TJSC 2011.006973-0 (Acórdão)
APELAÇÃO CRIMINAL. INSURGÊNCIA CONTRA DECISÃO QUE DETERMINOU A RESTITUIÇÃO DE VEÍCULO APREENDIDO A TERCEIRO DE BOA-FÉ QUE ESTAVA NA POSSE DO MESMO. NOME DO APELANTE NO CERTIFICADO DE REGISTRO DE VEÍCULO, O QUAL COMUNICOU FALSO CRIME DE FURTO PARA TENTAR REAVER O BEM POR MEIO DO JUÍZO CRIMINAL. NEGOCIAÇÕES ENVOLVENDO O AUTOMÓVEL ANTES DA APREENSÃO. DESACORDOS CONTRATUAIS QUE DEVEM SER DIRIMIDOS NA ESFERA CÍVEL. PROPRIEDADE QUE SE PERFECTIBILIZA COM A TRADIÇÃO, DEVENDO A RESTITUIÇÃO SER FEITA AO POSSUIDOR DE BOA-FÉ. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Não cabe ao indivíduo que contém seu nome inserido no registro de certificado de veículo comunicar à autoridade policial falso crime de furto, a fim de ver o automóvel apreendido para pleitear a restituição, esta que deve ser feita ao possuidor do bem no momento da apreensão, pois tudo indica que adquiriu a propriedade pela tradição e que a posse era de boa-fé. Havendo controvérsia contratual entre as partes que negociaram o móvel apreendido, cabe ao juízo cível solucionar a questão (art. 120, § 4º, do Código de Processo Penal). (TJSC, Apelação Criminal n. 2011.006973-0, de Palhoça, rel. Des. Newton Varella Júnior, Quarta Câmara Criminal, j. 23-10-2014).
Ementa
APELAÇÃO CRIMINAL. INSURGÊNCIA CONTRA DECISÃO QUE DETERMINOU A RESTITUIÇÃO DE VEÍCULO APREENDIDO A TERCEIRO DE BOA-FÉ QUE ESTAVA NA POSSE DO MESMO. NOME DO APELANTE NO CERTIFICADO DE REGISTRO DE VEÍCULO, O QUAL COMUNICOU FALSO CRIME DE FURTO PARA TENTAR REAVER O BEM POR MEIO DO JUÍZO CRIMINAL. NEGOCIAÇÕES ENVOLVENDO O AUTOMÓVEL ANTES DA APREENSÃO. DESACORDOS CONTRATUAIS QUE DEVEM SER DIRIMIDOS NA ESFERA CÍVEL. PROPRIEDADE QUE SE PERFECTIBILIZA COM A TRADIÇÃO, DEVENDO A RESTITUIÇÃO SER FEITA AO POSSUIDOR DE BOA-FÉ. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Não cabe ao indivíduo que contém seu nome inserido no registro de certificado de veículo comunicar à autoridade policial falso crime de furto, a fim de ver o automóvel apreendido para pleitear a restituição, esta que deve ser feita ao possuidor do bem no momento da apreensão, pois tudo indica que adquiriu a propriedade pela tradição e que a posse era de boa-fé. Havendo controvérsia contratual entre as partes que negociaram o móvel apreendido, cabe ao juízo cível solucionar a questão (art. 120, § 4º, do Código de Processo Penal). (TJSC, Apelação Criminal n. 2011.006973-0, de Palhoça, rel. Des. Newton Varella Júnior, Quarta Câmara Criminal, j. 23-10-2014).
Data do Julgamento
:
23/10/2014
Classe/Assunto
:
Quarta Câmara Criminal
Órgão Julgador
:
Carolina Ranzolin Nerbass Fretta
Relator(a)
:
Newton Varella Júnior
Comarca
:
Palhoça
Mostrar discussão