HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DOS MOTIVOS QUE A AUTORIZAM. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. I - A prisão preventiva do paciente não está fundamentada em nenhum motivo autorizado pelo art. 312 do Código de Processo Penal. Ademais, não se pode decretar a prisão cautelar tão-só pela gravidade do fato, sendo certo que o paciente já vinha, há muito, atendendo a todos os chamamentos, tanto na fase da persecução penal quanto na judicial, e respondendo a todos os atos processuais em liberdade - durante esse tempo, não há prova nos autos de que ele tenha praticado algum fato tipificado como crime.II - Ordem concedida. Unânime.
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HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. AUSÊNCIA DOS MOTIVOS QUE A AUTORIZAM. CONSTRANGIMENTO ILEGAL. I - A prisão preventiva do paciente não está fundamentada em nenhum motivo autorizado pelo art. 312 do Código de Processo Penal. Ademais, não se pode decretar a prisão cautelar tão-só pela gravidade do fato, sendo certo que o paciente já vinha, há muito, atendendo a todos os chamamentos, tanto na fase da persecução penal quanto na judicial, e respondendo a todos os atos processuais em liberdade - durante esse tempo, não há prova nos autos de que ele tenha praticado algum fato tipificado como crime.I...
PENAL. PROCESSO PENAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. LEI 1059/01. NÃO INCIDÊNCIA. ABUSO DE AUTORIDADE (Lei 4898/65, art. 3º, letra i), LESÕES CORPORAIS (ART. 129 DO CP) E EXTORSÃO QUALIFICADA (ART. 158, § 1º, DO CP) COMETIDOS EM CONEXÃO - ART. 79 DO CPP.-O novo conceito de infração de menor potencial ofensivo, dado pela Lei 10.259/01, não se aplica se o autor está sendo acusado de praticar crimes de abuso de autoridade e lesão corporal simples, cujas penas são inferiores a 2 anos, em conexão probatória com o de extorsão qualificada. A unificação do processo deve prevalecer, nesta hipótese, a fim de não se prejudicar a instrução probatória e, bem assim, a ampla defesa, mormente quando a causa revelar-se complexa.-Conflito de competência que se julga procedente à unanimidade.
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PENAL. PROCESSO PENAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. LEI 1059/01. NÃO INCIDÊNCIA. ABUSO DE AUTORIDADE (Lei 4898/65, art. 3º, letra i), LESÕES CORPORAIS (ART. 129 DO CP) E EXTORSÃO QUALIFICADA (ART. 158, § 1º, DO CP) COMETIDOS EM CONEXÃO - ART. 79 DO CPP.-O novo conceito de infração de menor potencial ofensivo, dado pela Lei 10.259/01, não se aplica se o autor está sendo acusado de praticar crimes de abuso de autoridade e lesão corporal simples, cujas penas são inferiores a 2 anos, em conexão probatória com o de extorsão qualificada. A unificação do processo deve prevalecer, nesta hipótese, a fim de...
PENAL E PROCESSUAL PENAL. ESTUPRO (ARTIGO 213, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL). ABSOLVIÇÃO. PROVAS. PALAVRA DA VÍTIMA. DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS. LAUDOS PERICIAIS. INVIABILIDADE. Autoria e materialidade delineadas nos autos. A vítima prestou informações detalhadas e coerentes com as demais provas. O Laudo de Conjunção Carnal foi categórico em afirmar ter sido a conjunção carnal cometida mediante o emprego de violência, evidenciando o constrangimento da vítima. Ademais, nos crimes contra os costumes, praticados às escondidas, a palavra da vítima, apoiada em outras provas, possui robusto valor probante. NEGOU-SE PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME.
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PENAL E PROCESSUAL PENAL. ESTUPRO (ARTIGO 213, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL). ABSOLVIÇÃO. PROVAS. PALAVRA DA VÍTIMA. DEPOIMENTOS TESTEMUNHAIS. LAUDOS PERICIAIS. INVIABILIDADE. Autoria e materialidade delineadas nos autos. A vítima prestou informações detalhadas e coerentes com as demais provas. O Laudo de Conjunção Carnal foi categórico em afirmar ter sido a conjunção carnal cometida mediante o emprego de violência, evidenciando o constrangimento da vítima. Ademais, nos crimes contra os costumes, praticados às escondidas, a palavra da vítima, apoiada em outras provas, possui robusto valor probante....
RECURSO DE AGRAVO EM EXECUÇÃO. TÓXICO. TRÁFICO. HOMICÍDIO QUALIFICADO. PENA. EXECUÇÃO. PROGRESSÃO DE REGIME. TRABALHO EXTERNO. SAÍDAS TEMPORÁRIAS. INVIABILIDADE. O delito de tráfico de entorpecentes, por tratar-se de crime hediondo, terá como regime de cumprimento o integralmente fechado, impossibilitando a progressão de regime, saídas temporárias e trabalho externo. No tocante ao delito de homicídio qualificado, que ao tempo da ação não era equiparado a hediondo, o Agravante preencheu o requisito objetivo (temporal) para fins de progressão de regime, condicionado a não ter praticado falta grave no período (requisito subjetivo). NEGOU-SE PROVIMENTO. UNÂNIME.
