CRIME CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO VERSUS INOBSERVÂNCIA DE
DIREITOS TRABALHISTAS. Deve-se sopesar o quadro fático delineado
soberanamente pela Corte de origem, no julgamento do recurso
extraordinário, cujas razões vinculam a caracterização de crime
contra a organização do trabalho. O simples fato de haver o
descumprimento de normas trabalhistas, prevendo direitos dos
trabalhadores, não configura o crime a ponto de deslocar a
competência para a Justiça Federal.
Ementa
CRIME CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO VERSUS INOBSERVÂNCIA DE
DIREITOS TRABALHISTAS. Deve-se sopesar o quadro fático delineado
soberanamente pela Corte de origem, no julgamento do recurso
extraordinário, cujas razões vinculam a caracterização de crime
contra a organização do trabalho. O simples fato de haver o
descumprimento de normas trabalhistas, prevendo direitos dos
trabalhadores, não configura o crime a ponto de deslocar a
competência para a Justiça Federal.
Data do Julgamento:02/12/2008
Data da Publicação:DJe-071 DIVULG 16-04-2009 PUBLIC 17-04-2009 EMENT VOL-02356-07 PP-01369 RDECTRAB v. 16, n. 178, 2009, p. 148-153
EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. COMPETÊNCIA. APROPRIAÇÃO
INDÉBITA. VERBAS FEDERAIS. CONVÊNIO CELEBRADO ENTRE A UNIÃO E
PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO. OBJETO DO CONVÊNIO
INTEGRALMENTE CUMPRIDO. AUSÊNCIA DE VERBA A SER FISCALIZADA PELO
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. ORDEM
DENEGADA.
1. Compete à Justiça comum estadual o julgamento de
crime de apropriação indébita de quantia pertencente a fundação
de direito privado.
3. Ordem denegada.
Ementa
HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. COMPETÊNCIA. APROPRIAÇÃO
INDÉBITA. VERBAS FEDERAIS. CONVÊNIO CELEBRADO ENTRE A UNIÃO E
PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO. OBJETO DO CONVÊNIO
INTEGRALMENTE CUMPRIDO. AUSÊNCIA DE VERBA A SER FISCALIZADA PELO
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM. ORDEM
DENEGADA.
1. Compete à Justiça comum estadual o julgamento de
crime de apropriação indébita de quantia pertencente a fundação
de direito privado.
3. Ordem denegada.
Data do Julgamento:25/11/2008
Data da Publicação:DJe-064 DIVULG 02-04-2009 PUBLIC 03-04-2009 EMENT VOL-02355-01 PP-00195 RTJ VOL-00210-03 PP-01133
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITO
INSCRITO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - DIREITO LOCAL -
INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - AGRAVO IMPROVIDO.
-
Revela-se inadmissível o recurso extraordinário, quando a
alegação de ofensa resumir-se ao plano do direito meramente local
(ordenamento positivo do Estado-membro ou do Município), sem
qualquer repercussão direta sobre o âmbito normativo da
Constituição da República.
Ementa
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITO
INSCRITO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - DIREITO LOCAL -
INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - AGRAVO IMPROVIDO.
-
Revela-se inadmissível o recurso extraordinário, quando a
alegação de ofensa resumir-se ao plano do direito meramente local
(ordenamento positivo do Estado-membro ou do Município), sem
qualquer repercussão direta sobre o âmbito normativo da
Constituição da República.
Data do Julgamento:18/11/2008
Data da Publicação:PROCESSO ELETRÔNICO DJe-104 DIVULG 04-06-2009 PUBLIC 05-06-2009
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. DIREITO DO TRABALHO. FGTS. MULTA.
PRESCRIÇÃO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. PEDIDO DE
SOBRESTAMENTO. IMPOSSIBILIDADE.
1. Os embargos de declaração
não constituem meio processual cabível para reforma do julgado,
não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em
situações excepcionais.
2. Não há vício a sanar quando o acórdão
do agravo regimental afasta, com apoio na jurisprudência desta
Corte, todos os argumentos deduzidos pela parte ora embargante.
3. Inexistência de omissão a sanar.
4. Embargos de declaração
rejeitados.
Ementa
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. DIREITO DO TRABALHO. FGTS. MULTA.
PRESCRIÇÃO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. PEDIDO DE
SOBRESTAMENTO. IMPOSSIBILIDADE.
1. Os embargos de declaração
não constituem meio processual cabível para reforma do julgado,
não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em
situações excepcionais.
2. Não há vício a sanar quando o acórdão
do agravo regimental afasta, com apoio na jurisprudência desta
Corte, todos os argumentos deduzidos pela parte ora embargante.
3. Inexistência de omissão a sanar.
4. Embargos de declaração...
Data do Julgamento:11/11/2008
Data da Publicação:DJe-227 DIVULG 27-11-2008 PUBLIC 28-11-2008 EMENT VOL-02343-09 PP-01836
DIREITO CONSTITUCIONAL E DO TRABALHO. LICENÇA-MATERNIDADE.
