CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE VEÍCULO IMPORTADO - AUMENTO DA ALÍQUOTA DO IPI - MAJORAÇÃO DO PREÇO - PREÇO CERTO E DETERMINADO - FORÇA VINCULANTE DOS CONTRATOS - DANOS MATERIAIS - NÃO COMPROVAÇÃO.1. O prejuízo acaso sofrido por um dos contratantes, em virtude do aumento do imposto de importação de veículo, não é motivo bastante para se desrespeitar a força obrigatória do contrato.2. Inexistindo prova de que o comprador entabulou acordo verbal com o vendedor, no sentido de que as perdas seriam divididas entre ambos, devem prevalecer os termos do contrato inicialmente firmado, que não condicionou o preço à variação cambial de moeda estrangeira, à tabela de preços praticados pela fábrica do bem ou às despesas com tributos.3. Para prosperar o pedido acessório de indenização, deve o postulante comprovar os gastos com o aluguel no período em que ficou sem utilizar os veículos contratados, mostrando-se insuficiente a juntada de simples proposta de locação.4. Dado provimento ao recurso. Por maioria.
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CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE VEÍCULO IMPORTADO - AUMENTO DA ALÍQUOTA DO IPI - MAJORAÇÃO DO PREÇO - PREÇO CERTO E DETERMINADO - FORÇA VINCULANTE DOS CONTRATOS - DANOS MATERIAIS - NÃO COMPROVAÇÃO.1. O prejuízo acaso sofrido por um dos contratantes, em virtude do aumento do imposto de importação de veículo, não é motivo bastante para se desrespeitar a força obrigatória do contrato.2. Inexistindo prova de que o comprador entabulou acordo verbal com o vendedor, no sentido de que as perdas seriam divididas entre ambos, devem prevalecer os termos do contrato inicialmente firmado, que não condicionou...
DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL - AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS - PRELIMINARES: CERCEAMENTO DE DEFESA. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE: NÃO CONFIGURAÇÃO - ILEGITIMIDADE PASSIVA DO PROPRIETÁRIO DE EMPRESA NÃO INTEGRANTE DA RELAÇÃO JURÍDICA - MÉRITO: CAUSA DE PEDIR: VINCULAÇÃO - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO -RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO, POR MAIORIA. I - Não há que se falar em cerceamento de defesa quando, instadas as partes a produzirem suas provas, quedam-se inertes, dando ensejo à preclusão.II - A legitimidade passiva ad causam decorre do fato de, em sendo procedente a ação, ser aquela a pessoa indicada a suportar os efeitos oriundos da sentença.III - O Julgador deve-se ater à causa de pedir constante da manifestação inaugural do autor, sob o risco de estar violando o princípio da adstrição e decidindo extra petita, o que é vedado pelo nosso ordenamento jurídico.IV - A sentença de improcedência tem natureza declaratória negativa, razão por que a verba honorária deve ser fixada mediante apreciação eqüitativa do Juiz, nos termos do § 4º, do art. 20, do CPC. V - Recurso conhecido e parcialmente provido. Maioria.
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DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL - AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS - PRELIMINARES: CERCEAMENTO DE DEFESA. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE: NÃO CONFIGURAÇÃO - ILEGITIMIDADE PASSIVA DO PROPRIETÁRIO DE EMPRESA NÃO INTEGRANTE DA RELAÇÃO JURÍDICA - MÉRITO: CAUSA DE PEDIR: VINCULAÇÃO - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS - IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO -RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO, POR MAIORIA. I - Não há que se falar em cerceamento de defesa quando, instadas as partes a produzirem suas provas, quedam-se inertes, dando ensejo à preclusão.II - A legitimidade passiva ad causam decorre do fato de, em s...
PROCESSUAL CIVIL - INDEFERIMENTO DE PETIÇÃO INICIAL - EXECUCÃO FUNDADA EM CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO - CLÁUSULA PENAL COMPENSATÓRIA.01. Quanto a executibilidade da cláusula penal expressa no contrato em face de inadimplemento de uma das partes, uma vez demonstrado o inadimplemento, a aplicação e exigibilidade da referida cláusula é automática, sendo esta a natureza e função do referido ajuste. Trata-se de pré-fixação do valor da sanção ao inadimplente que as partes de comum acordo antecipadamente ajustam. No caso a executibilidade decorre da existência da cláusula no seio de título executivo extrajudicial e a presença do inadimplemento. Esta é a finalidade precípua da pré-fixação do valor dos danos na cláusula penal, liberar o credor da pesquisa de seus prejuízos em ação de conhecimento, pois as partes acordaram não pesquisar a extensão, satisfazendo-se com o valor fixado no contrato. (AGI 14533, Relª Desª Vera Andrighi).02. Apelação provida. Unânime.