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RECURSO DE AGRAVO EM EXECUÇÃO. TÓXICO. TRÁFICO. HOMICÍDIO QUALIFICADO. PENA. EXECUÇÃO. PROGRESSÃO DE REGIME. TRABALHO EXTERNO. SAÍDAS TEMPORÁRIAS. INVIABILIDADE. O delito de tráfico de entorpecentes, por tratar-se de crime hediondo, terá como regime de cumprimento o integralmente fechado, impossibilitando a progressão de regime, saídas temporárias e trabalho externo. No tocante ao delito de homicídio qualificado, que ao tempo da ação não era equiparado a hediondo, o Agravante preencheu o requisito objetivo (temporal) para fins de progressão de regime, condicionado a não ter praticado falta gra...
PENAL E PROCESSO PENAL. ROUBO QUALIFICADO TENTADO (ARTIGO 157, § 2º, INCISOS I E II, C/C ARTIGO 14, INCISO II, AMBOS DO CÓDIGO PENAL). ROUBO QUALIFICADO (ARTIGO 157, § 2º, INCISOS I E II, DO CÓDIGO PENAL). LATROCÍNIO TENTADO (ARTIGO 157 § 3º, IN FINE, C/C ARTIGO 14, INCISO II, AMBOS DO CÓDIGO PENAL). PROVAS. VALORAÇÃO. PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS. PRIMARIEDADE. RECONHECIMENTO. ANIMUS NECANDI. AUSÊNCIA. DESCLASSIFICAÇÃO. PROVAS. INVIABILIDADE. O magistrado forma sua convicção pela livre apreciação da prova, sendo, da mesma forma, livre em sua escolha, aceitação e valoração. O juiz fica adstrito às provas constantes nos autos, mas é livre para buscar a verdade real, fundamentando a decisão. A sentença reconheceu a primariedade do réu, contudo, não é hábil a afastar a gravidade dos delitos, tampouco as circunstâncias judiciais desfavoráveis. O réu disparou a arma de fogo contra a vítima em região letal, evidenciando sua intenção homicida. O resultado da conduta foi objetivamente previsto pelo réu, as lesões eram suscetíveis de levar a vítima a óbito, caracterizando o início da execução de crime de latrocínio tentado. NEGOU-SE PROVIMENTO AO RECURSO. UNÂNIME.
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PENAL E PROCESSO PENAL. ROUBO QUALIFICADO TENTADO (ARTIGO 157, § 2º, INCISOS I E II, C/C ARTIGO 14, INCISO II, AMBOS DO CÓDIGO PENAL). ROUBO QUALIFICADO (ARTIGO 157, § 2º, INCISOS I E II, DO CÓDIGO PENAL). LATROCÍNIO TENTADO (ARTIGO 157 § 3º, IN FINE, C/C ARTIGO 14, INCISO II, AMBOS DO CÓDIGO PENAL). PROVAS. VALORAÇÃO. PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO. CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS. PRIMARIEDADE. RECONHECIMENTO. ANIMUS NECANDI. AUSÊNCIA. DESCLASSIFICAÇÃO. PROVAS. INVIABILIDADE. O magistrado forma sua convicção pela livre apreciação da prova, sendo, da mesma forma, livre em sua escolha, ac...
PROCESSUAL PENAL. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. ATO INFRACIONAL GRAVE - (ART. 157, § 3º, 2ª PARTE, DO CÓDIGO PENAL). MEDIDA SÓCIO-EDUCATIVA DE INTERNAÇÃO. PRÁTICA REITERADA DE ATOS INFRACIONAIS. OUTRA MEDIDA SÓCIO-EDUCATIVA IMPOSTA E DESCUMPRIDA. RECURSO NÃO-PROVIDO.Em se tratando de ato censurável grave - infração correspondente ao crime de latrocínio, em sua forma tentada - sendo certo que o adolescente registra outras passagens pela Vara da Infância e da Juventude pela prática de várias outras infrações, não havendo cumprimento da medida sócio-educativa de liberdade assistida, confirma-se a sentença que impusera a internação por tempo indeterminado, por ser essa a medida mais indicada à ressocialização do menor e à salvaguarda da sociedade.
