TRF2 0003002-59.2012.4.02.5110 00030025920124025110
PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. Lei 8.213/91. FILHA INVÁLIDA. INVALIDEZ
ANTERIOR AO ÓBITO. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA PRESUMIDA. JUROS DE MORA E CORREÇÃO
MONETÁRIA. 1. O benefício de pensão por morte é devido aos dependentes
daquele que falece na condição de segurado da Previdência Social e encontra-se
disciplinado no artigo 74 da Lei nº 8.213/91: 2. O art. 16 da Lei nº 8213/91
indica quem são os dependentes do segurado, incluindo, no seu inciso I, o
cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menos de 21 anos ou inválido. 3. De acordo com a Lei nº 8213/91,
verifica-se que para fazerem jus ao benefício de pensão por morte, os
dependentes devem comprovar o preenchimento das seguintes dos requisitos
legais: o óbito do segurado, a sua qualidade de segurado e a relação de
dependência entre este e o beneficiário. 4. Restou comprovada condição de
invalidez da autora conforme laudo médico pericial, tendo sido constatado
que é portadora de doença mental incapacitante (Transtorno Afetivo Bipolar -
CID F 134), que remonta ao ano de 1989, manteve-se na data do óbito e ainda
encontra-se presente até hoje, tanto assim, que a mesma foi interditada
judicialmente. 5. Até a data da entrada em vigor da Lei 11.960/2009, os juros
moratórios, contados a partir da citação, devem ser fixados em 1% ao mês,
ao passo que a correção monetária deve ser calculada de acordo com o Manual
de Cálculos da Justiça Federal. Após a entrada em vigor da Lei 11.960/2009,
passam a incidir o índice oficial de remuneração básica e os juros aplicados à
caderneta de poupança, conforme dispõe o seu art. 5°. 6. Aplicação do Enunciado
56 da Súmula deste Tribunal, que dispõe: "É inconstitucional a expressão
"haverá incidência uma única vez", constante do art. 1°-F da Lei N° 9.494/97,
com a redação dado pelo art. 5° da Lei 11.960/2009. 7. Apelação desprovida
e remessa necessária parcialmente provida, nos termos do voto. A C O R D Ã O
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas, decide
a Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região,
por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO À APELAÇÃO E DAR PARCIAL PROVIMENTO À
REMESSA NECESSÁRIA, nos termos do Relatório e Voto, constantes dos autos,
que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. 1 Rio de Janeiro,
20 de outubro de 2016. HELENA ELIAS PINTO JUÍZA FEDERAL CONVOCADA (Em
substituição à Relatora) 2
Ementa
PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. Lei 8.213/91. FILHA INVÁLIDA. INVALIDEZ
ANTERIOR AO ÓBITO. DEPENDÊNCIA ECONÔMICA PRESUMIDA. JUROS DE MORA E CORREÇÃO
MONETÁRIA. 1. O benefício de pensão por morte é devido aos dependentes
daquele que falece na condição de segurado da Previdência Social e encontra-se
disciplinado no artigo 74 da Lei nº 8.213/91: 2. O art. 16 da Lei nº 8213/91
indica quem são os dependentes do segurado, incluindo, no seu inciso I, o
cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer
condição, menos de 21 anos ou inválido. 3. De acordo com a Lei nº 8213/91,
verifica-se que para fazerem jus ao benefício de pensão por morte, os
dependentes devem comprovar o preenchimento das seguintes dos requisitos
legais: o óbito do segurado, a sua qualidade de segurado e a relação de
dependência entre este e o beneficiário. 4. Restou comprovada condição de
invalidez da autora conforme laudo médico pericial, tendo sido constatado
que é portadora de doença mental incapacitante (Transtorno Afetivo Bipolar -
CID F 134), que remonta ao ano de 1989, manteve-se na data do óbito e ainda
encontra-se presente até hoje, tanto assim, que a mesma foi interditada
judicialmente. 5. Até a data da entrada em vigor da Lei 11.960/2009, os juros
moratórios, contados a partir da citação, devem ser fixados em 1% ao mês,
ao passo que a correção monetária deve ser calculada de acordo com o Manual
de Cálculos da Justiça Federal. Após a entrada em vigor da Lei 11.960/2009,
passam a incidir o índice oficial de remuneração básica e os juros aplicados à
caderneta de poupança, conforme dispõe o seu art. 5°. 6. Aplicação do Enunciado
56 da Súmula deste Tribunal, que dispõe: "É inconstitucional a expressão
"haverá incidência uma única vez", constante do art. 1°-F da Lei N° 9.494/97,
com a redação dado pelo art. 5° da Lei 11.960/2009. 7. Apelação desprovida
e remessa necessária parcialmente provida, nos termos do voto. A C O R D Ã O
Vistos e relatados estes autos, em que são partes as acima indicadas, decide
a Segunda Turma Especializada do Tribunal Regional Federal da 2ª Região,
por unanimidade, NEGAR PROVIMENTO À APELAÇÃO E DAR PARCIAL PROVIMENTO À
REMESSA NECESSÁRIA, nos termos do Relatório e Voto, constantes dos autos,
que ficam fazendo parte integrante do presente julgado. 1 Rio de Janeiro,
20 de outubro de 2016. HELENA ELIAS PINTO JUÍZA FEDERAL CONVOCADA (Em
substituição à Relatora) 2
Data do Julgamento
:
24/10/2016
Data da Publicação
:
04/11/2016
Classe/Assunto
:
APELREEX - Apelação / Reexame Necessário - Recursos - Processo Cível e
do Trabalho
Órgão Julgador
:
2ª TURMA ESPECIALIZADA
Relator(a)
:
HELENA ELIAS PINTO
Comarca
:
TRIBUNAL - SEGUNDA REGIÃO
Tipo
:
Acórdão
Relator para
acórdão
:
HELENA ELIAS PINTO
Mostrar discussão