
Código de Processo Civil Comentado. 10. ed.
Revista dos Tribunais, 2007. pg. 528.). (grifei)
Neste sentido, colacionam-se os seguintes
julgados desta Corte de Justiça:
AGRAVO REGIMENTAL CÍVEL - DECISÃO
MONOCRÁTICA DO RELATOR QUE NEGOU
SEGUIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO POR
NÃO CABIMENTO - IRRESIGNAÇÃO DO AGRAVANTE
- ALEGAÇÃO DE QUE HOUVE "EXCESSIVA
LEGALIDADE" - NECESSIDADE DE A SENTENÇA
SER ATACADA POR APELAÇÃO, E NÃO POR
AGRAVO DE INSTRUMENTO, QUE DECORRE DA
SIMPLES E DIRETA APLICAÇÃO DAS REGRAS
PROCESSUAIS, E NÃO DE EXCESSIVO FORMALISMO
- PRETENSÃO DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA
FUNGIBILIDADE RECURSAL - IMPOSSIBILIDADE,
DIANTE DO ERRO GROSSEIRO - DECISÃO MANTIDA
- AGRAVO DESPROVIDO.
(TJPR - 11ª C.Cível - AR - 1337623-7/01 - Londrina -
Rel.: Antonio Domingos Ramina Junior - Unânime -
- J. 15.04.2015).
TJPR-0593849) AGRAVO DE INSTRUMENTO -
Agravo de Instrumento nº 0012518-74.2018.8.16.0000 – fls.4
DECISÃO QUE EXTINGUIU O FEITO SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO - PEDIDO DE
RECONSIDERAÇÃO - IRRESIGNAÇÃO DA PARTE
AGRAVANTE QUE SE REFERE NA VERDADE
CONTRA A SENTENÇA - INSURGÊNCIA QUE
DEVERIA TER SE FORMALIZADO ATRAVÉS DE
RECURSO DE APELAÇÃO - INAPLICABILIDADE DO
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE - ERRO GROSSEIRO
RECURSO NÃO CONHECIDO. (Processo nº
1306350-6, 9ª Câmara Cível do TJPR, Rel. José
Augusto Gomes Aniceto. j. 14.05.2015, unânime,
DJ 27.05.2015).
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REPARAÇÃO
DE DANOS MATERIAIS E MORAIS. TRANSAÇÃO
EFETUADA. EXECUÇÃO EXTINTA. DECISÃO
EXTINTIVA DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.
RECURSO CABÍVEL. APELAÇÃO. ART. 475-M, § 3º,
DO CPC, SEGUNDA PARTE. PRINCÍPIO DA
FUNGIBILIDADE. INAPLICABILIDADE. AUSÊNCIA DE
DÚVIDA OBJETIVA. ERRO GROSSEIRO.1. O recurso
cabível da decisão que extingue processo de
execução de título judicial com base no art. 794,
II, do CPC é a apelação, e não o agravo de
instrumento.2. Ausente dúvida objetiva e
demonstrado o erro crasso na interposição do
recurso, inviável a aplicação do princípio da
fungibilidade recursal. RECURSO NÃO
CONHECIDO. (TJPR - 10ª C.Cível - AI - 1017167-2 -
Curitiba - Rel.: Nilson Mizuta - Unânime - - J.
16.05.2013).
Na mesma linha colacionam-se os seguintes
julgados proferidos pelo Superior Tribunal de Justiça:
“PROCESSUAL CIVIL. RECURSOS. ALEGADA
OFENSA AO ART. 535 DO CPC. INEXISTÊNCIA.
DECISÃO QUE APRECIA EMBARGOS
DECLARATÓRIOS OPOSTOS À SENTENÇA.
CABIMENTO DE APELAÇÃO. ERRO GROSSEIRO NA
Agravo de Instrumento nº 0012518-74.2018.8.16.0000 – fls.5
INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO.
SÚMULA 83/STJ. DECISÃO MANTIDA. 1. Não cabe
falar em ofensa ao art. 535 do CPC quando o
acórdão recorrido se pronuncia de modo
inequívoco e suficiente sobre a questão posta nos
autos. 2. Da decisão que apreciou embargos de
declaração opostos à sentença proferida por
magistrado a quo, seria pertinente a interposição
do recurso de apelação, e não de agravo de
instrumento, visto que presente o caráter
sentencial, sem cunho interlocutório. 3. Consoante
o art. 513 do CPC, da decisão que rejeita
embargos declaratórios opostos à sentença, cabe
o recurso de apelação, independentemente de ser
a sentença definitiva ou meramente terminativa.
