TRF2 0024602-66.2012.4.02.5101 00246026620124025101
PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. ESTELIONATO PREVIDENCIÁRIO. MATERIALIDADE
E AUTORIA COMPROVADAS. DEMONSTRAÇÃO DO DOLO. 1. Materialidade e autoria
comprovadas, através do procedimento administrativo, em que ficou comprovada a
irregularidade na concessão do benefício. 2. Presença de elemento subjetivo. O
acusado tinha ciência que não fazia jus ao recebimento do benefício por
tempo de contribuição. 3. A suposta intenção do acusado de se ocultar para
não recebimento de intimações não constitui motivação idônea à majoração
da pena corporal, nem tampouco sua ausência na audiência de instrução
e julgamento. A revelia constitui ônus processuais a serem arcados pelo
acusado, não possuindo qualquer repercussão na aplicação da pena, muito
menos circunstância judicial desfavorável. Note-se que os atos praticados
pelo acusado nem mesmo são contemporâneos ao cometimento do crime, razão
pela qual não podem mesmo ser considerados como circunstâncias delitivas
desfavoráveis. 4. Presente uma única circunstância judicial desfavorável,
estão presentes os requisitos objetivos e subjetivos do art. 44 do Código
Penal para a substituição da pena restritiva de liberdade por restritivas
de direitos. 5. Recurso parcialmente provido.
Ementa
PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. ESTELIONATO PREVIDENCIÁRIO. MATERIALIDADE
E AUTORIA COMPROVADAS. DEMONSTRAÇÃO DO DOLO. 1. Materialidade e autoria
comprovadas, através do procedimento administrativo, em que ficou comprovada a
irregularidade na concessão do benefício. 2. Presença de elemento subjetivo. O
acusado tinha ciência que não fazia jus ao recebimento do benefício por
tempo de contribuição. 3. A suposta intenção do acusado de se ocultar para
não recebimento de intimações não constitui motivação idônea à majoração
da pena corporal, nem tampouco sua ausência na audiência de instrução
e julgamento. A revelia constitui ônus processuais a serem arcados pelo
acusado, não possuindo qualquer repercussão na aplicação da pena, muito
menos circunstância judicial desfavorável. Note-se que os atos praticados
pelo acusado nem mesmo são contemporâneos ao cometimento do crime, razão
pela qual não podem mesmo ser considerados como circunstâncias delitivas
desfavoráveis. 4. Presente uma única circunstância judicial desfavorável,
estão presentes os requisitos objetivos e subjetivos do art. 44 do Código
Penal para a substituição da pena restritiva de liberdade por restritivas
de direitos. 5. Recurso parcialmente provido.
Data do Julgamento
:
30/06/2016
Data da Publicação
:
11/07/2016
Classe/Assunto
:
Ap - Apelação - Recursos - Processo Criminal
Órgão Julgador
:
1ª TURMA ESPECIALIZADA
Relator(a)
:
ABEL GOMES
Comarca
:
TRIBUNAL - SEGUNDA REGIÃO
Tipo
:
Acórdão
Relator para
acórdão
:
ABEL GOMES
Mostrar discussão