TRF2 0034856-98.2012.4.02.5101 00348569820124025101
PENAL. PROCESSO PENAL. USO DE DOCUMENTO PÚBLICO FALSO. ART. 304 C/C 297 DO
CP. ÔNUS DA PROVA. VEROSSIMILHANÇA DA VERSÃO APRESENTADA PELA DEFESA. PRINCIPIO
DO IN DUBIO PRO REO. ABSOLVIÇÃO. 1. O Ministério Público tem o ônus de
provar, além de qualquer dúvida razoável, a ocorrência das elementares do
tipo e que a conduta criminosa foi praticada pelo réu, enquanto à defesa,
por outro lado, basta a demonstração da verossimilhança do alegado. Em
consonância com o princípio do in dubio pro reo, é suficiente que a defesa
produza prova que faça surgir no espírito do juiz dúvida a respeito dos fatos
e das circunstâncias do crime, de modo que se o juiz, examinando a prova
produzida pela defesa, ficar realmente em dúvida sobre a alegação do réu,
deve absolvê-lo. 2. No caso, a versão dos fatos apresentada em juízo pela
ré de que desconhecia a falsidade do documento utilizado é verossímil, sendo
atípica, pois, sua conduta, impondo-se, sobretudo em apreço ao princípio do
in dubio pro reo, a sua absolvição. 3. Apelação criminal desprovida.
Ementa
PENAL. PROCESSO PENAL. USO DE DOCUMENTO PÚBLICO FALSO. ART. 304 C/C 297 DO
CP. ÔNUS DA PROVA. VEROSSIMILHANÇA DA VERSÃO APRESENTADA PELA DEFESA. PRINCIPIO
DO IN DUBIO PRO REO. ABSOLVIÇÃO. 1. O Ministério Público tem o ônus de
provar, além de qualquer dúvida razoável, a ocorrência das elementares do
tipo e que a conduta criminosa foi praticada pelo réu, enquanto à defesa,
por outro lado, basta a demonstração da verossimilhança do alegado. Em
consonância com o princípio do in dubio pro reo, é suficiente que a defesa
produza prova que faça surgir no espírito do juiz dúvida a respeito dos fatos
e das circunstâncias do crime, de modo que se o juiz, examinando a prova
produzida pela defesa, ficar realmente em dúvida sobre a alegação do réu,
deve absolvê-lo. 2. No caso, a versão dos fatos apresentada em juízo pela
ré de que desconhecia a falsidade do documento utilizado é verossímil, sendo
atípica, pois, sua conduta, impondo-se, sobretudo em apreço ao princípio do
in dubio pro reo, a sua absolvição. 3. Apelação criminal desprovida.
Data do Julgamento
:
08/11/2016
Classe/Assunto
:
APELAÇÃO CRIMINAL
Órgão Julgador
:
2ª TURMA ESPECIALIZADA
Relator(a)
:
HELENA ELIAS PINTO
Comarca
:
TRIBUNAL - SEGUNDA REGIÃO
Tipo
:
Acórdão
Relator para
acórdão
:
SIMONE SCHREIBER
Mostrar discussão