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PROCESSUAL CIVIL - INDEFERIMENTO DE PETIÇÃO INICIAL - EXECUCÃO FUNDADA EM CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO - CLÁUSULA PENAL COMPENSATÓRIA.01. Quanto a executibilidade da cláusula penal expressa no contrato em face de inadimplemento de uma das partes, uma vez demonstrado o inadimplemento, a aplicação e exigibilidade da referida cláusula é automática, sendo esta a natureza e função do referido ajuste. Trata-se de pré-fixação do valor da sanção ao inadimplente que as partes de comum acordo antecipadamente ajustam. No caso a executibilidade decorre da existência da cláusula no seio de título exe...
AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - DESPACHO SANEADOR - PRELIMINARES - NÃO ACOLHIMENTO - RECURSO - CÓPIA DE DOCUMENTO - AUTENTICAÇÃO - COLHEITA DE PROVAS - PROVIMENTO PARCIAL - UNÂNIME. Tratando-se de provas requeridas em primeiro grau de jurisdição, que somente poderão ser valoradas e discutidas perante o segundo grau, se o forem em primeiro grau, sob pena de nulidade processual, devem ser as mesmas deferidas, evitando-se a alegação de cerceamento de defesa e ofensa à garantia constitucional do contraditório. A falta de autenticação do documento não implica na sua inutilidade como meio de prova, quando não impugnado o seu conteúdo.
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AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - DESPACHO SANEADOR - PRELIMINARES - NÃO ACOLHIMENTO - RECURSO - CÓPIA DE DOCUMENTO - AUTENTICAÇÃO - COLHEITA DE PROVAS - PROVIMENTO PARCIAL - UNÂNIME. Tratando-se de provas requeridas em primeiro grau de jurisdição, que somente poderão ser valoradas e discutidas perante o segundo grau, se o forem em primeiro grau, sob pena de nulidade processual, devem ser as mesmas deferidas, evitando-se a alegação de cerceamento de defesa e ofensa à garantia constitucional do contraditório. A falta de autenticação do documento não implica na sua i...
RESPONSABILIDADE CIVIL - DANOS MORAIS - LEI DE IMPRENSA - PUBLICAÇÃO DE MATÉRIA JONALÍSTICA - PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA - VALOR DA INDENIZAÇÃO - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.01. Não há cerceamento de defesa quando a matéria é unicamente de direito e a instrução probatória se mostra desnecessária.02. A Lei nº 5.250/67 no art. 49 obriga à reparação de dano moral aquele que no exercício da liberdade de manifestação do pensamento e da informação, com dolo ou culpa, viola direito ou causa prejuízo a outrem. A liberdade de imprensa não autoriza o jornal de não se acautelar na escolha da notícia ajustada à realidade, especialmente quando possa ofender às pessoas (APC 47.458/98, Rel. Des. Nívio Gonçalves).03. A indenização por dano moral não tem caráter tipicamente indenizatório, de modo a que se estabeleça exata correspondência entre a ofensa e o 'quantum' deferido pela ocorrência desta, até porque a dor íntima não tem preço. Nem pode constituir fator de enriquecimento. O que se busca é amenizar as consequências do mal infligido à vítima com uma compensação pecuniária.04. Os honorários advocatícios, quando fixados dentro dos parâmetros legais, não devem ser modificados.05. Negou-se provimento ao apelo. Unânime.
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RESPONSABILIDADE CIVIL - DANOS MORAIS - LEI DE IMPRENSA - PUBLICAÇÃO DE MATÉRIA JONALÍSTICA - PRELIMINAR DE CERCEAMENTO DE DEFESA - VALOR DA INDENIZAÇÃO - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS.01. Não há cerceamento de defesa quando a matéria é unicamente de direito e a instrução probatória se mostra desnecessária.02. A Lei nº 5.250/67 no art. 49 obriga à reparação de dano moral aquele que no exercício da liberdade de manifestação do pensamento e da informação, com dolo ou culpa, viola direito ou causa prejuízo a outrem. A liberdade de imprensa não autoriza o jornal de não se acautelar na escolha da notíci...