CONTRATO TEMPORÁRIO DE TRABALHO. ART. 7º, XVIII, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. ART. 10, II, "b", DO ADCT.
1. A empregada gestante,
independentemente do regime jurídico de trabalho, tem direito à
licença-maternidade, nos termos do art. 7º, XVIII da CF e do art.
10, II, "b", do ADCT. Precedentes do Supremo Tribunal
Federal.
2. Agravo regimental improvido.
Ementa
DIREITO CONSTITUCIONAL E DO TRABALHO. LICENÇA-MATERNIDADE.
CONTRATO TEMPORÁRIO DE TRABALHO. ART. 7º, XVIII, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. ART. 10, II, "b", DO ADCT.
1. A empregada gestante,
independentemente do regime jurídico de trabalho, tem direito à
licença-maternidade, nos termos do art. 7º, XVIII da CF e do art.
10, II, "b", do ADCT. Precedentes do Supremo Tribunal
Federal.
2. Agravo regimental improvido.
Data do Julgamento:11/11/2008
Data da Publicação:DJe-227 DIVULG 27-11-2008 PUBLIC 28-11-2008 EMENT VOL-02343-09 PP-01754
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO.
PENSÃO. PESSOA DESIGNADA. DIREITO INTERTEMPORAL. PRECEDENTES.
1. O óbito do instituidor é o marco temporal para definição do
regime jurídico a que está sujeita a concessão do benefício: MS
21.540/RJ, rel. Min. Octávio Gallotti, DJ
14.05.96.
2. Inexistência de preterição a direito adquirido da
autora de receber benefício com base em normas não recepcionadas
pelo atual sistema constitucional: ADI 762/RJ, da minha relatoria,
DJ 14.05.2004.
3. Agravo regimental improvido.
Ementa
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO.
PENSÃO. PESSOA DESIGNADA. DIREITO INTERTEMPORAL. PRECEDENTES.
1. O óbito do instituidor é o marco temporal para definição do
regime jurídico a que está sujeita a concessão do benefício: MS
21.540/RJ, rel. Min. Octávio Gallotti, DJ
14.05.96.
2. Inexistência de preterição a direito adquirido da
autora de receber benefício com base em normas não recepcionadas
pelo atual sistema constitucional: ADI 762/RJ, da minha relatoria,
DJ 14.05.2004.
3. Agravo regimental improvido.
Data do Julgamento:11/11/2008
Data da Publicação:DJe-227 DIVULG 27-11-2008 PUBLIC 28-11-2008 EMENT VOL-02343-04 PP-00736
E M E N T A: FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS - REPARTIÇÃO
CONSTITUCIONAL DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS - PARTICIPAÇÃO DOS
MUNICÍPIOS NO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO DO ICMS (CF, ART. 158, IV) -
PRODEC (PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA EMPRESA CATARINENSE) - LEI
CATARINENSE Nº 11.345/2000 - CONCESSÃO, PELO ESTADO, DE
INCENTIVOS FISCAIS E CREDITÍCIOS, COM RECURSOS ORIUNDOS DA
ARRECADAÇÃO DO ICMS - PRETENSÃO DO MUNICÍPIO AO REPASSE INTEGRAL
DA PARCELA DE 25%, SEM AS RETENÇÕES PERTINENTES AOS
FINANCIAMENTOS DO PRODEC - CONTROVÉRSIA EM TORNO DA DEFINIÇÃO DA
LOCUÇÃO CONSTITUCIONAL "PRODUTO DA ARRECADAÇÃO" (CF, ART. 158,
IV) - PRETENDIDA DISTINÇÃO, QUE FAZ O ESTADO DE SANTA CATARINA,
PARA EFEITO DA REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DO ICMS, ENTRE
ARRECADAÇÃO (CONCEITO CONTÁBIL) E PRODUTO DA ARRECADAÇÃO
(CONCEITO FINANCEIRO) - PARCELA DE RECEITA TRIBUTÁRIA (25%) QUE
PERTENCE, POR DIREITO PRÓPRIO, AO MUNICÍPIO - CONSEQÜENTE
INCONSTITUCIONALIDADE DA RETENÇÃO DETERMINADA POR LEGISLAÇÃO
ESTADUAL (RE 572.762/SC, PLENO) - DIREITO DO MUNICÍPIO AO REPASSE
INTEGRAL - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.
Ementa
E M E N T A: FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS - REPARTIÇÃO
CONSTITUCIONAL DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS - PARTICIPAÇÃO DOS
MUNICÍPIOS NO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO DO ICMS (CF, ART. 158, IV) -
PRODEC (PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO DA EMPRESA CATARINENSE) - LEI
CATARINENSE Nº 11.345/2000 - CONCESSÃO, PELO ESTADO, DE
INCENTIVOS FISCAIS E CREDITÍCIOS, COM RECURSOS ORIUNDOS DA
ARRECADAÇÃO DO ICMS - PRETENSÃO DO MUNICÍPIO AO REPASSE INTEGRAL
DA PARCELA DE 25%, SEM AS RETENÇÕES PERTINENTES AOS
FINANCIAMENTOS DO PRODEC - CONTROVÉRSIA EM TORNO DA DEFINIÇÃO DA
LOCUÇÃO CONSTITUCIONAL...