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PROCESSUAL PENAL. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE. ATO INFRACIONAL GRAVE - (ART. 157, § 3º, 2ª PARTE, DO CÓDIGO PENAL). MEDIDA SÓCIO-EDUCATIVA DE INTERNAÇÃO. PRÁTICA REITERADA DE ATOS INFRACIONAIS. OUTRA MEDIDA SÓCIO-EDUCATIVA IMPOSTA E DESCUMPRIDA. RECURSO NÃO-PROVIDO.Em se tratando de ato censurável grave - infração correspondente ao crime de latrocínio, em sua forma tentada - sendo certo que o adolescente registra outras passagens pela Vara da Infância e da Juventude pela prática de várias outras infrações, não havendo cumprimento da medida sócio-educativa de liberdade assistida, confi...
DIREITO PENAL: ROUBO CIRCUNSTANCIADO (USO DE ARMA DE FOGO E CONCURSO DE AGENTES) - PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO PELA INCIDÊNCIA DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA - INAPLICAIBILIDADE. DESCLASSIFICAÇÃO PARA FURTO QUALIFICADO, PELA NÃO COMPROVAÇÃO DA VIOLÊNCIA EXERCIDA COM A ARMA. IMPOSSIBILIDADE FRENTE AO CONJUNTO COESO E ROBUSTO DAS PROVAS COTEJADAS, DURANTE A INSTRUÇÃO PROBATÓRIA. REDUÇÃO DA PENA-BASE AO MÍNIMO LEGAL. INVIABILIDADE. PRESENÇA DE CIRCUNSTÂNCIAS DESFAVORÁVEIS AO RÉU AO LADO DE OUTRAS, QUE LHE FORAM BENÉFICAS. POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO DE REGIME PRISIONAL, SE O APENADO NÃO É REINCIDENTE. - Embora de pequeno valor a res substracta, não se mostra viável despenalizar a conduta, a priori típica, se o crime foi cometido com violência e grave ameaça à pessoa.- Comprovado, por meio de provas testemunhais e periciais, o emprego da arma de fogo na prática delituosa, é correta a condenação pelo roubo circunstanciado, mesmo que não tenha sido apreendida. - A redução da pena-base ao mínimo legal revela-se possível apenas se as circunstâncias judiciais se mostrarem totalmente favoráveis ao réu.- O condenado à pena superior a quatro anos e inferior a oito anos, poderá iniciar o seu cumprimento em regime semi-aberto, se não for reincidente, observados os requisitos subjetivos do art. 59, por força do art. 33, §2, B e art. 33, todos do CPB. - Recurso Conhecido e provido, parcialmente, em relação ao réu Michael Lisboa de Oliveira, alterando o regime prisional para o semi-aberto, à unanimidade.
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DIREITO PENAL: ROUBO CIRCUNSTANCIADO (USO DE ARMA DE FOGO E CONCURSO DE AGENTES) - PEDIDO DE ABSOLVIÇÃO PELA INCIDÊNCIA DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA - INAPLICAIBILIDADE. DESCLASSIFICAÇÃO PARA FURTO QUALIFICADO, PELA NÃO COMPROVAÇÃO DA VIOLÊNCIA EXERCIDA COM A ARMA. IMPOSSIBILIDADE FRENTE AO CONJUNTO COESO E ROBUSTO DAS PROVAS COTEJADAS, DURANTE A INSTRUÇÃO PROBATÓRIA. REDUÇÃO DA PENA-BASE AO MÍNIMO LEGAL. INVIABILIDADE. PRESENÇA DE CIRCUNSTÂNCIAS DESFAVORÁVEIS AO RÉU AO LADO DE OUTRAS, QUE LHE FORAM BENÉFICAS. POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO DE REGIME PRISIONAL, SE O APENADO NÃO É REINCIDENTE....
Roubo. Concurso de agentes. Co-autoria. Participação. Inexistência de provas. Presença do apelante no local dos fatos. Absolvição.1. Para que o agente incida nas penas cominadas ao crime, é imprescindível que para ele concorra de qualquer modo, quer como co-autor, quer como partícipe. Inexistente prova cabal de que tenha praticado atos de execução, afasta-se a primeira hipótese, sobretudo se permaneceu vários minutos no local após a fuga do suposto comparsa. Sua presença física no local do fato, como mero espectador, sem prova de adesão subjetiva à ação de pessoa não-identificada, posto que soubesse de sua intenção, é insuficiente para caracterizar a participação.2. Apelação provida para absolver o apelante.
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Roubo. Concurso de agentes. Co-autoria. Participação. Inexistência de provas. Presença do apelante no local dos fatos. Absolvição.1. Para que o agente incida nas penas cominadas ao crime, é imprescindível que para ele concorra de qualquer modo, quer como co-autor, quer como partícipe. Inexistente prova cabal de que tenha praticado atos de execução, afasta-se a primeira hipótese, sobretudo se permaneceu vários minutos no local após a fuga do suposto comparsa. Sua presença física no local do fato, como mero espectador, sem prova de adesão subjetiva à ação de pessoa não-identificada, posto que so...