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL - FATURA DE CARTÃO DE CRÉDITO - DESPESA NÃO EFETUADA - APELAÇÃO DE AMBAS AS PARTES.01. A condenação por danos morais se impõe quando reconhecido que o fato causou constrangimento moral hábil a ser indenizado, por força do art. 5º, X, da Constituição Federal.02. Para a fixação do valor da indenização, deve-se levar em consideração tanto o efetivo prejuízo sofrido pela vítima, como a capacidade econômica da parte responsabilizada, devendo sempre ser obstado o locupletamento indevido da parte que se diz vítima de um abalo psíquico.03. Negou-se provimento a ambos os recursos. Unânime.
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AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANO MORAL - FATURA DE CARTÃO DE CRÉDITO - DESPESA NÃO EFETUADA - APELAÇÃO DE AMBAS AS PARTES.01. A condenação por danos morais se impõe quando reconhecido que o fato causou constrangimento moral hábil a ser indenizado, por força do art. 5º, X, da Constituição Federal.02. Para a fixação do valor da indenização, deve-se levar em consideração tanto o efetivo prejuízo sofrido pela vítima, como a capacidade econômica da parte responsabilizada, devendo sempre ser obstado o locupletamento indevido da parte que se diz vítima de um abalo...
AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS - CHEQUE DEPOSITADO EM CONTA CORRENTE DE TERCEIRO. ESTABELECIMENTO BANCÁRIO DIVERSO DO SACADO. CÓPIA DO CHEQUE SOLICITADA AO BANCO QUE RECEBEU A CÁRTULA PARA COMPENSAÇÃO - NÃO-ATENDIMENTO. PERÍCIA INVIABILIZADA. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. APELAÇÃO PROVIDA. RECURSO ADESIVO PREJUDICADO.O guardião do cheque, após a compensação através da rede bancária, há de ser o banco sacado, não o estabelecimento que recebeu a cártula para a compensação.Se o autor não logrou demonstrar o alegado prejuízo, improcedente se mostra a ação indenizatória.Apelação provida. Recurso adesivo prejudicado.
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AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS - CHEQUE DEPOSITADO EM CONTA CORRENTE DE TERCEIRO. ESTABELECIMENTO BANCÁRIO DIVERSO DO SACADO. CÓPIA DO CHEQUE SOLICITADA AO BANCO QUE RECEBEU A CÁRTULA PARA COMPENSAÇÃO - NÃO-ATENDIMENTO. PERÍCIA INVIABILIZADA. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. APELAÇÃO PROVIDA. RECURSO ADESIVO PREJUDICADO.O guardião do cheque, após a compensação através da rede bancária, há de ser o banco sacado, não o estabelecimento que recebeu a cártula para a compensação.Se o autor não logrou demonstrar o alegado prejuízo, improcedente se mostra a ação indenizatória.Apelação provida. Recurso adesivo p...
CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. ATROPELAMENTO. IMPRUDÊNCIA E IMPERÍCIA DO MOTORISTA E FALTA DE ZELO DA MÃE DA MENOR: CULPA CONCORRENTE. INDENIZAÇÃO DEVIDA PELO DANO MORAL E FIXADA EM SALÁRIOS MÍNIMOS. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.1. A imprudência da ré restou caracterizada, na medida em que estava conduzindo seu veículo numa velocidade acima da permitida para o local onde ocorreu o acidente. A imperícia, por sua vez, ficou demonstrada pelo fato de a ré ter desviado o seu veículo para o lado em que a criança se dirigia.2. A dor pela morte de um filho configura dano moral passível de indenização.3. No caso de filho menor que não exercia atividade laborativa cabe tão-somente indenização por dano moral. Precedentes.4. Arbitramento do dano moral em 250 salários mínimos, levando-se em conta a culpa concorrente, o nível sócio-econômico dos autores, a perspectiva de vida da menor.5. Incidência dos juros moratórios, a partir do evento danoso (Súmula 54/STJ).
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CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE TRÂNSITO. ATROPELAMENTO. IMPRUDÊNCIA E IMPERÍCIA DO MOTORISTA E FALTA DE ZELO DA MÃE DA MENOR: CULPA CONCORRENTE. INDENIZAÇÃO DEVIDA PELO DANO MORAL E FIXADA EM SALÁRIOS MÍNIMOS. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.1. A imprudência da ré restou caracterizada, na medida em que estava conduzindo seu veículo numa velocidade acima da permitida para o local onde ocorreu o acidente. A imperícia, por sua vez, ficou demonstrada pelo fato de a ré ter desviado o seu veículo para o lado em que a criança se dirigia.2. A dor pela morte de um filho configura dano moral p...