Data do Julgamento:11/11/2008
Data da Publicação:DJe-241 DIVULG 18-12-2008 PUBLIC 19-12-2008 EMENT VOL-02346-11 PP-02545 RT v. 98, n. 882, 2009, p. 113-116
DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. MAUS ANTECEDENTES.
FATO CRIMINOSO ANTERIOR. DISTINÇÃO COM REINCIDÊNCIA.
DENEGAÇÃO.
1. A questão de direito versada nestes autos diz
respeito à noção de maus antecedentes para fins de
estabelecimento do regime prisional mais gravoso, nos termos do
art. 33, § 3°, do Código Penal.
2. Não há que confundir as
noções de maus antecedentes com reincidência. Os maus
antecedentes representam os fatos anteriores ao crime,
relacionados ao estilo de vida do acusado e, para tanto, não é
pressuposto a existência de condenação definitiva por tais fatos
anteriores. A data da condenação é, pois, irrelevante para a
configuração dos maus antecedentes criminais, diversamente do que
se verifica em matéria de reincidência (CP, art. 63).
3.
Levando em conta o disposto no art. 33, § 3°, do Código Penal, a
determinação do regime inicial de cumprimento da pena privativa
de liberdade deve considerar os maus antecedentes criminais (CP,
art. 59), não havendo qualquer ilegalidade ou abuso na sentença
que impõe o regime fechado à luz da presença de circunstâncias
judiciais desfavoráveis ao condenado, como é o caso dos maus
antecedentes.
4. Habeas corpus denegado.
Ementa
DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. MAUS ANTECEDENTES.
FATO CRIMINOSO ANTERIOR. DISTINÇÃO COM REINCIDÊNCIA.
DENEGAÇÃO.
1. A questão de direito versada nestes autos diz
respeito à noção de maus antecedentes para fins de
estabelecimento do regime prisional mais gravoso, nos termos do
art. 33, § 3°, do Código Penal.
2. Não há que confundir as
noções de maus antecedentes com reincidência. Os maus
antecedentes representam os fatos anteriores ao crime,
relacionados ao estilo de vida do acusado e, para tanto, não é
pressuposto a existência de condenaç...
Data do Julgamento:11/11/2008
Data da Publicação:DJe-241 DIVULG 18-12-2008 PUBLIC 19-12-2008 EMENT VOL-02346-07 PP-01593 RTJ VOL-00208-03 PP-01195 RJSP v. 56, n. 374, 2008, p. 163-170 RT v. 98, n.882, 2009, p. 523-529 RMDPPP v. 5, n. 27, 2009, p. 110-118 RMP n. 38, 2010, p. 225-232
EMENTAS: 1. RECURSO. Extraordinário. Admissibilidade. Servidor
público. Vencimentos. Reajuste trimestral. Leis distritais nos
38/89 e 117/90. Limitação temporal. Direito adquirido.
Inexistência. Agravo regimental não provido. Precedentes. Não há
direito adquirido do servidor público a regime jurídico-funcional,
nem à permanência do regime legal de reajuste de
vantagem.
2. RECURSO. Agravo. Regimental. Ausência de razões
consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido.
Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem
razões consistentes, decisão fundada em jurisprudência assente na
Corte.
3. RECURSO. Agravo. Regimental. Jurisprudência
assentada sobre a matéria. Caráter meramente abusivo. Litigância
de má-fé. Imposição de multa. Aplicação do art. 557, § 2º, cc.
arts. 14, II e III, e 17, VII, do CPC. Quando abusiva a
interposição de agravo, manifestamente inadmissível ou infundado,
deve o Tribunal condenar o agravante a pagar multa ao agravado.
Ementa
EMENTAS: 1. RECURSO. Extraordinário. Admissibilidade. Servidor
público. Vencimentos. Reajuste trimestral. Leis distritais nos
38/89 e 117/90. Limitação temporal. Direito adquirido.
Inexistência. Agravo regimental não provido. Precedentes. Não há
direito adquirido do servidor público a regime jurídico-funcional,
nem à permanência do regime legal de reajuste de
vantagem.
2. RECURSO. Agravo. Regimental. Ausência de razões
consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental improvido.
Nega-se provimento a agravo regimental tendente a impugnar, sem
razões consistentes,...
Data do Julgamento:11/11/2008
Data da Publicação:DJe-232 DIVULG 04-12-2008 PUBLIC 05-12-2008 EMENT VOL-02344-02 PP-00397
ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
CONCURSO PÚBLICO. REEXAME DE FATOS E PROVAS E CLAUSÚLAS DO
EDITAL. TEORIA DO FATO CONSUMADO. INAPLICABILIDADE. INEXISTÊNCIA
DE DIREITO ADQUIRIDO.