Apelação Criminal. Estupro. Dissenso sincero da vítima. Autoria do crime confessada no inquérito. Retratação, parcial em juízo, com a alegação de cópula consentida. Circunstância atenuante reconhecida. 1. O pedido de providências à autoridade policial, pela vítima, logo depois de constrangida à prática de relações sexuais, ainda com sinais visíveis das violências físicas sofridas, são provas de seu dissenso sincero à realização desse ato. 2. Embora retratada em juízo a confissão, quanto ao emprego de violência para constranger a vítima à conjunção carnal, com a alegação de ter havido seu consentimento, incide essa circunstância atenuante quando relevante para a elucidação da autoria e nela se louva o julgador como reforço de convicção.
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Apelação Criminal. Estupro. Dissenso sincero da vítima. Autoria do crime confessada no inquérito. Retratação, parcial em juízo, com a alegação de cópula consentida. Circunstância atenuante reconhecida. 1. O pedido de providências à autoridade policial, pela vítima, logo depois de constrangida à prática de relações sexuais, ainda com sinais visíveis das violências físicas sofridas, são provas de seu dissenso sincero à realização desse ato. 2. Embora retratada em juízo a confissão, quanto ao emprego de violência para constranger a vítima à conjunção carnal, com a alegação de ter havido seu conse...
PENAL. PROCESSUAL PENAL. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. CONCURSO FORMAL DE CRIMES. REDUÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. CANCELAMENTO DA PENA DE MULTA.-Consoante o entendimento jurisprudencial preconizado pelo Egrégio STJ, comete o crime de roubo qualificado em concurso formal o agente que, através de uma única ação, pratica o fato delituoso contra vítimas diferentes.-Considerando que o critério para a exasperação da pena, nesses casos, é estabelecido de acordo com a quantidade de delitos que integram o concurso, no caso de três crimes, a exasperação da reprimenda deve ser em 1/5 (um quinto), porquanto o mínimo legal é aplicável em caso de, apenas, dois delitos. -Se a pena pecuniária faz parte do tipo penal a que foi condenado o agente, compete ao Juízo de Execuções a análise das condições financeiras do réu. -Dado parcial provimento ao apelo, nos termos do voto da revisora. O relator provia parcialmente o recurso, porém, em maior amplitude.
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PENAL. PROCESSUAL PENAL. ROUBO CIRCUNSTANCIADO. CONCURSO FORMAL DE CRIMES. REDUÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE. CANCELAMENTO DA PENA DE MULTA.-Consoante o entendimento jurisprudencial preconizado pelo Egrégio STJ, comete o crime de roubo qualificado em concurso formal o agente que, através de uma única ação, pratica o fato delituoso contra vítimas diferentes.-Considerando que o critério para a exasperação da pena, nesses casos, é estabelecido de acordo com a quantidade de delitos que integram o concurso, no caso de três crimes, a exasperação da reprimenda deve ser em 1/5 (um quinto), porqua...
PENAL - PROCESSO PENAL - INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL - PEDIDO INCABÍVEL - PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO - INEXISTÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO - MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS - RECURSO IMPROVIDO - UNÂNIME.Inexistem nos autos indícios de que à época do crime o apelante sofresse qualquer debilidade mental, motivo pelo qual deve ser rejeitada a preliminar suscitada.A materialidade do delito encontra-se sobejamente comprovada pela documentação carreada aos autos, assim como a autoria, pela confissão do réu, tanto na fase inquisitorial, quanto na judicial.O fato de portar consigo ou manter sob guarda arma de fogo já é suficiente para caracterizar a ilicitude da conduta, sendo dispensável a eficiência da arma.
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PENAL - PROCESSO PENAL - INCIDENTE DE INSANIDADE MENTAL - PEDIDO INCABÍVEL - PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO - INEXISTÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO - MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS - RECURSO IMPROVIDO - UNÂNIME.Inexistem nos autos indícios de que à época do crime o apelante sofresse qualquer debilidade mental, motivo pelo qual deve ser rejeitada a preliminar suscitada.A materialidade do delito encontra-se sobejamente comprovada pela documentação carreada aos autos, assim como a autoria, pela confissão do réu, tanto na fase inquisitorial, quanto na judicial.O fato de portar consigo ou manter sob guard...