CIVIL E PROCESSUAL CIVIL - CARÊNCIA DE AÇÃO - REJEIÇÃO - ATRASO NA ENTREGA DA OBRA - NECESSIDADE DE REPAROS NO IMÓVEL - INDISPONIBILIDADE DO BEM - LUCROS CESSANTES DEVIDOS -- PAGAMENTO DAS TAXAS REFERENTES AO IMÓVEL - OBRIGAÇÃO DO PROPRIETÁRIO - PRELIMINAR DE CARÊNCIA DE AÇÃO - REJEIÇÃO - VIOLAÇÃO AO ARTIGO 159 DO CÓDIGO CIVIL - NÃO CARACTERIZAÇÃO - MÉRITO - RECURSOS IMPROVIDOS - UNÂNIME.O inadimplemento das obrigações contratuais pela adquirente não importa em carência de ação para ajuizar ação de reparação por perdas e danos.Sendo incontestes as provas constantes dos autos no sentido de que o imóvel foi entregue dois meses após findo o prazo de tolerância e contendo defeitos que impossibilitaram o seu uso e gozo, devida é a indenização, a título de lucros cessantes, pelo período todo em que a promissária compradora esteve impossibilitada de dispor do bem, em face do atraso na entrega da obra e, posteriormente, pela demora da Construtora em providenciar os reparos devidos.O valor arbitrado a título de indenização não foi impugnado pela ré na fase oportuna (contestação), orientando a jurisprudência deste Tribunal que a fixação do quantum deve observar o valor do aluguel, de acordo com o mercado.O adquirente do imóvel assume as obrigações dele decorrentes tão logo entregue a obra e instalado o Condomínio, sendo incontestável a Cláusula 3.1 do Termo Aditivo que prevê que todas as despesas de manutenção do imóvel, inclusive condominiais, seguros e IPTU passam, a partir da data da concessão do habite-se, a ser de responsabilidade do Adquirente.Não se vislumbra a apontada ofensa ao artigo 159 do Código Civil, quando se verifica que a promitente vendedora está sendo obrigada a reparar o prejuízo que causou à recorrente, mediante a presente prestação jurisdicional.
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CIVIL E PROCESSUAL CIVIL - CARÊNCIA DE AÇÃO - REJEIÇÃO - ATRASO NA ENTREGA DA OBRA - NECESSIDADE DE REPAROS NO IMÓVEL - INDISPONIBILIDADE DO BEM - LUCROS CESSANTES DEVIDOS -- PAGAMENTO DAS TAXAS REFERENTES AO IMÓVEL - OBRIGAÇÃO DO PROPRIETÁRIO - PRELIMINAR DE CARÊNCIA DE AÇÃO - REJEIÇÃO - VIOLAÇÃO AO ARTIGO 159 DO CÓDIGO CIVIL - NÃO CARACTERIZAÇÃO - MÉRITO - RECURSOS IMPROVIDOS - UNÂNIME.O inadimplemento das obrigações contratuais pela adquirente não importa em carência de ação para ajuizar ação de reparação por perdas e danos.Sendo incontestes as provas constantes dos autos no sentido de que...
CIVIL - AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE CUMULADA COM DEMOLIÇÃO DE OBRA - CONVERSÃO DA OBRIGAÇÃO DE FAZER IMPOSTA (DERRUBADA DE MUROS) EM OBRIGAÇÃO DE DAR (INDENIZAÇÃO PECUNIÁRIA) - NÃO CABIMENTO - INDIVISIBILIDADE DA ÁREA ESBULHADA.Embora a convolação da proteção possessória em direito a justa indenização por perdas e danos venha merecendo respaldo dos tribunais pátrios, tal beneplácito reclama seja o esbulho de área ínfima e que a construção irregular de prédio seja de expressivo valor.Ademais, nos termos do parágrafo único do art. 4º da Lei 5.861/72, as unidades habitacionais dos loteamentos da Novacap e da Terracap (aí incluídos os lotes situados no Setor de Habitações Individuais Sul - SHIS) são indivisíveis, não podendo sofrer qualquer alteração em suas dimensões, ou acréscimo/ decréscimo de sua área.
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CIVIL - AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE CUMULADA COM DEMOLIÇÃO DE OBRA - CONVERSÃO DA OBRIGAÇÃO DE FAZER IMPOSTA (DERRUBADA DE MUROS) EM OBRIGAÇÃO DE DAR (INDENIZAÇÃO PECUNIÁRIA) - NÃO CABIMENTO - INDIVISIBILIDADE DA ÁREA ESBULHADA.Embora a convolação da proteção possessória em direito a justa indenização por perdas e danos venha merecendo respaldo dos tribunais pátrios, tal beneplácito reclama seja o esbulho de área ínfima e que a construção irregular de prédio seja de expressivo valor.Ademais, nos termos do parágrafo único do art. 4º da Lei 5.861/72, as unidades habitacionais dos loteamentos d...
