TRF2 0011499-40.2008.4.02.5001 00114994020084025001
TRIBUTÁRIO. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. LEI 9.363/1996. INSTRUÇÃO NORMATIVA
SRF 23/97. CONDICIONAMENTO DO INCENTIVO FISCAL AOS INSUMOS ADQUIRIDOS DE
FORNECEDORES SUJEITOS À TRIBUTAÇÃO PELO PIS E PELA COFINS. EXORBITÂNCIA DOS
LIMITES IMPOSTOS PELA LEI ORDINÁRIA. LEGITIMIDADE DO CREDITAMENTO. VALORES
RECOLHIDOS A TÍTULO DE COMBUSTÍVEIS, ENERGIA ELÉTRICA E DESTINADOS AO ATIVO
FIXO. IMPOSSIBILIDADE DE CREDITAMENTO. HONORÁRIOS. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. 1. A
IN SRF23/97 extrapolou os limites impostos pela Lei 9.363/96, ao excluir,
da base de cálculo do benefício do crédito presumido do IPI, as aquisições
(relativamente aos produtos oriundos de atividade rural) de matéria-prima
e de insumos de fornecedores não sujeito à tributação pelo PIS/PASEP e pela
COFINS. Precedentes. 2. Os gastos com energia elétrica e combustíveis - por não
sofrerem ou provocarem ação direta mediante contato físico com o produto - não
se inserem no conceito de matéria-prima ou produtos intermediários para efeito
de crédito-prêmio de IPI. Precedentes. 3. Somente gera direito a crédito de IPI
a mercadoria empregada ou integrada fisicamente no processo de industrialização
ou comercialização, o que não ocorre com as aquisições destinadas ao
ativo fixo da sociedade empresária. 4. A Lei 9363/96 prevê a utilização da
Legislaçao do Imposto de Renda na conceituação da receita operacional bruta,
do que se infere correta a inserção do resultado auferido nas operações de
conta alheia, prevista na Lei 4506/64 na apuração do crédito presumido. 5. A
fixação dos honorários advocatícios, na hipótese de apreciação de recurso
interposto contra sentença publicada antes da vigência do novo Código de
Processo Civil, deve obedecer às normas previstas no CPC/73. Sucumbência
recíproca. Honorários compensados. 6. Recurso parcialmente provido.
Ementa
TRIBUTÁRIO. CRÉDITO PRESUMIDO DE IPI. LEI 9.363/1996. INSTRUÇÃO NORMATIVA
SRF 23/97. CONDICIONAMENTO DO INCENTIVO FISCAL AOS INSUMOS ADQUIRIDOS DE
FORNECEDORES SUJEITOS À TRIBUTAÇÃO PELO PIS E PELA COFINS. EXORBITÂNCIA DOS
LIMITES IMPOSTOS PELA LEI ORDINÁRIA. LEGITIMIDADE DO CREDITAMENTO. VALORES
RECOLHIDOS A TÍTULO DE COMBUSTÍVEIS, ENERGIA ELÉTRICA E DESTINADOS AO ATIVO
FIXO. IMPOSSIBILIDADE DE CREDITAMENTO. HONORÁRIOS. SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA. 1. A
IN SRF23/97 extrapolou os limites impostos pela Lei 9.363/96, ao excluir,
da base de cálculo do benefício do crédito presumido do IPI, as aquisições
(relativamente aos produtos oriundos de atividade rural) de matéria-prima
e de insumos de fornecedores não sujeito à tributação pelo PIS/PASEP e pela
COFINS. Precedentes. 2. Os gastos com energia elétrica e combustíveis - por não
sofrerem ou provocarem ação direta mediante contato físico com o produto - não
se inserem no conceito de matéria-prima ou produtos intermediários para efeito
de crédito-prêmio de IPI. Precedentes. 3. Somente gera direito a crédito de IPI
a mercadoria empregada ou integrada fisicamente no processo de industrialização
ou comercialização, o que não ocorre com as aquisições destinadas ao
ativo fixo da sociedade empresária. 4. A Lei 9363/96 prevê a utilização da
Legislaçao do Imposto de Renda na conceituação da receita operacional bruta,
do que se infere correta a inserção do resultado auferido nas operações de
conta alheia, prevista na Lei 4506/64 na apuração do crédito presumido. 5. A
fixação dos honorários advocatícios, na hipótese de apreciação de recurso
interposto contra sentença publicada antes da vigência do novo Código de
Processo Civil, deve obedecer às normas previstas no CPC/73. Sucumbência
recíproca. Honorários compensados. 6. Recurso parcialmente provido.
Data do Julgamento
:
12/07/2016
Classe/Assunto
:
APELAÇÃO CÍVEL
Órgão Julgador
:
3ª TURMA ESPECIALIZADA
Relator(a)
:
LANA REGUEIRA
Comarca
:
TRIBUNAL - SEGUNDA REGIÃO
Tipo
:
Acórdão
Relator para
acórdão
:
LANA REGUEIRA
Mostrar discussão