TRF2 0004918-59.2017.4.02.0000 00049185920174020000
PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 337-B, CAPUT DO CÓDIGO PENAL E ART. 1º,
CAPUT, VIII, DA LEI Nº 9.613/98. REPRESENTAÇÃO PELO AFASTAMENTO DOS SIGILOS
BANCÁRIO E DE DADOS DO PACIENTE. MOMENTO EM QUE NÃO SE TINHA CIÊNCIA DO
SUPOSTO COMETIMENTO DE CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO. INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO
DE ORIGEM QUE NÃO SE CONFIRMA. INVIOLABILIDADE DO PRINCÍPIO DO PROMOTOR
NATURAL. PROCURADOR DA REPÚBLICA DESIGNADO PARA ATUAR EM AUXÍLIO. DENEGAÇÃO
DA ORDEM. I- Como não há indício de que no momento que representou pelo
afastamento dos sigilos do paciente, o Ministério Público Federal tinha
ciência de que havia prática, em tese, da conduta descrita no art. 1º, da
Lei nº 9613/98, não há que se falar em incompetência do Juízo da 01ª Vara
Federal de São José dos Campos, porque este era, até então, competente
para analisar o pedido. II- A alegada violação do princípio do promotor
natural tem relação com a representação feita Parquet Federal pela busca e
apreensão no escritório de corréu. Embora a referida medida tenha trazido
reflexo para a persecução como um todo, já que se descobriu, juntamente com
outros elementos, a prática do crime de lavagem de ativos, não foi deferida
em desfavor do paciente, motivo pelo qual não se afigura possível analisar,
nesta via, sua legalidade. III- Ainda que assim não fosse, não há que se falar
em afronta ao mencionado princípio, já que o então Procurador da República foi
designando para atuar em auxílio à Procuradoria da República em São José dos
Campos pela Portaria PGR nº 352, de 22 de junho de 2012, sendo certo que no
referido ato não há nenhuma menção acerca da impossibilidade de o representante
ministerial assinar requerimentos/representações sozinho. IV- Ordem denegada.
Ementa
PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 337-B, CAPUT DO CÓDIGO PENAL E ART. 1º,
CAPUT, VIII, DA LEI Nº 9.613/98. REPRESENTAÇÃO PELO AFASTAMENTO DOS SIGILOS
BANCÁRIO E DE DADOS DO PACIENTE. MOMENTO EM QUE NÃO SE TINHA CIÊNCIA DO
SUPOSTO COMETIMENTO DE CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO. INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO
DE ORIGEM QUE NÃO SE CONFIRMA. INVIOLABILIDADE DO PRINCÍPIO DO PROMOTOR
NATURAL. PROCURADOR DA REPÚBLICA DESIGNADO PARA ATUAR EM AUXÍLIO. DENEGAÇÃO
DA ORDEM. I- Como não há indício de que no momento que representou pelo
afastamento dos sigilos do paciente, o Ministério Público Federal tinha
ciência de que havia prática, em tese, da conduta descrita no art. 1º, da
Lei nº 9613/98, não há que se falar em incompetência do Juízo da 01ª Vara
Federal de São José dos Campos, porque este era, até então, competente
para analisar o pedido. II- A alegada violação do princípio do promotor
natural tem relação com a representação feita Parquet Federal pela busca e
apreensão no escritório de corréu. Embora a referida medida tenha trazido
reflexo para a persecução como um todo, já que se descobriu, juntamente com
outros elementos, a prática do crime de lavagem de ativos, não foi deferida
em desfavor do paciente, motivo pelo qual não se afigura possível analisar,
nesta via, sua legalidade. III- Ainda que assim não fosse, não há que se falar
em afronta ao mencionado princípio, já que o então Procurador da República foi
designando para atuar em auxílio à Procuradoria da República em São José dos
Campos pela Portaria PGR nº 352, de 22 de junho de 2012, sendo certo que no
referido ato não há nenhuma menção acerca da impossibilidade de o representante
ministerial assinar requerimentos/representações sozinho. IV- Ordem denegada.
Data do Julgamento
:
26/06/2017
Data da Publicação
:
06/07/2017
Classe/Assunto
:
HC - Habeas Corpus - Medidas Garantidoras - Processo Criminal
Órgão Julgador
:
VICE-PRESIDÊNCIA
Relator(a)
:
PAULO ESPIRITO SANTO
Comarca
:
TRIBUNAL - SEGUNDA REGIÃO
Tipo
:
Acórdão
Relator para
acórdão
:
PAULO ESPIRITO SANTO
Mostrar discussão