TRF3 0005906-97.2015.4.03.6119 00059069720154036119
RESPONSABILIDADE CIVIL. ARTIGOS 186 E 927, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO
CIVIL. SAQUES INDEVIDOS EM CONTA. CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. DANOS MATERIAIS
E MORAIS NÃO CONFIGURADOS.
I - O Código Civil, em seus artigos 186 e 927, parágrafo único, definiu
ato ilícito e a consequente obrigação, por parte de quem o pratica,
de indenizar o prejudicado.
II - Para que haja o dever de indenizar, necessário o preenchimento dos
requisitos da responsabilidade civil, quais sejam: dano, conduta ilícita
e nexo de causalidade, tendo em vista tratar-se de responsabilidade
civil objetiva, nos termos da Súmula n.º 297 do C. Superior Tribunal de
Justiça: "O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições
financeiras".
III - Não restou demonstrada a ocorrência de nenhuma conduta ilícita
passível de ser indenizada pela apelada, nos termos do artigo 186 do
Código Civil que dispõe sobre a responsabilidade civil, sendo clara a
culpa exclusiva da vítima, que compartilhou a senha de seu cartão com
outras pessoas, tendo estas, inclusive, movimentado e consultado sua conta
por meio do referido cartão.
IV - Apelação improvida.
Ementa
RESPONSABILIDADE CIVIL. ARTIGOS 186 E 927, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CÓDIGO
CIVIL. SAQUES INDEVIDOS EM CONTA. CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA. DANOS MATERIAIS
E MORAIS NÃO CONFIGURADOS.
I - O Código Civil, em seus artigos 186 e 927, parágrafo único, definiu
ato ilícito e a consequente obrigação, por parte de quem o pratica,
de indenizar o prejudicado.
II - Para que haja o dever de indenizar, necessário o preenchimento dos
requisitos da responsabilidade civil, quais sejam: dano, conduta ilícita
e nexo de causalidade, tendo em vista tratar-se de responsabilidade
civil objetiva, nos termos da Súmula n.º 297 do C. Superior Tribunal de
Justiça: "O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições
financeiras".
III - Não restou demonstrada a ocorrência de nenhuma conduta ilícita
passível de ser indenizada pela apelada, nos termos do artigo 186 do
Código Civil que dispõe sobre a responsabilidade civil, sendo clara a
culpa exclusiva da vítima, que compartilhou a senha de seu cartão com
outras pessoas, tendo estas, inclusive, movimentado e consultado sua conta
por meio do referido cartão.
IV - Apelação improvida.Decisão
Vistos e relatados estes autos em que são partes as acima indicadas, decide
a Egrégia Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, por
unanimidade, negar provimento à apelação, nos termos do relatório e voto
que ficam fazendo parte integrante do presente julgado.
Data do Julgamento
:
12/07/2016
Data da Publicação
:
21/07/2016
Classe/Assunto
:
Ap - APELAÇÃO CÍVEL - 2152098
Órgão Julgador
:
SEGUNDA TURMA
Relator(a)
:
DESEMBARGADOR FEDERAL COTRIM GUIMARÃES
Comarca
:
TRIBUNAL - TERCEIRA REGIÃO
Tipo
:
Acórdão
Indexação
:
VIDE EMENTA.
Fonte da publicação
:
e-DJF3 Judicial 1 DATA:21/07/2016
..FONTE_REPUBLICACAO:
Mostrar discussão