TRF2 0033708-52.2012.4.02.5101 00337085220124025101
DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DA
DEFESA. CRIME DE ESTELIONATO CONTRA A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (ART. 171, § 3º,
DO CÓDIGO PENAL). INVALIDADE POR INDEFERIMENTO DE PROVAS AFASTADA. PRESCRIÇÃO
NÃO IMPLEMENTADA. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS COMPROVADAS. CONCURSO
FORMAL CARACTERIZADO. I - Se o indeferimento de exame pericial requerido
pela defesa se faz de forma fundamentada, por já terem sido juntados laudos
elaborados no âmbito de procedimento administrativo, os quais já haviam
atestado a falsidade dos cheques; e, de outro lado, se a defesa não apresenta
nenhuma justificativa plausível para que se ponha em dúvida o resultado desses
exames periciais, submetidos ao contraditório na instrução penal, não há
violação às garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório. II
- Para a comprovação do crime de estelionato, não é imprescindível o
exame pericial, nos termos do art. 158 do Código de Processo Penal, sendo
plenamente possível com base na prova documental e testemunhal produzida,
desde que harmônica, coesa e consistente acerca das suas elementares. III -
A prescrição da pretensão punitiva, com base na pena concretamente fixada, só
pode ser reconhecida com o trânsito em julgado da sentença condenatória para
a acusação. IV - Robustamente comprovada a materialidade a autoria delitiva,
consideradas todas as elementares do crime de estelionato (art. 171, § 3º
do Código Penal), deve ser mantida a condenação da ré. V - Não é possível
o aumento da pena-base por circunstâncias inerentes ao tipo penal. VI -
Aplica-se o concurso formal previsto no art. 70 do Código Penal e não o
aumento pela continuidade delitiva, prevista no art. 71 do mesmo diploma,
se, mediante uma só ação, consistente no depósito de cheques falsificados
na mesma ocasião, são praticados dois crimes de estelionato. VII - Recurso
da defesa desprovido e recurso ministerial parcialmente provido.
Ementa
DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO E DA
DEFESA. CRIME DE ESTELIONATO CONTRA A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL (ART. 171, § 3º,
DO CÓDIGO PENAL). INVALIDADE POR INDEFERIMENTO DE PROVAS AFASTADA. PRESCRIÇÃO
NÃO IMPLEMENTADA. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS COMPROVADAS. CONCURSO
FORMAL CARACTERIZADO. I - Se o indeferimento de exame pericial requerido
pela defesa se faz de forma fundamentada, por já terem sido juntados laudos
elaborados no âmbito de procedimento administrativo, os quais já haviam
atestado a falsidade dos cheques; e, de outro lado, se a defesa não apresenta
nenhuma justificativa plausível para que se ponha em dúvida o resultado desses
exames periciais, submetidos ao contraditório na instrução penal, não há
violação às garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório. II
- Para a comprovação do crime de estelionato, não é imprescindível o
exame pericial, nos termos do art. 158 do Código de Processo Penal, sendo
plenamente possível com base na prova documental e testemunhal produzida,
desde que harmônica, coesa e consistente acerca das suas elementares. III -
A prescrição da pretensão punitiva, com base na pena concretamente fixada, só
pode ser reconhecida com o trânsito em julgado da sentença condenatória para
a acusação. IV - Robustamente comprovada a materialidade a autoria delitiva,
consideradas todas as elementares do crime de estelionato (art. 171, § 3º
do Código Penal), deve ser mantida a condenação da ré. V - Não é possível
o aumento da pena-base por circunstâncias inerentes ao tipo penal. VI -
Aplica-se o concurso formal previsto no art. 70 do Código Penal e não o
aumento pela continuidade delitiva, prevista no art. 71 do mesmo diploma,
se, mediante uma só ação, consistente no depósito de cheques falsificados
na mesma ocasião, são praticados dois crimes de estelionato. VII - Recurso
da defesa desprovido e recurso ministerial parcialmente provido.
Data do Julgamento
:
20/04/2018
Data da Publicação
:
08/05/2018
Classe/Assunto
:
Ap - Apelação - Recursos - Processo Criminal
Órgão Julgador
:
2ª TURMA ESPECIALIZADA
Relator(a)
:
MARCELLO FERREIRA DE SOUZA GRANADO
Comarca
:
TRIBUNAL - SEGUNDA REGIÃO
Tipo
:
Acórdão
Relator para
acórdão
:
MARCELLO FERREIRA DE SOUZA GRANADO