TRF3 0000417-69.2016.4.03.0000 00004176920164030000
HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. ART. 366 DO CPP. SUSPENSÃO DO PROCESSO
E DO PRAZO PRESCRICIONAL. LAPSO TEMPORAL. PENA MÁXIMA. APLICAÇÃO DO
ART. 109, DO CP. DECURSO DO PRAZO SUSPENSIVO. RETOMADA DO PROCESSO E
DA PRESCRIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE CISÃO. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO
AO PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO, POIS A PACIENTE ESTÁ
SENDO ASSISTIDO REGULARMENTE POR DEFENSOR NOMEADO PELO JUÍZO. PRECEDENTE
DO STJ. ORDEM DENEGADA.
1- A norma inserta no art. 366, do Código de Processo Penal, possui natureza
dúplice, não podendo ser cindida. Assim, ao ser suspenso o processo,
o mesmo deve ocorrer com o prazo prescricional.
2- Ante o silêncio da norma acerca de qual seria o prazo para a suspensão,
a jurisprudência do STJ tem-se manifestado no sentido de que o parâmetro
mais adequado à intenção do legislador é o limite prescricional máximo
estabelecido no art. 109 do Código Penal.
3- O prosseguimento da ação penal instaurada em desfavor da paciente,
ré revel, não implicará em violação ao princípio da ampla defesa e do
contraditório, pois a acusada está sendo regularmente assistida pela DPU.
4- Restará, assim, na hipótese, assegurado à paciente o direito à ampla
defesa e ao contraditório.
5- Precedentes do STJ e deste E. Tribunal.
6- Ordem denegada. Liminar cassada.
Ementa
HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. ART. 366 DO CPP. SUSPENSÃO DO PROCESSO
E DO PRAZO PRESCRICIONAL. LAPSO TEMPORAL. PENA MÁXIMA. APLICAÇÃO DO
ART. 109, DO CP. DECURSO DO PRAZO SUSPENSIVO. RETOMADA DO PROCESSO E
DA PRESCRIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE CISÃO. INEXISTÊNCIA DE VIOLAÇÃO
AO PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO, POIS A PACIENTE ESTÁ
SENDO ASSISTIDO REGULARMENTE POR DEFENSOR NOMEADO PELO JUÍZO. PRECEDENTE
DO STJ. ORDEM DENEGADA.
1- A norma inserta no art. 366, do Código de Processo Penal, possui natureza
dúplice, não podendo ser cindida. Assim, ao ser suspenso o processo,
o mesmo deve ocorrer com o prazo prescricional.
2- Ante o silêncio da norma acerca de qual seria o prazo para a suspensão,
a jurisprudência do STJ tem-se manifestado no sentido de que o parâmetro
mais adequado à intenção do legislador é o limite prescricional máximo
estabelecido no art. 109 do Código Penal.
3- O prosseguimento da ação penal instaurada em desfavor da paciente,
ré revel, não implicará em violação ao princípio da ampla defesa e do
contraditório, pois a acusada está sendo regularmente assistida pela DPU.
4- Restará, assim, na hipótese, assegurado à paciente o direito à ampla
defesa e ao contraditório.
5- Precedentes do STJ e deste E. Tribunal.
6- Ordem denegada. Liminar cassada.Decisão
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide
a Egrégia Quinta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, por
maioria, denegar a ordem, cassando a liminar que suspendera o trâmite da
ação penal originária, nos termos do relatório e voto que ficam fazendo
parte integrante do presente julgado.
Data do Julgamento
:
14/03/2016
Data da Publicação
:
22/03/2016
Classe/Assunto
:
HC - HABEAS CORPUS - 65741
Órgão Julgador
:
QUINTA TURMA
Relator(a)
:
DESEMBARGADOR FEDERAL PAULO FONTES
Comarca
:
TRIBUNAL - TERCEIRA REGIÃO
Tipo
:
Acórdão
Referência
legislativa
:
***** CPP-41 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
LEG-FED DEL-3689 ANO-1941 ART-366
***** CP-40 CÓDIGO PENAL DE 1940
LEG-FED DEL-2848 ANO-1940 ART-109
Fonte da publicação
:
e-DJF3 Judicial 1 DATA:22/03/2016
..FONTE_REPUBLICACAO:
Mostrar discussão