TRF2 0000248-78.2015.4.02.5001 00002487820154025001
CIVIL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO HABITACIONAL. SISTEMA FINANCEIRO
HABITACIONAL. COBERTURA SECURITÁRIA. VÍCIOS DE CONSTRUÇÃO. AUSÊNCIA DO DIREITO
À COBERTURA. DANOS INTRÍNSECOS. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. INVERSÃO DO ÔNUS
DA SUCUMBÊNCIA. 1. A controvérsia no presente feito consiste em verificar
se o autor faz jus (ou não) ao recebimento de indenização securitária,
decorrente dos vícios de construção existentes no imóvel adquirido no âmbito
do Sistema Financeiro da Habitação, bem como da multa decendial prevista
contratualmente. 2. A legitimidade passiva da Sul América Companhia Nacional
de Seguros resta evidente diante da evidente relação jurídica mantida com o
apelado, que decorre da contratação do seguro habitacional, adjeto ao mútuo
hipotecário. 3. As normas que disciplinam o seguro habitacional prevêem
a cobertura apenas para danos físicos causados por agentes externos, ou
seja, aqueles que atuam sobre a edificação, não contemplando as situações
em que o imóvel sofre os efeitos de eventual vício inerente à sua própria
estrutura. 4. In casu, segundo demonstrado em prova pericial técnica produzida
nos autos, os vícios encontrados no imóvel decorrem de sua própria construção,
de modo que o contrato de Seguro Habitacional não oferece cobertura de
sinistro neste caso. Precedentes. 5. Invertido o ônus da sucumbência,
condenando-se o apelado ao pagamento de honorários advocatícios para cada
uma das apelantes, no percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor da
causa. 6. Apelações providas.
Ementa
CIVIL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO HABITACIONAL. SISTEMA FINANCEIRO
HABITACIONAL. COBERTURA SECURITÁRIA. VÍCIOS DE CONSTRUÇÃO. AUSÊNCIA DO DIREITO
À COBERTURA. DANOS INTRÍNSECOS. IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO. INVERSÃO DO ÔNUS
DA SUCUMBÊNCIA. 1. A controvérsia no presente feito consiste em verificar
se o autor faz jus (ou não) ao recebimento de indenização securitária,
decorrente dos vícios de construção existentes no imóvel adquirido no âmbito
do Sistema Financeiro da Habitação, bem como da multa decendial prevista
contratualmente. 2. A legitimidade passiva da Sul América Companhia Nacional
de Seguros resta evidente diante da evidente relação jurídica mantida com o
apelado, que decorre da contratação do seguro habitacional, adjeto ao mútuo
hipotecário. 3. As normas que disciplinam o seguro habitacional prevêem
a cobertura apenas para danos físicos causados por agentes externos, ou
seja, aqueles que atuam sobre a edificação, não contemplando as situações
em que o imóvel sofre os efeitos de eventual vício inerente à sua própria
estrutura. 4. In casu, segundo demonstrado em prova pericial técnica produzida
nos autos, os vícios encontrados no imóvel decorrem de sua própria construção,
de modo que o contrato de Seguro Habitacional não oferece cobertura de
sinistro neste caso. Precedentes. 5. Invertido o ônus da sucumbência,
condenando-se o apelado ao pagamento de honorários advocatícios para cada
uma das apelantes, no percentual de 10% (dez por cento) sobre o valor da
causa. 6. Apelações providas.
Data do Julgamento
:
07/06/2017
Data da Publicação
:
12/06/2017
Classe/Assunto
:
AC - Apelação - Recursos - Processo Cível e do Trabalho
Órgão Julgador
:
5ª TURMA ESPECIALIZADA
Relator(a)
:
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
Comarca
:
TRIBUNAL - SEGUNDA REGIÃO
Tipo
:
Acórdão
Relator para
acórdão
:
ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES
Mostrar discussão