PROCESSUAL CIVIL E CIVIL - DANOS MORAIS - LEI DE IMPRENSA - FOTO PUBLICADA ERRONEAMENTE - CONSTRANGIMENTO - PRELIMINAR DE DECADÊNCIA REJEITADA - VALOR INDENIZATÓRIO COMPATÍVEL COM O ART. 52 DA LEI DE IMPRENSA - MINORAÇÃO - CULPA COMPROVADA - APELO PARCIALMENTE PROVIDO - UNÂNIME.O prazo fixado pela Lei de Imprensa para o ajuizamento de ações que versem sobre dano moral se mostra por demais exíguo e foi derrogado pela Constituição Federal, que não prevê prazo para a interposição de ações desta natureza.A indenização por dano moral tem o condão não apenas de compensar a dor e o sofrimento experimentado pela vítima, mas também o de servir como meio inibidor de reincidência do fato.
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PROCESSUAL CIVIL E CIVIL - DANOS MORAIS - LEI DE IMPRENSA - FOTO PUBLICADA ERRONEAMENTE - CONSTRANGIMENTO - PRELIMINAR DE DECADÊNCIA REJEITADA - VALOR INDENIZATÓRIO COMPATÍVEL COM O ART. 52 DA LEI DE IMPRENSA - MINORAÇÃO - CULPA COMPROVADA - APELO PARCIALMENTE PROVIDO - UNÂNIME.O prazo fixado pela Lei de Imprensa para o ajuizamento de ações que versem sobre dano moral se mostra por demais exíguo e foi derrogado pela Constituição Federal, que não prevê prazo para a interposição de ações desta natureza.A indenização por dano moral tem o condão não apenas de compensar a dor e o sofrimento experim...
PENAL E PROCESSO PENAL. FURTOS DUPLAMENTE QUALIFICADOS. CRIME CONTINUADO. APELAÇÃO. PRELIMINAR. INTEMPESTIVIDADE DOS RECURSOS. ABSOLVIÇÃO. REDUÇÃO DE PENAS.I - Não há que se falar em intempestividade do recurso, porquanto o Defensor Público lançou cota nos autos manifestando-se inconformado com a sentença, quando ainda fluía o prazo para o co-réu recorrer. Ademais, é pacífico na jurisprudência o entendimento de que o recurso interposto pela defesa técnica prevalece sobre a vontade do condenado de não recorrer. Preliminar de intempestividade rejeitada. Todavia, recurso interposto pelo outro co-réu é intempestivo, porquanto o Defensor Público só manifestou o desejo de recorrer da sentença condenatória quando já havia decorrido 28 dias da intimação.II - A pretensão absolutória não merece ser acolhida, na medida em que o co-réu também contribuiu de forma relevante para o resultado danoso, participando de todo o iter criminis, merecendo juízo censurabilidade.III - Impõe-se a redução das penas, uma vez que o eminente juiz sentenciante foi rigoroso na dosimetria.IV - Recurso parcialmente provido. Vencido em parte o Revisor.
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PENAL E PROCESSO PENAL. FURTOS DUPLAMENTE QUALIFICADOS. CRIME CONTINUADO. APELAÇÃO. PRELIMINAR. INTEMPESTIVIDADE DOS RECURSOS. ABSOLVIÇÃO. REDUÇÃO DE PENAS.I - Não há que se falar em intempestividade do recurso, porquanto o Defensor Público lançou cota nos autos manifestando-se inconformado com a sentença, quando ainda fluía o prazo para o co-réu recorrer. Ademais, é pacífico na jurisprudência o entendimento de que o recurso interposto pela defesa técnica prevalece sobre a vontade do condenado de não recorrer. Preliminar de intempestividade rejeitada. Todavia, recurso interposto pelo outro co-...
REPARAÇÃO DE DANOS - ACIDENTE DE TRÂNSITO - COLISÃO COM POSTE DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA - PEDIDO DE GRATUIDADE JUDICIÁRIA DEFERIDO.01. Para o deferimento do pedido de gratuidade judiciária, mostra-se suficiente a declaração formal da parte no sentido de não poder arcar com as despesas do processo, sem o comprometimento de sua subsistência, sendo que o indeferimento somente pode se dar na hipótese de prova em contrário. 02. Quem deve indenizar poste de iluminação pública atingido em acidente de trânsito é o culpado. A afirmação e a prova da culpa incumbem à Autora da ação, que deseja a recomposição do seu patrimônio. A hipótese é de responsabilidade subjetiva (art. 159, do Código Civil). (APC 47.986/98. Rel. Des. Mário Machado).03. Apelação provida. Unânime.
