TRF2 0013280-15.2013.4.02.5101 00132801520134025101
PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. ESTELIONATO. ART. 171, §3º DO CP. CRIME
CONTINUADO. ART. 171, §3º C/C ART. 14, II DO CP. USO DE DOCUMENTO
FALSO. ART. 304 DO CP. CONCURSO MATERIAL. ART 69 DO CPP. APELAÇÃO PARCIALMENTE
PROVIDA. 1. Trata-se de recurso de apelação criminal interposto contra sentença
que julgou procedente o pedido contido na denúncia para condenar o ora apelante
pela prática do crime do art. 171, §3º, em continuidade delitiva com o crime do
art. 171, §3º, c/c art. 14, II, e em concurso material com o crime do art. 304,
todos do Código Penal. 2. O caso em tela trata de reiteradas fraudes que
visavam subtrair recursos depositados na Caixa Econômica Federal em nome de
Dilson Baptista Rolindo da Silva, falecido em 15/01/2006 (fls. 173 - apenso),
utilizando-se do personagem fictício Marcos Arêas Rolindo da Silva. 3. Não
se sustenta a tese defensiva pela ausência de dolo, restando claro que o
réu fazia parte da fraude arquitetada como responsável pelos saques, parte
consciente e integrante do grupo que estava a cometer o crime em tela. 4. Não
é cabível a aplicação da regra da Súmula nº 17 do STJ, eis que o falso
somente se exaure no estelionato quando finda a sua potencialidade lesiva,
não sendo este o caso da Escritura Pública de Inventário do 24º Ofício de
Notas. 5. Dosimetria reformada. 6. Apelação criminal a que se nega provimento.
Ementa
PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. ESTELIONATO. ART. 171, §3º DO CP. CRIME
CONTINUADO. ART. 171, §3º C/C ART. 14, II DO CP. USO DE DOCUMENTO
FALSO. ART. 304 DO CP. CONCURSO MATERIAL. ART 69 DO CPP. APELAÇÃO PARCIALMENTE
PROVIDA. 1. Trata-se de recurso de apelação criminal interposto contra sentença
que julgou procedente o pedido contido na denúncia para condenar o ora apelante
pela prática do crime do art. 171, §3º, em continuidade delitiva com o crime do
art. 171, §3º, c/c art. 14, II, e em concurso material com o crime do art. 304,
todos do Código Penal. 2. O caso em tela trata de reiteradas fraudes que
visavam subtrair recursos depositados na Caixa Econômica Federal em nome de
Dilson Baptista Rolindo da Silva, falecido em 15/01/2006 (fls. 173 - apenso),
utilizando-se do personagem fictício Marcos Arêas Rolindo da Silva. 3. Não
se sustenta a tese defensiva pela ausência de dolo, restando claro que o
réu fazia parte da fraude arquitetada como responsável pelos saques, parte
consciente e integrante do grupo que estava a cometer o crime em tela. 4. Não
é cabível a aplicação da regra da Súmula nº 17 do STJ, eis que o falso
somente se exaure no estelionato quando finda a sua potencialidade lesiva,
não sendo este o caso da Escritura Pública de Inventário do 24º Ofício de
Notas. 5. Dosimetria reformada. 6. Apelação criminal a que se nega provimento.
Data do Julgamento
:
06/09/2016
Classe/Assunto
:
APELAÇÃO CRIMINAL
Órgão Julgador
:
2ª TURMA ESPECIALIZADA
Relator(a)
:
SIMONE SCHREIBER
Comarca
:
TRIBUNAL - SEGUNDA REGIÃO
Tipo
:
Acórdão
Relator para
acórdão
:
SIMONE SCHREIBER
Mostrar discussão