DIREITO PROCESSUAL CIVIL - PRELIMINAR - NÃO-CONHECIMENTO DO RECURSO - FALTA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA À SENTENÇA - REJEIÇÃO. - Afasta-se a preliminar de não-conhecimento do apelo suscitada sob o argumento de falta de impugnação específica ao decisum monocrático, pois, conquanto o apelante tenha reproduzido grande parte das alegações da contestação, não há dúvida de que procura, ainda que de modo superficial, demonstrar as razões pelas quais entende merecer o julgado reexame em segundo grau, não havendo em epígrafe afronta às normas dos artigos 514 e 515 do CPC.ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM - PARTIDO POLÍTICO - PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO - POSSIBILIDADE DE RESPONDER PELOS ATOS QUE PRATICAR - PRELIMINAR AFASTADA.- Dá-se o afastamento da preliminar de ilegitimidade passiva ad causam, sabendo-se, de um lado, que os partidos políticos, que estão na origem da formação da coligação mencionada pelo recorrente, possuem personalidade jurídica de direito privado, a teor do art. 1º da Lei nº 9.696/1995; e, de outro, que o próprio apelante não nega que efetivamente divulgou no rádio e na televisão matéria referente ao apelado com o objetivo de favorecer tanto seus candidatos, como outros integrantes dos partidos formadores da coligação.PERDA DO OBJETO DA AÇÃO - INOCORRÊNCIA -DIREITO DE RESPOSTA OBTIDO JUNTO À JUSTIÇA ELEITORAL - PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS CABÍVEL - GARANTIA ERIGIDA NO INC. V DO ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL - PRELIMINAR REJEITADA.- Elide-se a preliminar de perda do objeto da ação, tendo em vista que o inc. V do art. 5º da Carta Política garante o direito de resposta pelos abusos cometidos no exercício da manifestação do pensamento, sem prejuízo do pedido da indenização por danos morais. NULIDADE DA SENTENÇA - CERCEAMENTO DE DEFESA - INEXISTÊNCIA DE DEPOIMENTO PESSOAL DO APELADO EXPRESSAMENTE REQUERIDO - FASE DE ESPECIFICAÇÃO DE PROVAS - FALTA DE MANIFESTAÇÃO DO APELANTE - PRECLUSÃO - CERCEAMENTO NÃO DEMONSTRADO - PRELIMINAR REFUTADA. - Rejeita-se a preliminar de nulidade da sentença agitada sob o pálio de cerceamento de defesa, uma vez que, a despeito de ter o recorrente expressamente requerido o depoimento pessoal do apelado, silenciou a respeito quando regularmente intimado a especificar provas, tendo decorrido, inarredavelmente, a preclusão do direito de produzi-la, não havendo que se falar agora em cerceamento de defesa.- Ainda que assim não fosse, em se tratando de demanda referente a danos morais, nenhuma necessidade há na realização da pretendida audiência, pois, em casos tais, basta a prova do eventus damni e do nexo causal, sendo dispensável a prova do prejuízo. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - VEICULAÇÃO NO RÁDIO E NA TELEVISÃO DE MATÉRIA COM ACUSAÇÕES AO APELADO, CANDIDATO AO CARGO DE SENADOR DA REPÚBLICA - CAMPANHA ELEITORAL DE 2002 - ATO LESIVO, PREJUÍZO, NEXO CAUSAL E CULPABILIDADE CARACTERIZADOS - INDENIZAÇÃO CABÍVEL - QUANTUM ARBITRADO DENTRO DOS PARÂMETROS NORMALMENTE CONSIDERADOS - SENTENÇA MANTIDA - RECURSO IMPROVIDO. I - Impõe-se o improvimento ao apelo interposto por partido político, um dos réus na ação de indenização por danos morais movida por candidato ao cargo de Senador da República, restando mantida a r. sentença singular, pois, durante a campanha eleitoral de 2002, foram veiculadas no rádio e na televisão imagens e informações que, ineludivelmente, conduzem à suposição de que o recorrido, no mínimo, cometeu o crime de lesão corporal durante a retirada de invasão situada no Recanto das Emas. II - Na espécie, o próprio apelante admite ter divulgado as cenas e feito as afirmações que lhe são imputadas, que, mesmo lançadas no calor de campanha eleitoral, não se justificam, inexistindo quaisquer indícios acerca da veracidade de suas acusações. III - Restam patenteados no particular o ato lesivo, o prejuízo auferido, o nexo de causalidade e a culpabilidade dos ofensores, pressupostos conducentes à obrigação de indenizar. IV - Constata-se o acerto do decisório fustigado também no que concerne à indenização fixada, cujo montante, ao contrário do que sustenta o recorrente, não foge dos parâmetros normalmente arbitrados, estando, na verdade, em consonância com todos os aspectos ponderados ao longo da demanda. V - Recurso conhecido e improvido.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL - PRELIMINAR - NÃO-CONHECIMENTO DO RECURSO - FALTA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA À SENTENÇA - REJEIÇÃO. - Afasta-se a preliminar de não-conhecimento do apelo suscitada sob o argumento de falta de impugnação específica ao decisum monocrático, pois, conquanto o apelante tenha reproduzido grande parte das alegações da contestação, não há dúvida de que procura, ainda que de modo superficial, demonstrar as razões pelas quais entende merecer o julgado reexame em segundo grau, não havendo em epígrafe afronta às normas dos artigos 514 e 515 do CPC.ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM -...