1. A análise do recurso extraordinário
depende da interpretação do teor do edital do concurso público e
do reexame dos fatos e das provas da causa.
2. A participação em
curso da Academia de Policia Militar assegurada por força de
antecipação de tutela, não é apta a caracterizar o direito
líquido e certo à nomeação.
3. Esta Corte já rejeitou a chamada
"teoria do fato consumado". Precedentes : RE 120.893-AgR/SP e AI
586.800-ED/DF, dentre outros.
4. Agravo regimental improvido.
Ementa
ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
CONCURSO PÚBLICO. REEXAME DE FATOS E PROVAS E CLAUSÚLAS DO
EDITAL. TEORIA DO FATO CONSUMADO. INAPLICABILIDADE. INEXISTÊNCIA
DE DIREITO ADQUIRIDO.
1. A análise do recurso extraordinário
depende da interpretação do teor do edital do concurso público e
do reexame dos fatos e das provas da causa.
2. A participação em
curso da Academia de Policia Militar assegurada por força de
antecipação de tutela, não é apta a caracterizar o direito
líquido e certo à nomeação.
3. Esta Corte já rejeitou a chamada...
Data do Julgamento:28/10/2008
Data da Publicação:DJe-222 DIVULG 20-11-2008 PUBLIC 21-11-2008 EMENT VOL-02342-07 PP-01284
PENA - REGIME DE CUMPRIMENTO ABERTO - REQUISITOS. O regime
aberto pressupõe não ser o condenado reincidente e haver pena
igual ou inferior a quatro anos, presentes ainda circunstâncias
judiciais positivas.
PENA - REGIME DE CUMPRIMENTO -
PROGRESSÃO - EXAME - COMPETÊNCIA. Cabe ao Juízo da execução a
análise do direito do custodiado à progressão no regime de
cumprimento da pena.
PENA - REGIME DE CUMPRIMENTO -
DEFINIÇÃO. A definição do regime de cumprimento de pena há de
ocorrer considerado o título judicial condenatório.
PENA -
PRESCRIÇÃO EXECUTÓRIA. O exame da prescrição da pretensão
executória da pena consubstancia direito do condenado, devendo
ser procedido pelo Juízo da execução.
Ementa
PENA - REGIME DE CUMPRIMENTO ABERTO - REQUISITOS. O regime
aberto pressupõe não ser o condenado reincidente e haver pena
igual ou inferior a quatro anos, presentes ainda circunstâncias
judiciais positivas.
PENA - REGIME DE CUMPRIMENTO -
PROGRESSÃO - EXAME - COMPETÊNCIA. Cabe ao Juízo da execução a
análise do direito do custodiado à progressão no regime de
cumprimento da pena.
PENA - REGIME DE CUMPRIMENTO -
DEFINIÇÃO. A definição do regime de cumprimento de pena há de
ocorrer considerado o título judicial condenatório.
PENA -
PRESCRIÇÃO EXECUTÓ...
Data do Julgamento:28/10/2008
Data da Publicação:DJe-030 DIVULG 12-02-2009 PUBLIC 13-02-2009 EMENT VOL-02348-02 PP-00417 RTJ VOL-00209-01 PP-00217
DIREITO PROCESSUAL PENAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MANDADO DE
SEGURANÇA. PEDIDO DE AFASTAMENTO DE SIGILO BANCÁRIO E FISCAL DE
INVESTIGADO. PROCEDIMENTO JUDICIAL. PODERES INVESTIGATÓRIOS DO
MINISTÉRIO PÚBLICO. IMPROVIMENTO DA PARTE CONHECIDA.
1. As
questões de suposta violação ao devido processo legal, ao
princípio da legalidade, ao direito de intimidade e privacidade e
ao princípio da presunção de inocência, têm natureza
infraconstitucional e, em razão disso, revelam-se insuscetíveis
de conhecimento em sede de recurso extraordinário.
2. As
argüições de violação aos princípios e garantias do devido
processo legal, legalidade, presunção de inocência e intimidade,
evidentemente, tocam em temas de natureza infraconstitucional,
não havendo que se cogitar de afronta direta às normas
constitucionais apontadas.
3. Da mesma forma, não merece ser
conhecido o apelo extremo na parte em que se alega violação aos
princípios do contraditório, ampla defesa e devido processo
legal.
4. Remanesce a questão afeta à possibilidade de o
Ministério Público promover procedimento administrativo de cunho
investigatório e o possível malferimento da norma contida no art.
144, § 1º, I e IV, da Constituição Federal.
5. No caso
concreto, tal debate se mostra irrelevante, eis que houve
instauração de inquérito policial para apurar fatos relacionados
às movimentações de significativas somas pecuniárias em contas
bancárias, sendo que o Ministério Público requereu, a título de
tutela cautelar inominada, a concessão de provimento
jurisdicional que afastasse o sigilo dos dados bancários e
fiscais do recorrente. Tal requerimento foi feito junto ao juízo
competente e, portanto, não se tratou de medida adotada pelo
Ministério Público sem qualquer provimento jurisdicional.