4. A Súmula 83/STJ aplica-se aos recursos
especiais interpostos tanto pela alínea a quanto
pela alínea c do permissivo constitucional. Agravo
regimental improvido.” (AgRg no REsp 1414478 /
PR Rel. Min. HUMBERTO MARTINSj. 26/11/2013).
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RECURSO INCAPAZ DE ALTERAR O
JULGADO. PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXTINÇÃO
DO FEITO. CABIMENTO DO RECURSO DE
APELAÇÃO. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ERRO GROSSEIRO. PRECEDENTES.
1. Os argumentos expendidos nas razões do
regimental são insuficientes para autorizar a
reforma da decisão agravada, de modo que esta
merece ser mantida por seus próprios
fundamentos. 2. A jurisprudência desta Corte de
Justiça é pacífica no sentido de que o recurso
cabível contra decisão extintiva da execução é a
apelação, e não o agravo de instrumento, à luz do
art. 475-M, § 3º, do Código de Processo Civil. 3. No
instrumento caracteriza erro grosseiro e não
permite a aplicação do princípio da fungibilidade
recursal, cabível apenas na hipótese de dúvida
objetiva. 4. Agravo regimental não provido.” (STJ,
AgRg no Ag 1333890/SP, Rel. Ministro RICARDO
VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado
Agravo de Instrumento nº 0012518-74.2018.8.16.0000 – fls.6
em 20/03/2012, DJe 26/03/2012).
Desta forma, não comporta conhecimento o
recurso, não havendo sequer de se aplicar o princípio da fungibilidade
recursal, vez que, para tanto, se faz necessária a existência de três
requisitos, a saber: dúvida objetiva acerca de qual recurso cabível;
ausência de erro grosseiro; e a interposição deverá se dar no prazo
daquele recurso que seria o correto, sendo que neste caso o erro é
grosseiro na medida em que há previsão legal que indica o recurso
cabível em face de sentença.
Diante do exposto, não conheço do recurso de
Agravo de Instrumento eis que manifestamente inadmissível, pois
interposto contra decisão apelável.
Publique-se.
Curitiba, 10 de abril de 2018.
MARCO ANTONIO ANTONIASSI
Juiz Substituto em Segundo Grau
(TJPR - 15ª C.Cível - 0012518-74.2018.8.16.0000 - Maringá - Rel.: Marco Antonio Antoniassi - J. 10.04.2018)
Ementa
AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0012518-74.2018.8.16.0000
Agravante: ASSOCIAÇÃO ARRIAS E BAVATO
Agravados: BANCO DO BRASIL S/A E OUTRO
Trata-se de recurso de agravo de instrumento
interposto contra decisão proferida pelo Juízo de Direito da 2ª Vara
Cível da Comarca de Maringá, que julgou improcedentes os pedidos
formulados em sede de embargos de terceiro, com condenação dos
embargantes ao pagamento das custas e despesas processuais e
honorários arbitrados em R$ 3.500,00 e, ainda, revogou a liminar de
manutenção de posse anteriormente concedida em favor dos
embargantes.
Em suas razões, após discorrer sobre a
tempestividade do recurso, aduz que a decisão que revogou a medida
liminar merece reforma, haja vista que acarretará a imediata imissão
na posse, acarretando a turbação de sua posse no imóvel no qual
possui sede, sala de troféus, campo de futebol, estacionamento, rede
de energia elétrica, estrada de acesso dentre outros, evidenciando a
urgência da medida e o evidente periculum in mora.
Ressalta que a decisão ora agravada sequer
analisou toda a documentação acostada ao feito e que foi
detidamente analisada na decisão liminar que concedeu a
manutenção na posse, especialmente o documento de mov. 48. Que a
própria instituição financeira reconhece a qualidade de possuidora da
associação, a qual está na iminência de ser desalojada de sua posse.
Pugnou pela atribuição de efeito suspensivo e, ao
final, pelo provimento do recurso para o fim de que seja mantido na
Agravo de Instrumento nº 0012518-74.2018.8.16.0000 – fls.2
posse do imóvel constituído pelo Lote de Terras nº 217-A, com dez
alqueires paulistas, situado na Gleba Colombo, Município de Paiçandu,
com matrícula nº 3464, do CRI do 3º Ofício de Maringá-PR.
É a breve exposição.
Como visto no relatório, volta-se o presente
recurso de agravo de instrumento contra a sentença que julgou
improcedente os embargos de terceiro, com fundamento no art. 485,
I, do CPC, e revogou a medida liminar de manutenção de posse.