ADMINISTRATIVO - MANDADO DE SEGURANÇA -CONCURSO PÚBLICO - SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR - INVESTIGAÇÃO SOCIAL - VERIFICAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL CONTRA CANDIDATO -EXCLUSÃO DO CERTAME - LEGALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO - RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.I - Exigindo o regulamento do concurso para Soldado Policial Militar da Polícia Militar do Distrito Federal, inclusive, com apoio no Estatuto dos Policiais Militares, conduta irrepreensível e idoneidade moral inatacável dos candidatos, tem-se como legítima a eliminação do concursando, pelo fato de já ter sido indiciado em inquérito policial. II - Observe-se que a exclusão do apelante do processo seletivo não implica julgamento de culpabilidade de sua conduta pela Comissão do Concurso, mas apenas que o fato de ter sido indiciado por prática de crime - uso de substância entorpecente - não o recomenda a se tornar um policial militar, máxime pelas atribuições que lhe são cometidas.III - Precedentes jurisprudenciais.IV - Recurso conhecido e improvido.
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ADMINISTRATIVO - MANDADO DE SEGURANÇA -CONCURSO PÚBLICO - SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR - INVESTIGAÇÃO SOCIAL - VERIFICAÇÃO DE INQUÉRITO POLICIAL CONTRA CANDIDATO -EXCLUSÃO DO CERTAME - LEGALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO - RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.I - Exigindo o regulamento do concurso para Soldado Policial Militar da Polícia Militar do Distrito Federal, inclusive, com apoio no Estatuto dos Policiais Militares, conduta irrepreensível e idoneidade moral inatacável dos candidatos, tem-se como legítima a eliminação do concursando, pelo fato de já ter sido indiciado em inquérito policial. II - Obs...
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - AGRAVO RETIDO - CERCEAMENTO DE DEFESA -INTEMPESTIVIDADE DA APRESENTAÇÃO DO ROL DE TESTEMUNHAS - MATÉRIA JORNALÍSTICA - PRÁTICA DE CRIME - CARÊNCIA DE PROVA DA EFETIVA VEICULAÇÃO DA MATÉRIA.1. Inocorre cerceamento de defesa quando por desídia da própria parte deixa ela de quesitar o depoente.2. O rol de testemunhas deve ser depositado em cartório no prazo estipulado pelo art. 407 do CPC, com a redação dada pela Lei nº 10.358/2001, sob pena de ser considerado intempestivo.3. Cabe à parte autora provar as suas alegações, a teor do art. 333, I, do CPC. Ausente a prova do fato violador do direito à sua imagem, intimidade ou à honra pessoal, bem como o cometimento de qualquer ato ilícito por parte dos réus, não há direito deferido a indenização.4. As notícias oriundas de investigações policiais revestem-se de peculiar caráter público e são importantes para a formação de opinião da sociedade. Sua divulgação torna-se direito-dever da empresa jornalística e do público, dentro do contexto de que a informação tem mais valia para a sociedade do que a preservação absoluta dos direitos individuais, observado o juízo de ponderação de interesses em face de cada caso concreto.5. Agravo retido e apelo principal improvidos.
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INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - AGRAVO RETIDO - CERCEAMENTO DE DEFESA -INTEMPESTIVIDADE DA APRESENTAÇÃO DO ROL DE TESTEMUNHAS - MATÉRIA JORNALÍSTICA - PRÁTICA DE CRIME - CARÊNCIA DE PROVA DA EFETIVA VEICULAÇÃO DA MATÉRIA.1. Inocorre cerceamento de defesa quando por desídia da própria parte deixa ela de quesitar o depoente.2. O rol de testemunhas deve ser depositado em cartório no prazo estipulado pelo art. 407 do CPC, com a redação dada pela Lei nº 10.358/2001, sob pena de ser considerado intempestivo.3. Cabe à parte autora provar as suas alegações, a teor do art. 333, I, do CPC. Ausente a pro...
Tráfico de entorpecentes. Estabelecimento penal. Juntada de laudos após a audiência de instrução. Preliminar de nulidade rejeitada. Desclassificação para uso próprio. Impossibilidade. Pena. Bis in idem. Inocorrência.1. Se nenhum prejuízo acarretou à defesa a tardia juntada aos autos dos laudos toxicológico e de lesões corporais, rejeita-se a preliminar de nulidade do processo. Sobretudo se deixou de ser argüida no momento oportuno.2. Impossível a desclassificação do crime de tráfico de entorpecentes, para o de porte para uso próprio, quando as circunstâncias do fato - quantidade de droga, a forma em que estava acondicionada e a ausência de comprovação de renda suficiente para adquiri-la - demonstram sua destinação ao comércio ilícito.3. A exacerbação da pena-base com o fundamento de que a conduta social do réu é péssima, por fazer do tráfico seu meio de vida no presídio, não configura bis in idem com a causa especial de aumento de pena prevista no IV do art. 18 da Lei 6.368/76. Vencido, nessa parte, o relator.