6.
Contudo, ainda que se tratasse da temática dos poderes
investigatórios do Ministério Público, melhor sorte não
assistiria ao recorrente. A denúncia pode ser fundamentada em
peças de informação obtidas pelo órgão do MPF sem a necessidade
do prévio inquérito policial, como já previa o Código de Processo
Penal. Não há óbice a que o Ministério Público requisite
esclarecimentos ou diligencie diretamente a obtenção da prova de
modo a formar seu convencimento a respeito de determinado fato,
aperfeiçoando a persecução penal, mormente em casos graves como o
presente que envolvem altas somas em dinheiro movimentadas em
contas bancárias.
7. A hipótese não envolve a eficácia
retroativa da Lei n° 10.174/01 - eis que esta se restringiu à
autorização da utilização de dados para fins fiscais -, e sim a
apuração de ilícito penal mediante obtenção das informações
bancárias.
8. Recurso parcialmente conhecido e, nesta parte,
improvido.
Ementa
DIREITO PROCESSUAL PENAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MANDADO DE
SEGURANÇA. PEDIDO DE AFASTAMENTO DE SIGILO BANCÁRIO E FISCAL DE
INVESTIGADO. PROCEDIMENTO JUDICIAL. PODERES INVESTIGATÓRIOS DO
MINISTÉRIO PÚBLICO. IMPROVIMENTO DA PARTE CONHECIDA.
1. As
questões de suposta violação ao devido processo legal, ao
princípio da legalidade, ao direito de intimidade e privacidade e
ao princípio da presunção de inocência, têm natureza
infraconstitucional e, em razão disso, revelam-se insuscetíveis
de conhecimento em sede de recurso extraordinário.
2. As
argüições de viola...
Data do Julgamento:28/10/2008
Data da Publicação:DJe-222 DIVULG 20-11-2008 PUBLIC 21-11-2008 EMENT VOL-02342-11 PP-02204 RTJ VOL-00209-02 PP-00907
DIREITO PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS.
MANUTENÇÃO DA PRISÃO PROCESSUAL NA SENTENÇA. CONTINUIDADE DOS
REQUISITOS DO ART. 312, CPP. IMPROVIMENTO.
1. A tese
apresentada pelo recorrente neste writ diz respeito à suposta
nulidade da sentença na parte em que negou o direito de o
paciente recorrer em liberdade, devido ao alegado desaparecimento
dos requisitos do art. 312, do CPP.
2. O magistrado
considerou a presença de fatos concretos relacionados ao
comportamento do recorrente, inclusive quanto à ameaça dirigida à
vítima (de apenas 12 anos de idade) caso ela contasse aos
familiares próximos acerca da prática dos atos libidinosos
diversos da conjunção carnal.
3. Observo, que o recorrente,
apesar de argumentar com base na Lei n° 8.038/90, não apresentou
qualquer prova acerca da efetiva interposição de recurso especial
ou extraordinário contra o acórdão do Tribunal de Justiça do Rio
Grande do Sul.
4. A garantia da ordem pública se especializa
na necessidade da prisão para evitar a reiteração de práticas
criminosas graves, objetivamente consideradas com base em
elementos colhidos nos autos da ação penal.
5. Recurso
ordinário em habeas corpus improvido.
Ementa
DIREITO PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS.
MANUTENÇÃO DA PRISÃO PROCESSUAL NA SENTENÇA. CONTINUIDADE DOS
REQUISITOS DO ART. 312, CPP. IMPROVIMENTO.
1. A tese
apresentada pelo recorrente neste writ diz respeito à suposta
nulidade da sentença na parte em que negou o direito de o
paciente recorrer em liberdade, devido ao alegado desaparecimento
dos requisitos do art. 312, do CPP.
2. O magistrado
considerou a presença de fatos concretos relacionados ao
comportamento do recorrente, inclusive quanto à ameaça dirigida à
vítima (de apenas 12 anos...
Data do Julgamento:28/10/2008
Data da Publicação:DJe-216 DIVULG 13-11-2008 PUBLIC 14-11-2008 EMENT VOL-02341-03 PP-00512 LEXSTF v. 31, n. 361, 2009, p. 455-460 LEXSTF v. 31, n. 362, 2009, p. 456-461
EMENTA: AÇÃO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL. SUBSTITUIÇÃO DE TESTEMUNHA.
NOVA REDAÇÃO DO ART. 397 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. REFORMA
PROCESSUAL PENAL. SILÊNCIO ELOQÜENTE. INOCORRÊNCIA. ANÁLISE
TELEOLÓGICA DO PROCESSO. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL. POSSIBILIDADE. ALEGAÇÃO DE FRAUDE AO MOMENTO
PROCESSUAL PARA O ARROLAMENTO DE TESTEMUNHA. IMPROCEDÊNCIA.
AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. A recente Reforma Processual
Penal alterou capítulos inteiros e inúmeros dispositivos do
Código de Processo Penal. No contexto dessa reforma, a Lei n°
11.719/2008 deu nova redação a inúmeros artigos e revogou
diretamente outros. Dentre os dispositivos cujo texto foi
alterado, encontra-se o art. 397, que previa a possibilidade de o
juiz deferir a substituição de testemunha que não fosse
localizada.
2. A ausência de previsão específica do Código de
Processo Penal acerca do direito à substituição não pode ser
interpretada como "silêncio eloqüente" do legislador. A busca por
um provimento jurisdicional final justo e legítimo não pode ser
fulminado pelo legislador, sob pena de o processo não alcançar
sua finalidade de pacificação da lide.
3. A prova testemunhal é
uma das mais relevantes no processo penal. Por esta razão, o juiz
pode convocar, de ofício, testemunhas que considere importantes
para a formação do seu convencimento. Daí porque não se pode
usurpar o direito da parte de, na eventualidade de não ser
localizada uma das testemunhas que arrolou para comprovar suas
alegações, substituí-la por outra que considere apta a colaborar
com a instrução.
4. É inadmissível a interpretação de que a
"vontade do legislador", na Reforma Processual Penal, seria no
sentido de impedir quaisquer substituições de testemunhas no
curso da instrução, mesmo quando não localizada a que fora
originalmente arrolada. Tal interpretação inviabilizaria uma
prestação jurisdicional efetiva e justa, mais próxima possível da
"verdade material".
5. Perfeitamente aplicável, à espécie, o
art. 408, III, do Código de Processo Civil, tendo em vista que a
testemunha substituída não foi localizada em razão de mudança de
endereço.
6. O fato de a testemunha arrolada em substituição ser
conhecida desde a época do oferecimento da denúncia não impede
seu aproveitamento, quando houver oportunidade legal para
tanto.
7. No caso, não é possível vislumbrar fraude processual
ou preclusão temporal para o arrolamento da testemunha substituta,
tendo em vista que a testemunha que não foi encontrada existe e
prestou depoimento na fase policial. Sua não localização no curso
da instrução abre a possibilidade legal de sua substituição.
8.
Agravo regimental desprovido.
Ementa
AÇÃO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL. SUBSTITUIÇÃO DE TESTEMUNHA.
NOVA REDAÇÃO DO ART. 397 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. REFORMA
PROCESSUAL PENAL. SILÊNCIO ELOQÜENTE. INOCORRÊNCIA. ANÁLISE
TELEOLÓGICA DO PROCESSO. APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL. POSSIBILIDADE. ALEGAÇÃO DE FRAUDE AO MOMENTO
PROCESSUAL PARA O ARROLAMENTO DE TESTEMUNHA. IMPROCEDÊNCIA.
AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. A recente Reforma Processual
Penal alterou capítulos inteiros e inúmeros dispositivos do
Código de Processo Penal. No contexto dessa reforma, a Lei n°
11.719/2008 deu nova redaç...
Data do Julgamento:23/10/2008
Data da Publicação:DJe-079 DIVULG 29-04-2009 PUBLIC 30-04-2009 EMENT VOL-02358-01 PP-00001 RTJ VOL-00210-03 PP-01061 REVJMG v. 59, n. 187, 2008, p. 338-342
DIREITO PROCESSUAL PENAL. RECLAMAÇÃO. PRERROGATIVA DE PRISÃO EM
SALA DE ESTADO MAIOR. AVALIAÇÃO DO CASO CONCRETO. PRISÃO EM
BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR. IMPROCEDÊNCIA.
1. A reclamação
tem como objeto possível descumprimento do disposto no art. 7°,
inciso V, da Lei n° 8.906/94, norma cuja constitucionalidade foi
reconhecida no julgamento da ADI n° 1.127/DF por esta Corte.
2. O tema referente ao recolhimento de advogado em Sala de
Estado-Maior até o trânsito em julgado da sentença penal
condenatória envolve a própria definição da noção de Sala de
Estado-Maior. Em precedente desta Corte, considerou-se que se
trata de "compartimento de qualquer unidade militar que, ainda
que potencialmente, possa ser utilizado pelo grupo de Oficiais
que assessoram o Comandante da organização militar para exercer
suas funções, o local deve oferecer instalações e comodidades
condignas" (Rcl. 4.535, rel. Min. Sepúlveda Pertence).
3. A
questão referente à existência de grades nas dependências da Sala
de Estado-Maior onde o reclamante se encontra recolhido, por si
só, não impede o reconhecimento do perfeito atendimento ao
disposto no art. 7°, V, da Lei n° 8.906/94 (Rcl. 5.192, rel. Min.
Menezes Direito).
4. Não houve descumprimento de julgado
desta Corte, eis que o juiz federal e o Tribunal Regional Federal
preservaram as garantias inerentes à situação do Reclamante,
atendendo às condições de salubridade, luminosidade e ventilação.