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REPARAÇÃO DE DANOS - ACIDENTE DE TRÂNSITO - COLISÃO COM POSTE DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA - PEDIDO DE GRATUIDADE JUDICIÁRIA DEFERIDO.01. Para o deferimento do pedido de gratuidade judiciária, mostra-se suficiente a declaração formal da parte no sentido de não poder arcar com as despesas do processo, sem o comprometimento de sua subsistência, sendo que o indeferimento somente pode se dar na hipótese de prova em contrário. 02. Quem deve indenizar poste de iluminação pública atingido em acidente de trânsito é o culpado. A afirmação e a prova da culpa incumbem à Autora da ação, que deseja a recomposição...
CIVIL. INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. ILEGITIMIDADE ATIVA. INEXISTÊNCIA. SUPOSTO FURTO EM SUPERMERCADO OFENSA À HONRA DOS AUTORES. ATO ILÍCITO. RESPONSABILIDADE DO ESTABELECIMENTO COMERCIAL. MANUTENÇÃO DO QUANTUM DEBEATUR E DA VERBA HONORÁRIA FIXADA EM 20% SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO. RECURSOS IMPROVIDOS.1. A esposa do primeiro autor tem legitimidade para figurar no pólo ativo da demanda porque estava no estabelecimento comercial, embora não estivesse no momento da acusação de furto contra seu marido.a.2. A falsa acusação de prática delituosa por preposta do estabelecimento comercial, causando constrangimento ao autor e à sua esposa é fato lesivo à honra, ensejador de indenização.3. Diante do dano, da capacidade econômica da ré e como fator de desestímulo à prática de condutas ofensivas à honra de outrem, a indenização deve ser mantida.4. Fixação do quantitativo em 100 e 20 salários mínimos.5. A verba honorária, estabelecida em 20% sobre o valor da condenação, atendeu ao disposto no § 3º do art. 20 do CPC, não merecendo reforma.
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CIVIL. INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. ILEGITIMIDADE ATIVA. INEXISTÊNCIA. SUPOSTO FURTO EM SUPERMERCADO OFENSA À HONRA DOS AUTORES. ATO ILÍCITO. RESPONSABILIDADE DO ESTABELECIMENTO COMERCIAL. MANUTENÇÃO DO QUANTUM DEBEATUR E DA VERBA HONORÁRIA FIXADA EM 20% SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO. RECURSOS IMPROVIDOS.1. A esposa do primeiro autor tem legitimidade para figurar no pólo ativo da demanda porque estava no estabelecimento comercial, embora não estivesse no momento da acusação de furto contra seu marido.a.2. A falsa acusação de prática delituosa por preposta do estabelecimento comercial, causando co...
CONSTITUCIONAL, CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSPORTE PÚBLICO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. PRELIMINARES DE ILEGITIMIDADE ATIVA E INÉPCIA DA INICIAL. REJEIÇÃO. MÉRITO: ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO EFETUADO DIRETAMENTE AO PROPRIETÁRIO DO VEÍCULO ABALROADO. SUBSISTÊNCIA DO DIREITO DE REGRESSO DA SEGURADORA.1. Demonstrando a parte autora que o veículo envolvido no acidente era por ela segurado, restando pago o seguro, é parte legítima, em ação regressiva, contra o eventual causador do dano, para se ver ressarcida.2. Não é inepta petição inicial que preenche os requisitos legais atinente à espécie.3. O recibo firmado pelo condutor do veículo segurado não vincula seguradora, que tem direito de intentar ação regressiva contra o causador do dano.4. Em face da responsabilidade civil objetiva, sendo a ré permissionária de serviço público de transporte coletivo, responde pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. (art. 37, § 6º da Constituição Federal).
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CONSTITUCIONAL, CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. EMPRESA PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO DE TRANSPORTE PÚBLICO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. PRELIMINARES DE ILEGITIMIDADE ATIVA E INÉPCIA DA INICIAL. REJEIÇÃO. MÉRITO: ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO EFETUADO DIRETAMENTE AO PROPRIETÁRIO DO VEÍCULO ABALROADO. SUBSISTÊNCIA DO DIREITO DE REGRESSO DA SEGURADORA.1. Demonstrando a parte autora que o veículo envolvido no acidente era por ela segurado, restando pago o seguro, é parte legítima, em ação regressiva, contra o eventual causador do dano, para se ver ressarcida.2. Não é inepta petição inicial...
DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE. DANOS MORAIS. OFENSAS A MAGISTRADO POR INTERMÉDIO DA IMPRENSA. LIBERDADE DE INFORMAÇÃO.1. Quem entende um pouco do funcionamento do Poder Judiciário sabe que o juiz não pode beneficiar nem prejudicar ninguém. A interpretação da ordem jurídica, encargo indissociável da figura do magistrado, é que poderá ser considerada prejudicial ou benéfica para uns e outros. Mas, a partir do momento em que a lei, considerada constitucional, não prejudica a quem quer que seja, e que a função do juiz se limita a materializar o comando legislativo, tem-se que a manchete jornalística, ao mencionar que determinado julgador estaria beneficiando atividade reputada irregular, extrapola o direito à liberdade de informação e incide nas penas relativas ao malferimento da honra alheia.2. Afirmar que o magistrado estaria concedendo liminares em série traduz o entendimento comum de que referidas decisões seriam fabricadas e de modo uniforme, ou seja, sem levar em consideração o caso concreto. Em síntese, implica apontar como irresponsáveis ditos decisórios, autorizando a conclusão de que o seu autor seria irresponsável, na melhor das hipóteses. E isto ofende a honra de qualquer pessoa, não excluídos os magistrados.3. Não constitui absurdo inferir-se que o magistrado, ao ver o seu trabalho publicamente desconsiderado e vilipendiado, colocando por terra toda uma vida de sacrifícios e privações em prol da paz na sociedade, mediante a composição de litígios e disputas, sinta-se ofendido na sua honra.4. Exigir que a vítima demonstre os constrangimentos que sofrera com reportagem de teor deletério à honra corresponde a homenagear a máxima, por muitos, infelizmente, ainda adotada: caluniai, caluniai; alguma coisa sempre fica!5. A liberdade de imprensa deve ser exercida com responsabilidade, a fim de que a imprensa ocupe o nobre lugar, que é seu, no trabalho pela democracia, sem anarquizar com os poderes constituídos, indispensáveis para a estrutura da pátria, e sem lançar manchas indeléveis à vida das pessoas.Embargos Infringentes providos. Maioria.
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DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE. DANOS MORAIS. OFENSAS A MAGISTRADO POR INTERMÉDIO DA IMPRENSA. LIBERDADE DE INFORMAÇÃO.1. Quem entende um pouco do funcionamento do Poder Judiciário sabe que o juiz não pode beneficiar nem prejudicar ninguém. A interpretação da ordem jurídica, encargo indissociável da figura do magistrado, é que poderá ser considerada prejudicial ou benéfica para uns e outros. Mas, a partir do momento em que a lei, considerada constitucional, não prejudica a quem quer que seja, e que a função do juiz se limita a materializar o comando legislativo, tem-se que a manchete jornalís...
CIVIL - COMPRA E VENDA DE IMÓVEL - OCULTAÇÃO DO VALOR DA PRESTAÇÃO - PEDIDO DE ANULAÇÃO DO NEGÓCIO CUMULADO COM DEVOLUÇÃO DO VALOR PAGO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - DOLO - INOCORRÊNCIA - IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS.Não havendo intenção de ocultar o valor da prestação do imóvel, por parte dos vendedores, não há que se falar em anulação do ato jurídico, até porque o dolo no caso não foi comprovado e vício de consentimento não se presume.Ademais, o alegado dolo sequer pode ser considerado elemento essencial para confirmação do negócio, na medida que o valor da prestação poderia ser obtido junto ao agente financiador do imóvel.Recurso não provido.
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CIVIL - COMPRA E VENDA DE IMÓVEL - OCULTAÇÃO DO VALOR DA PRESTAÇÃO - PEDIDO DE ANULAÇÃO DO NEGÓCIO CUMULADO COM DEVOLUÇÃO DO VALOR PAGO E INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - DOLO - INOCORRÊNCIA - IMPROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS.Não havendo intenção de ocultar o valor da prestação do imóvel, por parte dos vendedores, não há que se falar em anulação do ato jurídico, até porque o dolo no caso não foi comprovado e vício de consentimento não se presume.Ademais, o alegado dolo sequer pode ser considerado elemento essencial para confirmação do negócio, na medida que o valor da prestação poderia ser obtido junto...