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Tráfico de entorpecentes. Estabelecimento penal. Juntada de laudos após a audiência de instrução. Preliminar de nulidade rejeitada. Desclassificação para uso próprio. Impossibilidade. Pena. Bis in idem. Inocorrência.1. Se nenhum prejuízo acarretou à defesa a tardia juntada aos autos dos laudos toxicológico e de lesões corporais, rejeita-se a preliminar de nulidade do processo. Sobretudo se deixou de ser argüida no momento oportuno.2. Impossível a desclassificação do crime de tráfico de entorpecentes, para o de porte para uso próprio, quando as circunstâncias do fato - quantidade de droga, a fo...
Júri. Tentativa de homicídio. Nulidade posterior à pronúncia. Decisão manifestamente contrária à prova dos autos. Legítima defesa. Motivo torpe. Pena. Regime prisional.1. As nulidades posteriores à pronúncia devem ser argüidas logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas as partes; se verificadas durante o julgamento, assim que ocorrerem (art. 571, V e VII, CPP).2. Impõe-se a manutenção da decisão do júri, que considerou caracterizada a qualificadora do motivo torpe, se o próprio réu confessou ter se armado com revólver para ir a uma festa onde poderia encontrar antigo desafeto e, ao avistá-lo, alveja-o com vários disparos.3. Agredida a vítima sem motivo precedente que justificasse tal comportamento, nenhum amparo encontra a alegação do réu de ter agido em legítima defesa própria. 4. Comprovado que o réu possui péssima conduta social e já se envolveu anteriormente em fatos delituosos, justifica-se a fixação da pena-base um pouco acima do mínimo legal.5. O condenado por crime hediondo cumpre sua pena no regime integralmente fechado.
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Júri. Tentativa de homicídio. Nulidade posterior à pronúncia. Decisão manifestamente contrária à prova dos autos. Legítima defesa. Motivo torpe. Pena. Regime prisional.1. As nulidades posteriores à pronúncia devem ser argüidas logo depois de anunciado o julgamento e apregoadas as partes; se verificadas durante o julgamento, assim que ocorrerem (art. 571, V e VII, CPP).2. Impõe-se a manutenção da decisão do júri, que considerou caracterizada a qualificadora do motivo torpe, se o próprio réu confessou ter se armado com revólver para ir a uma festa onde poderia encontrar antigo desafeto e, ao avi...
ROUBOS QUALIFICADOS. CRIME CONTINUADO. OMISSÃO DA PENA DE UM DOS DELITOS. AUSÊNCIA DE NULIDADE ANTE A POSSIBILIDADE DO TRIBUNAL INDICÁ-LA, SEM PREJUÍZO PARA O RÉU. CO-AUTORIA. MOTORISTA. INAPLICABILIDADE DO ART. 29, § 1º, DO CÓDIGO PENAL.1. A pena omitida para um dos dois crimes praticados em continuidade pode ser indicada pelo Tribunal, quando claramente dedutível que ela equivale à mínima cominada, caso em que não há prejuízo para o réu nem, portanto, lugar para o decreto de nulidade parcial da sentença. 2. Atos executórios afastam a possibilidade de incidência da causa de diminuição prevista no § 1º do art. 29 do Cód. Penal.2.1. De qualquer sorte, mesmo que se admitisse, hipoteticamente, a versão do réu, o benefício não seria devido, por ser relevante e não de menor importância a função do motorista que, ciente dos roubos que seriam praticados, transporta no seu próprio carro os comparsas até os locais dos crimes, onde permanece para prestar-lhes eventual auxílio.2.2. Ademais, essa conduta configura, de acordo com doutrina atual, a denominada co-autoria funcional.
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ROUBOS QUALIFICADOS. CRIME CONTINUADO. OMISSÃO DA PENA DE UM DOS DELITOS. AUSÊNCIA DE NULIDADE ANTE A POSSIBILIDADE DO TRIBUNAL INDICÁ-LA, SEM PREJUÍZO PARA O RÉU. CO-AUTORIA. MOTORISTA. INAPLICABILIDADE DO ART. 29, § 1º, DO CÓDIGO PENAL.1. A pena omitida para um dos dois crimes praticados em continuidade pode ser indicada pelo Tribunal, quando claramente dedutível que ela equivale à mínima cominada, caso em que não há prejuízo para o réu nem, portanto, lugar para o decreto de nulidade parcial da sentença. 2. Atos executórios afastam a possibilidade de incidência da causa de diminuição previ...
