TRF2 0007772-65.2013.4.02.0000 00077726520134020000
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO
FISCAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. VENCIDA A FAZENDA PÚBLICA. REDUÇÃO DO
VALOR. AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Cuida-se, como visto,
de agravo de instrumento, objetivando reformar a decisão proferida nos autos
dos Embargos à Execução fiscal, por meio da qual o douto Juízo a quo condenou
a agravante ao pagamento de honorários advocatícios, fixados em 5% (cinco
por cento) sobre o valor da diferença entre o crédito inicialmente exigido
na CDA nº 39.305.394-6 e o valor, ao final, apurado, após a sua retificação,
com a exclusão dos créditos prescritos. 2. A recorrente alega, em síntese,
que os honorários devem ser arbitrados em valor fixo, não superior a R$
2.000,00 (dois mil reais), visto tratar-se de causa em que vencida a Fazenda
Nacional. 3. A jurisprudência do Colendo Superior Tribunal de Justiça,
no julgamento do REsp 1.155.125/MG, sob o rito do art. 543-C do CPC/1973
(correspondente ao atual artigo 1.036 do NCPC) consolidou o entendimento
no sentido de que, vencida a Fazenda Pública, a fixação dos honorários
advocatícios não está adstrita aos limites percentuais de 10% a 20%, podendo
ser adotado como base de cálculo o valor dado à causa, o valor da condenação
ou arbitrada quantia fixa, segundo o critério da equidade. 4. Impende, também,
observar, que os honorários advocatícios devem se pautar pela razoabilidade
de seu valor. Assim, atento às disposições legais e à jurisprudência dos
Tribunais - segundo a qual, sendo a Fazenda Pública a parte sucumbente,
os honorários advocatícios devem ser moderadamente fixados - bem como à
simplicidade da causa, entendo, em consonância com o disposto no art. 20,
§4º, do CPC, que os honorários advocatícios devem ser fixados em R$ 4.000,00
(quatro mil reais), valor que remunera de maneira justa o trabalho realizado
pelo advogado. 5. Agravo de instrumento parcialmente provido.
Ementa
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO
FISCAL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. VENCIDA A FAZENDA PÚBLICA. REDUÇÃO DO
VALOR. AGRAVO DE INSTRUMENTO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Cuida-se, como visto,
de agravo de instrumento, objetivando reformar a decisão proferida nos autos
dos Embargos à Execução fiscal, por meio da qual o douto Juízo a quo condenou
a agravante ao pagamento de honorários advocatícios, fixados em 5% (cinco
por cento) sobre o valor da diferença entre o crédito inicialmente exigido
na CDA nº 39.305.394-6 e o valor, ao final, apurado, após a sua retificação,
com a exclusão dos créditos prescritos. 2. A recorrente alega, em síntese,
que os honorários devem ser arbitrados em valor fixo, não superior a R$
2.000,00 (dois mil reais), visto tratar-se de causa em que vencida a Fazenda
Nacional. 3. A jurisprudência do Colendo Superior Tribunal de Justiça,
no julgamento do REsp 1.155.125/MG, sob o rito do art. 543-C do CPC/1973
(correspondente ao atual artigo 1.036 do NCPC) consolidou o entendimento
no sentido de que, vencida a Fazenda Pública, a fixação dos honorários
advocatícios não está adstrita aos limites percentuais de 10% a 20%, podendo
ser adotado como base de cálculo o valor dado à causa, o valor da condenação
ou arbitrada quantia fixa, segundo o critério da equidade. 4. Impende, também,
observar, que os honorários advocatícios devem se pautar pela razoabilidade
de seu valor. Assim, atento às disposições legais e à jurisprudência dos
Tribunais - segundo a qual, sendo a Fazenda Pública a parte sucumbente,
os honorários advocatícios devem ser moderadamente fixados - bem como à
simplicidade da causa, entendo, em consonância com o disposto no art. 20,
§4º, do CPC, que os honorários advocatícios devem ser fixados em R$ 4.000,00
(quatro mil reais), valor que remunera de maneira justa o trabalho realizado
pelo advogado. 5. Agravo de instrumento parcialmente provido.
Data do Julgamento
:
12/07/2016
Classe/Assunto
:
AGRAVO DE INSTRUMENTO
Órgão Julgador
:
4ª TURMA ESPECIALIZADA
Relator(a)
:
FERREIRA NEVES
Comarca
:
TRIBUNAL - SEGUNDA REGIÃO
Tipo
:
Acórdão
Relator para
acórdão
:
FERREIRA NEVES
Mostrar discussão