TRF3 0000160-64.2013.4.03.6106 00001606420134036106
PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME CONTRA A FAUNA. PÁSSAROS SILVESTRES. USO
INDEVIDO DE SIMBOLO PÚBLICO. MATERIALIDADE DEMONSTRADA. AUSÊNCIA
DE DOLO. MANTIDA A ABSOLVIÇÃO, NOS TERMOS DO ART. 386, INC. VII, DO
CPP. RECURSO DA ACUSAÇÃO NÃO PROVIDO.
1. A materialidade do delito é inconteste e está devidamente demonstrada
nos autos pelos Auto de Infração Ambiental, Auto de Apreensão, ofício
n. 145/2012 do IBAMA, com os respectivos relatórios de histórico de anilhas;
Laudo de Perícia Criminal Federal; Boletim de Ocorrência PAmb numero 112349,
Termo de Apreensão; Termo de destinação de animais e Laudo Biológico.
2. No que tange à autoria, diante do conjunto probatório carreado nos
autos, não se pode concluir, com segurança, ter o réu sido o autor
da falsificação, tampouco que tinha ciência acerca do uso de anilhas
falsificadas ou adulteradas nos pássaros mantidos em sua residência, tampouco
que, com isso, ele tinha a intenção de burlar a fiscalização do IBAMA.
3. Não havendo provas cabais de que o réu tinha conhecimento da falsidade ou
adulteração das anilhas, restando, portanto, duvidoso o elemento volitivo,
impõe-se a absolvição do réu pelo crime previsto no art. 296, § 1º,
inciso I, do Código Penal.
4. Ausente o dolo na conduta de utilizar anilha do IBAMA adulterada,
consequentemente, não há que se falar no crime ambiental de manter em
cativeiro animais pertencentes à fauna silvestre, sem autorização da
autoridade competente, posto que o acusado acreditava que os animais possuíam
anilhas autênticas, portanto, de acordo com a legislação ambiental.
5. Recurso da acusação não provido. Sentença absolutória mantida.
Ementa
PENAL. APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME CONTRA A FAUNA. PÁSSAROS SILVESTRES. USO
INDEVIDO DE SIMBOLO PÚBLICO. MATERIALIDADE DEMONSTRADA. AUSÊNCIA
DE DOLO. MANTIDA A ABSOLVIÇÃO, NOS TERMOS DO ART. 386, INC. VII, DO
CPP. RECURSO DA ACUSAÇÃO NÃO PROVIDO.
1. A materialidade do delito é inconteste e está devidamente demonstrada
nos autos pelos Auto de Infração Ambiental, Auto de Apreensão, ofício
n. 145/2012 do IBAMA, com os respectivos relatórios de histórico de anilhas;
Laudo de Perícia Criminal Federal; Boletim de Ocorrência PAmb numero 112349,
Termo de Apreensão; Termo de destinação de animais e Laudo Biológico.
2. No que tange à autoria, diante do conjunto probatório carreado nos
autos, não se pode concluir, com segurança, ter o réu sido o autor
da falsificação, tampouco que tinha ciência acerca do uso de anilhas
falsificadas ou adulteradas nos pássaros mantidos em sua residência, tampouco
que, com isso, ele tinha a intenção de burlar a fiscalização do IBAMA.
3. Não havendo provas cabais de que o réu tinha conhecimento da falsidade ou
adulteração das anilhas, restando, portanto, duvidoso o elemento volitivo,
impõe-se a absolvição do réu pelo crime previsto no art. 296, § 1º,
inciso I, do Código Penal.
4. Ausente o dolo na conduta de utilizar anilha do IBAMA adulterada,
consequentemente, não há que se falar no crime ambiental de manter em
cativeiro animais pertencentes à fauna silvestre, sem autorização da
autoridade competente, posto que o acusado acreditava que os animais possuíam
anilhas autênticas, portanto, de acordo com a legislação ambiental.
5. Recurso da acusação não provido. Sentença absolutória mantida.Decisão
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas,
decide a Egrégia Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região,
por unanimidade, negar provimento ao recurso da acusação, mantida a
sentença absolutória, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo
parte integrante do presente julgado.
Data do Julgamento
:
05/12/2016
Data da Publicação
:
15/12/2016
Classe/Assunto
:
ACR - APELAÇÃO CRIMINAL - 66265
Órgão Julgador
:
QUINTA TURMA
Relator(a)
:
DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO FONTES
Comarca
:
TRIBUNAL - TERCEIRA REGIÃO
Tipo
:
Acórdão
Referência
legislativa
:
***** CPP-41 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
LEG-FED DEL-3689 ANO-1941 ART-386 INC-7
***** CP-40 CÓDIGO PENAL DE 1940
LEG-FED DEL-2848 ANO-1940 ART-296 PAR-1 INC-1
Fonte da publicação
:
e-DJF3 Judicial 1 DATA:15/12/2016
..FONTE_REPUBLICACAO:
Mostrar discussão