TRF2 0022795-79.2010.4.02.5101 00227957920104025101
ADMINISTRATIVO. RESSARCIMENTO AO ERÁRIO. PENSÃO DE EX-COMBATENTE. REPETIÇÃO
DE INDÉBITO. VALORES RECEBIDOS POR FORÇA DE LIMINAR EM PROCESSO JÁ
TRANSITADO EM JULGADO. DECISÃO PRECÁRIA POSTERIORMENTE REVOGADA. ALEGAÇÃO
DE BOA-FÉ. NÃO PROVIMENTO. 1. Embora tenha o Superior Tribunal de Justiça
(STJ), durante certo tempo, entendido que, em matéria previdenciária, haveria
a impossibilidade de restituição de valores recebidos por força de tutela
provisória posteriormente revogada, houve por bem aquela Corte Superior
proceder ao overruling desse precedente, passando a entender que a devolução
seria, sim, devida, conferindo eficácia ex tunc à revogação da medida. 2. Na
esteira desse novo entendimento do STJ, mister se faz a restituição dos
valores pagos indevidamente, não se mostrando cabível alegar boa-fé por parte
daquele que requereu judicialmente a antecipação dos efeitos da tutela e,
embora sabendo tratar-se de decisão precária e passível de modificação,
não se propõe a ressarcir os cofres públicos quando da prolação de decisão
definitiva que lhe seja desfavorável. Precedente: STJ, 1ª Seção, REsp
1.384.418, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, DJe 30.8.2013. 3. Apelação não provida.
Ementa
ADMINISTRATIVO. RESSARCIMENTO AO ERÁRIO. PENSÃO DE EX-COMBATENTE. REPETIÇÃO
DE INDÉBITO. VALORES RECEBIDOS POR FORÇA DE LIMINAR EM PROCESSO JÁ
TRANSITADO EM JULGADO. DECISÃO PRECÁRIA POSTERIORMENTE REVOGADA. ALEGAÇÃO
DE BOA-FÉ. NÃO PROVIMENTO. 1. Embora tenha o Superior Tribunal de Justiça
(STJ), durante certo tempo, entendido que, em matéria previdenciária, haveria
a impossibilidade de restituição de valores recebidos por força de tutela
provisória posteriormente revogada, houve por bem aquela Corte Superior
proceder ao overruling desse precedente, passando a entender que a devolução
seria, sim, devida, conferindo eficácia ex tunc à revogação da medida. 2. Na
esteira desse novo entendimento do STJ, mister se faz a restituição dos
valores pagos indevidamente, não se mostrando cabível alegar boa-fé por parte
daquele que requereu judicialmente a antecipação dos efeitos da tutela e,
embora sabendo tratar-se de decisão precária e passível de modificação,
não se propõe a ressarcir os cofres públicos quando da prolação de decisão
definitiva que lhe seja desfavorável. Precedente: STJ, 1ª Seção, REsp
1.384.418, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, DJe 30.8.2013. 3. Apelação não provida.
Data do Julgamento
:
24/02/2016
Data da Publicação
:
01/03/2016
Classe/Assunto
:
AC - Apelação - Recursos - Processo Cível e do Trabalho
Órgão Julgador
:
8ª TURMA ESPECIALIZADA
Relator(a)
:
MARCELO PEREIRA DA SILVA
Comarca
:
TRIBUNAL - SEGUNDA REGIÃO
Tipo
:
Acórdão
Relator para
acórdão
:
MARCELO PEREIRA DA SILVA
Mostrar discussão