Conforme se verifica, houve a interposição do
presente agravo de instrumento em face da sentença, a qual desafia
recurso de apelação.
De tal modo dispõe o art. 1.009, caput, do Código
de Processo Civil de 2015 que “da sentença cabe apelação”, e em seu
§ 3º assevera que “o disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo
quando as questões mencionadas no art. 1.015 integrarem capítulo da
sentença”.
Pelo princípio da unirrecorribilidade, o recurso
adequado ao ataque ao provimento jurisdicional em voga é o recurso
de apelação, visto que proferida sentença julgando improcedente os
embargos de terceiro.
Neste sentido é o escólio de Nelson Nery Junior e
Rosa Maria de Andrade Nery, senão vejamos:
"A decisão judicial de primeiro grau não pode ser
cindida em capítulos para efeitos de
recorribilidade (Nery, Recursos, n. 2.4, p. 120 et
seq.). Ainda que nela o juiz resolva várias
questões, recebe classificação única. Se o ato do
Agravo de Instrumento nº 0012518-74.2018.8.16.0000 – fls.3
juiz resolve questões preliminares, concede tutela
antecipada e extingue o processo, é classificada
pelo seu conteúdo mais abrangente (Nery,
Recursos, n. 2.4, p. 121), isto é, como sentença
(CPC 162 § 1º). Todas as questões decididas nessa
sentença, terão de ser discutidas na apelação, que
é o recurso cabível contra a sentença (CPC 513). Se
o ato é sentença, não pode ser impugnado,
simultaneamente, por apelação, quanto ao mérito,
e por agravo quanto à tutela antecipada nela
concedida, pois isto contraria o princípio da
singularidade dos recursos. A solução correta, de
acordo com o sistema do CPC, é a impugnabilidade
dessa sentença apenas pelo recurso de apelação"
(NERY JR. Nelson. ANDRADE NERY. Rosa Maria.
Código de Processo Civil Comentado. 10. ed.
Revista dos Tribunais, 2007. pg. 528.). (grifei)
Neste sentido, colacionam-se os seguintes
julgados desta Corte de Justiça:
AGRAVO REGIMENTAL CÍVEL - DECISÃO
MONOCRÁTICA DO RELATOR QUE NEGOU
SEGUIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO POR
NÃO CABIMENTO - IRRESIGNAÇÃO DO AGRAVANTE
- ALEGAÇÃO DE QUE HOUVE "EXCESSIVA
LEGALIDADE" - NECESSIDADE DE A SENTENÇA
SER ATACADA POR APELAÇÃO, E NÃO POR
AGRAVO DE INSTRUMENTO, QUE DECORRE DA
SIMPLES E DIRETA APLICAÇÃO DAS REGRAS
PROCESSUAIS, E NÃO DE EXCESSIVO FORMALISMO
- PRETENSÃO DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA
FUNGIBILIDADE RECURSAL - IMPOSSIBILIDADE,
DIANTE DO ERRO GROSSEIRO - DECISÃO MANTIDA
- AGRAVO DESPROVIDO.
(TJPR - 11ª C.Cível - AR - 1337623-7/01 - Londrina -
Rel.: Antonio Domingos Ramina Junior - Unânime -
- J. 15.04.2015).
TJPR-0593849) AGRAVO DE INSTRUMENTO -
Agravo de Instrumento nº 0012518-74.2018.8.16.0000 – fls.4
DECISÃO QUE EXTINGUIU O FEITO SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO - PEDIDO DE
RECONSIDERAÇÃO - IRRESIGNAÇÃO DA PARTE
AGRAVANTE QUE SE REFERE NA VERDADE
CONTRA A SENTENÇA - INSURGÊNCIA QUE
DEVERIA TER SE FORMALIZADO ATRAVÉS DE
RECURSO DE APELAÇÃO - INAPLICABILIDADE DO
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE - ERRO GROSSEIRO
RECURSO NÃO CONHECIDO. (Processo nº
1306350-6, 9ª Câmara Cível do TJPR, Rel. José
Augusto Gomes Aniceto. j. 14.05.2015, unânime,
DJ 27.05.2015).
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REPARAÇÃO
DE DANOS MATERIAIS E MORAIS. TRANSAÇÃO
EFETUADA. EXECUÇÃO EXTINTA. DECISÃO
EXTINTIVA DO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA.