EMBARGOS INFRINGENTES - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - DECLARAÇÃO DE EMPRESA CONTRA PROCEDIMENTO DE EX-EMPREGADO EM PROCESSO TRABALHISTA - DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. PRELIMINAR DE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO - AUSÊNCIA DE RELAÇÃO DE EMPREGO - REJEIÇÃO.1. Em se tratando de ação reparatória de danos morais, não vinculado à relação de emprego antes existente entre as partes, não há falar-se em competência da justiça do trabalho para processar e julgar o feito.2. Não tendo o autor demonstrado a ocorrência de qualquer dano moral experimentado em razão de declarações lançadas pela ré em autos de processo trabalhista em que litigam as partes, não se enseja o acolhimento do pedido indenizatório formulado a esse pretexto.3. Embargos improvidos. Maioria.
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EMBARGOS INFRINGENTES - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - DECLARAÇÃO DE EMPRESA CONTRA PROCEDIMENTO DE EX-EMPREGADO EM PROCESSO TRABALHISTA - DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. PRELIMINAR DE COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO - AUSÊNCIA DE RELAÇÃO DE EMPREGO - REJEIÇÃO.1. Em se tratando de ação reparatória de danos morais, não vinculado à relação de emprego antes existente entre as partes, não há falar-se em competência da justiça do trabalho para processar e julgar o feito.2. Não tendo o autor demonstrado a ocorrência de qualquer dano moral experimentado em razão de declarações lançadas pela ré em autos de proc...
CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO POR ATO ILÍCITO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. BOLETIM DE OCORRÊNCIA. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE. VALOR DO CONSERTO. VALOR DE MERCADO. I - Nos termos da jurisprudência dominante o boletim de ocorrência goza de presunção de veracidade, somente elidida por prova robusta em contrário. No caso sob julgamento, o seu conteúdo se coaduna com as alegações deduzidas pelo condutor do veículo da autora. O réu, apesar de discordar do referido boletim, não produziu, qualquer prova capaz de sustentar suas alegações, mesmo possuindo meios para tal como o tacógrafo e a caixa preta. Assim sendo, não infirmadas as alegações da autora, correta a pretensão da apelada em ver ressarcidos os danos acarretados em seu veículo. II - Por atingir o orçamento para o conserto do veículo sinistrado valor superior ao de mercado, mais razoável é a reparação por valor que possibilite a compra de outro, semelhante ao sinistrado, deduzindo-se da indenização o valor da sucata. (Resp n. 69.435/SP). Apelação parcialmente provida.
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CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAÇÃO POR ATO ILÍCITO. ACIDENTE DE TRÂNSITO. BOLETIM DE OCORRÊNCIA. PRESUNÇÃO DE VERACIDADE. VALOR DO CONSERTO. VALOR DE MERCADO. I - Nos termos da jurisprudência dominante o boletim de ocorrência goza de presunção de veracidade, somente elidida por prova robusta em contrário. No caso sob julgamento, o seu conteúdo se coaduna com as alegações deduzidas pelo condutor do veículo da autora. O réu, apesar de discordar do referido boletim, não produziu, qualquer prova capaz de sustentar suas alegações, mesmo possuindo meios para tal como o tacógrafo e a caixa pr...
RESPONSABILIDADE CIVIL - DANO MORAL - SUSPEITA DE FURTO EM LOJA DE DEPARTAMENTO - INDENIZAÇÃO DEVIDA.01. A concepção atual da doutrina orienta-se no sentido de que a responsabilidade do agente causador do dano moral opera-se por força do simples fato da violação (dano in re ipsa). Verificando o evendo danoso, surge a necessidade de reparação, não havendo que se cogitar da prova do prejuízo, se presentes os pressupostos legais para que haja a responsabilidade civil (nexo de causalidade e culpa) (REsp 23.575, Rel. Min. César Asfor Rocha).02. Para a fixação do valor da indenização a título de danos morais, deve-se levar em consideração tanto o efetivo prejuízo sofrido pelas vítimas como a capacidade econômica da parte responsabilizada.03. Apelações desprovidas. Unânime.
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RESPONSABILIDADE CIVIL - DANO MORAL - SUSPEITA DE FURTO EM LOJA DE DEPARTAMENTO - INDENIZAÇÃO DEVIDA.01. A concepção atual da doutrina orienta-se no sentido de que a responsabilidade do agente causador do dano moral opera-se por força do simples fato da violação (dano in re ipsa). Verificando o evendo danoso, surge a necessidade de reparação, não havendo que se cogitar da prova do prejuízo, se presentes os pressupostos legais para que haja a responsabilidade civil (nexo de causalidade e culpa) (REsp 23.575, Rel. Min. César Asfor Rocha).02. Para a fixação do valor da indenização a título de da...