TRF2 0490004-39.2006.4.02.5101 04900043920064025101
TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. OMISSÃO PRESENTE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
PROVIDOS. IMPOSTO DE RENDA. NÃO INCIDÊNCIA SOBRE VERBAS INDENIZATÓRIAS. FÉRIAS
VENCIDAS INDENIZADAS E SEUS REFLEXOS. EFEITOS INFRINGENTES. 1. O acórdão
embargado foi omisso, uma vez que deixou de observar que não incide imposto de
renda sobre as verbas de natureza indenizatória, no caso as férias indenizadas
e seus reflexos. 2. A partir da análise do art. 43 do CTN, a jurisprudência
do Eg. STJ firmou o entendimento de que não estão sujeitas à tributação pelo
imposto de renda as verbas que tenham natureza indenizatória, sejam elas de
qualquer espécie, justamente por denotarem a reparação de uma perda. 3. As
férias devem ser gozadas no curso do contrato de trabalho (art. 129 e 130 da
CLT). Se substituídas por dinheiro, por não terem sido gozadas, na verdade,
constituem indenização sobre a qual não deve incidir imposto de renda. (Por
todos: REsp 1111223/SP, submetido ao rito previsto no art. 543-C do CPC,
Rel. Ministro CASTRO MEIRA, DJe de 04/05/2009). 4. Embargos de declaração da
Embargante aos quais se dá provimento, para sanando a omissão apontada, com
atribuição de efeitos infringentes, julgar parcialmente procedente o pedido
formulado na inicial, de modo a não incidir imposto de renda sobre as verbas de
natureza indenizatória, no caso as férias indenizadas e respectivos reflexos.
Ementa
TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. OMISSÃO PRESENTE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
PROVIDOS. IMPOSTO DE RENDA. NÃO INCIDÊNCIA SOBRE VERBAS INDENIZATÓRIAS. FÉRIAS
VENCIDAS INDENIZADAS E SEUS REFLEXOS. EFEITOS INFRINGENTES. 1. O acórdão
embargado foi omisso, uma vez que deixou de observar que não incide imposto de
renda sobre as verbas de natureza indenizatória, no caso as férias indenizadas
e seus reflexos. 2. A partir da análise do art. 43 do CTN, a jurisprudência
do Eg. STJ firmou o entendimento de que não estão sujeitas à tributação pelo
imposto de renda as verbas que tenham natureza indenizatória, sejam elas de
qualquer espécie, justamente por denotarem a reparação de uma perda. 3. As
férias devem ser gozadas no curso do contrato de trabalho (art. 129 e 130 da
CLT). Se substituídas por dinheiro, por não terem sido gozadas, na verdade,
constituem indenização sobre a qual não deve incidir imposto de renda. (Por
todos: REsp 1111223/SP, submetido ao rito previsto no art. 543-C do CPC,
Rel. Ministro CASTRO MEIRA, DJe de 04/05/2009). 4. Embargos de declaração da
Embargante aos quais se dá provimento, para sanando a omissão apontada, com
atribuição de efeitos infringentes, julgar parcialmente procedente o pedido
formulado na inicial, de modo a não incidir imposto de renda sobre as verbas de
natureza indenizatória, no caso as férias indenizadas e respectivos reflexos.
Data do Julgamento
:
12/04/2016
Classe/Assunto
:
APELAÇÃO EM MANDADO DE SEGURANÇA
Órgão Julgador
:
4ª TURMA ESPECIALIZADA
Relator(a)
:
MAURO LUIS ROCHA LOPES
Comarca
:
TRIBUNAL - SEGUNDA REGIÃO
Tipo
:
Acórdão
Relator para
acórdão
:
MAURO LUIS ROCHA LOPES
Mostrar discussão