TRF2 0504269-51.2003.4.02.5101 05042695120034025101
TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. IMPOSTO SOBRE
PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. CLASSIFICAÇÃO ADUANEIRA TARIFÁRIA. MATERIAL
ANALISADO. REVISÃO DEVIDA. MULTA. Cominação de penalidade menos severa. 1 -
A controvérsia gira em torno da classificação tarifária atribuída ao produto
"Adogen 343", importado por meio da DI 6075/95, que a autora descreveu como
amina terciária, classificada pela empresa no código de Tarifa Aduaneira do
Brasil - TAB nº 2921.199900 (compostos de função amina), sujeita à alíquota
zero de II e IPI. No entanto, no ato de revisão aduaneira, o Fisco discordou
da classificação da empresa autora, lavrou o Auto de Infração nº 239/97 e
enquadrou o produto no código TAB nº 3823.90.9999, sujeito à alíquota de
Imposto de Importação de 14% e Imposto sobre Produtos Industrializados de
10%. 2 - Depois de precisada a composição e as características do material
analisado, reputa-se acertada a classificação fiscal indicada pela Autoridade
Fiscal - questão de cunho jurídico. 3 - Não se aplica o art. 112, do CTN no
caso em análise, posto que a controvérsia da lide não reside na aplicação
de lei tributária que define infração ou comina penalidade, mas sim na
classificação aduaneira tarifária atribuída ao produto "Adogen 343". 4 - O
prazo de cinco dias previsto no art. 50, do Decreto-Lei nº 37/66 e art. 447,
do Decreto-Lei nº 91.030/85 para que o Fisco formalize a exigência de crédito
tributário e multas referentes à equivocada classificação da mercadoria não
impede que o Fisco, após o desembaraço aduaneiro, revise os atos e efetue o
lançamento de ofício, o qual se submete aos prazos decadenciais próprios do
crédito tributário e das multas administrativas e fiscais. 5 - O cálculo
da taxa de multa prevista no artigo 61 da Lei nº 9.430/96 se aplica ao
caso concreto e atinge os fatos geradores anteriores a 1º de janeiro de
1997. Incidência do art. 106, II, c, do Código Tributário Nacional. 6 -
Recurso conhecido e provido em parte. Sentença parcialmente reformada.
Ementa
TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO. IMPOSTO SOBRE
PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. CLASSIFICAÇÃO ADUANEIRA TARIFÁRIA. MATERIAL
ANALISADO. REVISÃO DEVIDA. MULTA. Cominação de penalidade menos severa. 1 -
A controvérsia gira em torno da classificação tarifária atribuída ao produto
"Adogen 343", importado por meio da DI 6075/95, que a autora descreveu como
amina terciária, classificada pela empresa no código de Tarifa Aduaneira do
Brasil - TAB nº 2921.199900 (compostos de função amina), sujeita à alíquota
zero de II e IPI. No entanto, no ato de revisão aduaneira, o Fisco discordou
da classificação da empresa autora, lavrou o Auto de Infração nº 239/97 e
enquadrou o produto no código TAB nº 3823.90.9999, sujeito à alíquota de
Imposto de Importação de 14% e Imposto sobre Produtos Industrializados de
10%. 2 - Depois de precisada a composição e as características do material
analisado, reputa-se acertada a classificação fiscal indicada pela Autoridade
Fiscal - questão de cunho jurídico. 3 - Não se aplica o art. 112, do CTN no
caso em análise, posto que a controvérsia da lide não reside na aplicação
de lei tributária que define infração ou comina penalidade, mas sim na
classificação aduaneira tarifária atribuída ao produto "Adogen 343". 4 - O
prazo de cinco dias previsto no art. 50, do Decreto-Lei nº 37/66 e art. 447,
do Decreto-Lei nº 91.030/85 para que o Fisco formalize a exigência de crédito
tributário e multas referentes à equivocada classificação da mercadoria não
impede que o Fisco, após o desembaraço aduaneiro, revise os atos e efetue o
lançamento de ofício, o qual se submete aos prazos decadenciais próprios do
crédito tributário e das multas administrativas e fiscais. 5 - O cálculo
da taxa de multa prevista no artigo 61 da Lei nº 9.430/96 se aplica ao
caso concreto e atinge os fatos geradores anteriores a 1º de janeiro de
1997. Incidência do art. 106, II, c, do Código Tributário Nacional. 6 -
Recurso conhecido e provido em parte. Sentença parcialmente reformada.
Data do Julgamento
:
29/11/2016
Classe/Assunto
:
APELAÇÃO CÍVEL
Órgão Julgador
:
3ª TURMA ESPECIALIZADA
Relator(a)
:
GERALDINE PINTO VITAL DE CASTRO
Comarca
:
TRIBUNAL - SEGUNDA REGIÃO
Tipo
:
Acórdão
Relator para
acórdão
:
GERALDINE PINTO VITAL DE CASTRO
Mostrar discussão