PORTE DE ENTORPECENTE PARA USO PRÓPRIO. INCOMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS. PREVALÊNCIA DA LEI 8.185/91 - ARTS. 18, I, G, E 23, I. PRECEDENTES.1. É certo que o art. 2º, parágrafo único, da Lei 10.259/01, derrogou o art. 61 da Lei 9.099/95, alterando, em conseqüência, a competência, agora dos Juizados Especiais Criminais, para o julgamento de infração penal a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos, independentemente do rito.2. Não obstante, a Câmara Criminal desta Corte de Justiça vem excluindo da competência dos Juizados o crime tipificado no art. 16, da Lei 6.368/76, que, assim, permanece afeto à competência da Vara de Entorpecentes, consoante estabelecido na Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal.
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PORTE DE ENTORPECENTE PARA USO PRÓPRIO. INCOMPETÊNCIA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS. PREVALÊNCIA DA LEI 8.185/91 - ARTS. 18, I, G, E 23, I. PRECEDENTES.1. É certo que o art. 2º, parágrafo único, da Lei 10.259/01, derrogou o art. 61 da Lei 9.099/95, alterando, em conseqüência, a competência, agora dos Juizados Especiais Criminais, para o julgamento de infração penal a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos, independentemente do rito.2. Não obstante, a Câmara Criminal desta Corte de Justiça vem excluindo da competência dos Juizados o crime tipificado no art. 16, da Lei 6.368/76...
EXTORSÃO MEDIANTE SEQÜESTRO QUALIFICADA. VÍTIMAS MENORES DE 14 ANOS. NEGATIVA DE AUTORIA. TIPIFICAÇÃO DO CRIME. REDUÇÃO DA PENA. I - O conjunto probatório deixa extreme de dúvidas a autoria dos réus quanto ao fato criminoso que lhes é imputado. II - Os réus seqüestraram e mantiveram as vítimas em cárcere privado, com o intuito manifesto de obter indevida vantagem - entrega de dinheiro disponível na Agência do Banco do Brasil de Brazlândia/DF, além do que, entre as vítimas, existiam menores de 14 anos. Conduta que se amolda ao tipo descrito no art. 159, caput, do CP c/c o art. 9º da Lei 8.072/90. III - Possuindo os réus circunstâncias judiciais bastante desfavoráveis, não há como fixar a pena-base próxima ao mínimo legal, devendo ser mantida no patamar da r. sentença. IV - Apelações improvidas.
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EXTORSÃO MEDIANTE SEQÜESTRO QUALIFICADA. VÍTIMAS MENORES DE 14 ANOS. NEGATIVA DE AUTORIA. TIPIFICAÇÃO DO CRIME. REDUÇÃO DA PENA. I - O conjunto probatório deixa extreme de dúvidas a autoria dos réus quanto ao fato criminoso que lhes é imputado. II - Os réus seqüestraram e mantiveram as vítimas em cárcere privado, com o intuito manifesto de obter indevida vantagem - entrega de dinheiro disponível na Agência do Banco do Brasil de Brazlândia/DF, além do que, entre as vítimas, existiam menores de 14 anos. Conduta que se amolda ao tipo descrito no art. 159, caput, do CP c/c o art. 9º da Lei 8.072/9...
PROCESSUAL PENAL. ART. 609, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPP. PENAL. ART. 12, CAPUT, C/C O ART. 18, IV, DA LEI Nº 6.368/76. LEI Nº 10.409/02. TRÁFICO E DISTRIBUIÇÃO - DISTINÇÃO - INOCORRÊNCIA. SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE - INADMISSIBILIDADE.As condutas atinentes ao tráfico e à distribuição de entorpecentes são tipificadas pelo art. 12 da Lei nº 6.368/76, não havendo que se falar que a dicotomia verificada no art. 33, inciso II, da Lei nº 10.409/02 as distinguira e, por isso, retirou a distribuição do foco luminoso da Lei nº 8.072/90.Se o crime figura no elenco do art. 1º da Lei nº 8.072/90, cujo art. 2º, inciso I, inadmite a progressão do regime prisional, muito menos se concebe a substituição da pena privativa de liberdade.A condição de miserabilidade do agente, por si só, não tem o condão de esmorecer sua culpabilidade pela prática de crimes. Pobreza e estado de necessidade não se confundem.Embargos infringentes não-providos.
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PROCESSUAL PENAL. ART. 609, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPP. PENAL. ART. 12, CAPUT, C/C O ART. 18, IV, DA LEI Nº 6.368/76. LEI Nº 10.409/02. TRÁFICO E DISTRIBUIÇÃO - DISTINÇÃO - INOCORRÊNCIA. SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE - INADMISSIBILIDADE.As condutas atinentes ao tráfico e à distribuição de entorpecentes são tipificadas pelo art. 12 da Lei nº 6.368/76, não havendo que se falar que a dicotomia verificada no art. 33, inciso II, da Lei nº 10.409/02 as distinguira e, por isso, retirou a distribuição do foco luminoso da Lei nº 8.072/90.Se o crime figura no elenco do art. 1º da Lei nº 8.072...