RECURSO CABÍVEL. APELAÇÃO. ART. 475-M, § 3º,
DO CPC, SEGUNDA PARTE. PRINCÍPIO DA
FUNGIBILIDADE. INAPLICABILIDADE. AUSÊNCIA DE
DÚVIDA OBJETIVA. ERRO GROSSEIRO.1. O recurso
cabível da decisão que extingue processo de
execução de título judicial com base no art. 794,
II, do CPC é a apelação, e não o agravo de
instrumento.2. Ausente dúvida objetiva e
demonstrado o erro crasso na interposição do
recurso, inviável a aplicação do princípio da
fungibilidade recursal. RECURSO NÃO
CONHECIDO. (TJPR - 10ª C.Cível - AI - 1017167-2 -
Curitiba - Rel.: Nilson Mizuta - Unânime - - J.
16.05.2013).
Na mesma linha colacionam-se os seguintes
julgados proferidos pelo Superior Tribunal de Justiça:
“PROCESSUAL CIVIL. RECURSOS. ALEGADA
OFENSA AO ART. 535 DO CPC. INEXISTÊNCIA.
DECISÃO QUE APRECIA EMBARGOS
DECLARATÓRIOS OPOSTOS À SENTENÇA.
CABIMENTO DE APELAÇÃO. ERRO GROSSEIRO NA
Agravo de Instrumento nº 0012518-74.2018.8.16.0000 – fls.5
INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO.
SÚMULA 83/STJ. DECISÃO MANTIDA. 1. Não cabe
falar em ofensa ao art. 535 do CPC quando o
acórdão recorrido se pronuncia de modo
inequívoco e suficiente sobre a questão posta nos
autos. 2. Da decisão que apreciou embargos de
declaração opostos à sentença proferida por
magistrado a quo, seria pertinente a interposição
do recurso de apelação, e não de agravo de
instrumento, visto que presente o caráter
sentencial, sem cunho interlocutório. 3. Consoante
o art. 513 do CPC, da decisão que rejeita
embargos declaratórios opostos à sentença, cabe
o recurso de apelação, independentemente de ser
a sentença definitiva ou meramente terminativa.
4. A Súmula 83/STJ aplica-se aos recursos
especiais interpostos tanto pela alínea a quanto
pela alínea c do permissivo constitucional. Agravo
regimental improvido.” (AgRg no REsp 1414478 /
PR Rel. Min. HUMBERTO MARTINSj. 26/11/2013).
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RECURSO INCAPAZ DE ALTERAR O
JULGADO. PROCESSO DE EXECUÇÃO. EXTINÇÃO
DO FEITO. CABIMENTO DO RECURSO DE
APELAÇÃO. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ERRO GROSSEIRO. PRECEDENTES.
1. Os argumentos expendidos nas razões do
regimental são insuficientes para autorizar a
reforma da decisão agravada, de modo que esta
merece ser mantida por seus próprios
fundamentos. 2. A jurisprudência desta Corte de
Justiça é pacífica no sentido de que o recurso
cabível contra decisão extintiva da execução é a
apelação, e não o agravo de instrumento, à luz do
art. 475-M, § 3º, do Código de Processo Civil. 3. No
instrumento caracteriza erro grosseiro e não
permite a aplicação do princípio da fungibilidade
recursal, cabível apenas na hipótese de dúvida
objetiva. 4. Agravo regimental não provido.” (STJ,
AgRg no Ag 1333890/SP, Rel. Ministro RICARDO
VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado
Agravo de Instrumento nº 0012518-74.2018.8.16.0000 – fls.6
em 20/03/2012, DJe 26/03/2012).
Desta forma, não comporta conhecimento o
recurso, não havendo sequer de se aplicar o princípio da fungibilidade
recursal, vez que, para tanto, se faz necessária a existência de três
requisitos, a saber: dúvida objetiva acerca de qual recurso cabível;
ausência de erro grosseiro; e a interposição deverá se dar no prazo
daquele recurso que seria o correto, sendo que neste caso o erro é
grosseiro na medida em que há previsão legal que indica o recurso
cabível em face de sentença.
Diante do exposto, não conheço do recurso de
Agravo de Instrumento eis que manifestamente inadmissível, pois
interposto contra decisão apelável.
Publique-se.
Curitiba, 10 de abril de 2018.
MARCO ANTONIO ANTONIASSI
Juiz Substituto em Segundo Grau
(TJPR - 15ª C.Cível - 0012518-74.2018.8.16.0000 - Maringá - Rel.: Marco Antonio Antoniassi - J. 10.04.2018)
Data do Julgamento
:
10/04/2018 00:00:00
Data da Publicação
:
10/04/2018
Órgão Julgador
:
15ª Câmara Cível
Relator(a)
:
Marco Antonio Antoniassi
Comarca
:
Maringá
Segredo de justiça
:
Não
Comarca
:
Maringá
Mostrar discussão