5. Reclamação julgada improcedente.
Ementa
DIREITO PROCESSUAL PENAL. RECLAMAÇÃO. PRERROGATIVA DE PRISÃO EM
SALA DE ESTADO MAIOR. AVALIAÇÃO DO CASO CONCRETO. PRISÃO EM
BATALHÃO DE POLÍCIA MILITAR. IMPROCEDÊNCIA.
1. A reclamação
tem como objeto possível descumprimento do disposto no art. 7°,
inciso V, da Lei n° 8.906/94, norma cuja constitucionalidade foi
reconhecida no julgamento da ADI n° 1.127/DF por esta Corte.
2. O tema referente ao recolhimento de advogado em Sala de
Estado-Maior até o trânsito em julgado da sentença penal
condenatória envolve a própria definição da noção de Sala de
Estado-Maior. E...
Data do Julgamento:23/10/2008
Data da Publicação:DJe-222 DIVULG 20-11-2008 PUBLIC 21-11-2008 EMENT VOL-02342-02 PP-00267 RTJ VOL-00208-03 PP-01059 RT v. 98, n. 881, 2009, p. 491-494 JC v. 35, n. 117, 2009, p. 278-284
RECURSO EXTRAORDINÁRIO - INADEQUAÇÃO - RECONHECIMENTO DE DIREITO
ADQUIRIDO - TEMPO DE SERVIÇO - AMBIENTE INSALUBRE. Se o acórdão
se alicerça em conclusão sobre o direito adquirido à contagem do
tempo de serviço prestado em ambiente insalubre, considerada a
legislação de regência, não há como cogitar de vulneração à
Constituição Federal.
AGRAVO - ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado,
impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do
Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente
da litigância de má-fé.
Ementa
RECURSO EXTRAORDINÁRIO - INADEQUAÇÃO - RECONHECIMENTO DE DIREITO
ADQUIRIDO - TEMPO DE SERVIÇO - AMBIENTE INSALUBRE. Se o acórdão
se alicerça em conclusão sobre o direito adquirido à contagem do
tempo de serviço prestado em ambiente insalubre, considerada a
legislação de regência, não há como cogitar de vulneração à
Constituição Federal.
AGRAVO - ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL - MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado,
impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do
Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorren...
Data do Julgamento:21/10/2008
Data da Publicação:DJe-043 DIVULG 05-03-2009 PUBLIC 06-03-2009 EMENT VOL-02351-07 PP-01302
DIREITO PENAL. HABEAS CORPUS. SUPOSTA REVOGAÇÃO DO ART. 16, LEI
7.492/86 PELO ART. 27-E, LEI 10.303/01. INOCORRÊNCIA. DIFERENTES
ELEMENTOS DOS TIPOS PENAIS. DENEGAÇÃO.
1. A questão de
direito tratada neste habeas corpus diz respeito à alegada
nulidade do acórdão do TRF da 3ª Região que não reconheceu a
revogação do art. 16, da Lei nº 7.492/86, pelo art. 27-E, da Lei
nº 10.303/01.
2. Não houve revogação do art. 16, da Lei nº
7.492/86 pelo art. 27-E, da Lei nº 10.303/01, eis que, além da
objetividade jurídica dos tipos penais ser distinta, há elementos
da estrutura dos dois tipos que também não se confundem.
3.
Com efeito, o paciente teria supostamente captado, intermediado
e aplicado recursos financeiros (e não valores mobiliários) de
terceiros, funcionando como instituição financeira (fora do
mercado de valores mobiliários) sem a devida autorização do órgão
competente para operar enquanto tal (Banco Central do Brasil).
Tal conduta apresenta os elementos do tipo penal previsto no art.
16, da Lei nº 7.492/86, e não da norma contida no art. 27-E, da
Lei nº 10.303/01.
4. O bem jurídico tutelado na Lei nº
7.492/86 é a higidez do sistema financeiro nacional,
considerando-se instituição financeira aquela que tenha por
atividade principal a captação, intermediação ou aplicação de
recursos financeiros de terceiros. A seu turno, a Lei nº
10.303/01 objetiva tutelar a higidez do mercado de valores
mobiliários que, no caso relacionado ao paciente, sequer foi
ameaçado pelas práticas apuradas e provadas nos autos da ação
penal.
5. Ordem denegada.
Ementa
DIREITO PENAL. HABEAS CORPUS. SUPOSTA REVOGAÇÃO DO ART. 16, LEI
7.492/86 PELO ART. 27-E, LEI 10.303/01. INOCORRÊNCIA. DIFERENTES
ELEMENTOS DOS TIPOS PENAIS. DENEGAÇÃO.
1. A questão de
direito tratada neste habeas corpus diz respeito à alegada
nulidade do acórdão do TRF da 3ª Região que não reconheceu a
revogação do art. 16, da Lei nº 7.492/86, pelo art. 27-E, da Lei
nº 10.303/01.
2. Não houve revogação do art. 16, da Lei nº
7.492/86 pelo art. 27-E, da Lei nº 10.303/01, eis que, além da
objetividade jurídica dos tipos penais ser distinta, há elementos
da est...
Data do Julgamento:21/10/2008
Data da Publicação:DJe-211 DIVULG 06-11-2008 PUBLIC 07-11-2008 EMENT VOL-02340-03 PP-00554 RTJ VOL-00208-01 PP-00335
DIREITO PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. FALTA
DE SUFICIENTE E ADEQUADA FUNDAMENTAÇÃO. PEDIDOS DE EXTENSÃO. NOVO
DECRETO DE PRISÃO DE DOIS CO-RÉUS. CONCESSÃO DA ORDEM, COM
RESSALVA DE DOIS CO-RÉUS.
1. A questão de direito tratada
neste writ diz respeito à possível ausência de fundamentação
quanto à presença dos requisitos autorizadores do decreto de
prisão preventiva do paciente e dos demais co-réus que pediram
extensão da liminar (CPP, art. 312), o que autoriza a liberação
dos denunciados.
2. Ao motivar o decreto prisional, o juiz
federal o fez com base na garantia da ordem pública e a
necessidade de se assegurar a aplicação da lei penal de modo
genérico, sem individualizar atos e comportamentos concretos dos
denunciados.
3. O decreto de prisão preventiva não pode ser
exarado com base em meras suposições, sendo necessária a "efetiva
demonstração da necessidade da manutenção da segregração
preventiva" (HC 89.773/MG, 1ª Turma, rel. Min. Ricardo
Lewandowski, DJ 15.12.2006).
4. Não se revela correto o
decreto prisional que, sob o fundamento da necessidade de
garantir a ordem pública, "se funda na gravidade do delito", em
tese (HC 87.343/SP, 2ª Turma, rel. Min. Cezar Peluso, DJ
22.06.2007).
5. Como este habeas corpus somente impugna a
decisão de prisão preventiva sem fundamentação adequada, da juíza
federal de Itaperuna, não há qualquer efeito do presente
julgamento relativamente ao segundo decreto de prisão preventiva
dos co-réus Pedro Manhães Filho e Francisco Ferreira Cotts.
6.
Habeas corpus concedido.
Ementa
DIREITO PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. PRISÃO PREVENTIVA. FALTA
DE SUFICIENTE E ADEQUADA FUNDAMENTAÇÃO. PEDIDOS DE EXTENSÃO. NOVO
DECRETO DE PRISÃO DE DOIS CO-RÉUS. CONCESSÃO DA ORDEM, COM
RESSALVA DE DOIS CO-RÉUS.
1. A questão de direito tratada
neste writ diz respeito à possível ausência de fundamentação
quanto à presença dos requisitos autorizadores do decreto de
prisão preventiva do paciente e dos demais co-réus que pediram
extensão da liminar (CPP, art. 312), o que autoriza a liberação
dos denunciados.
2. Ao motivar o decreto prisional, o juiz
federa...
Data do Julgamento:21/10/2008
Data da Publicação:DJe-211 DIVULG 06-11-2008 PUBLIC 07-11-2008 EMENT VOL-02340-03 PP-00646
DIREITO PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. REEXAME DE MATERIAL
FÁTICO-PROBATÓRIO. SUPOSTA NULIDADE DO JULGAMENTO DO RECURSO
ESPECIAL. VIA ESTREITA DO WRIT. HC PARCIALMENTE CONHECIDO E,
NESTA PARTE, DENEGADO.
1. As questões de direito tratadas
neste writ dizem respeito à possibilidade de reexame de prova
para restabelecer a absolvição do paciente e à nulidade do
acórdão do Superior Tribunal de Justiça que teria procedido à
revaloração dos elementos de prova ao prover o recurso especial.
2. A respeito da primeira questão, o habeas corpus sequer
merece ser conhecido neste particular. O remédio constitucional
do habeas corpus não representa instrumento hábil e idôneo a
ensejar o reexame dos elementos de prova produzidos durante a
instrução processual. Neste sentido: HC n° 85.582/SP, rel. Min.
Carlos Britto, DJ 16.03.2007; HC n° 85.958/SP, rel. Min. Eros
Grau, DJ 03.03.2006.
3. O Superior Tribunal de Justiça, ao
dar provimento ao recurso especial interposto pelo Ministério
Público do Estado de Rio Grande do Sul, atribuiu nova valoração
dos elementos fático-jurídicos existentes nos autos,
qualificando-os como caracterizadores do crime de tráfico de
entorpecentes, razão pela qual não procedeu ao revolvimento de
material probatório para divergir da conclusão alcançada pelo
Tribunal de Justiça.
4. No caso em tela, não houve julgamento
contrário à orientação contida na Súmula 07, do STJ, eis que
apenas se procedeu à revaloração dos elementos admitidos pelo
acórdão da Corte local, tratando-se de quaestio juris, e não de
quaestio facti. Como já decidiu o STF, nova valoração de
elementos fático-jurídicos não se confunde com reapreciação de
matéria probatória (HC nº 82.219/MG, rel. Min. Gilmar Mendes, DJ
19.12.2002).
5. Habeas corpus parcialmente conhecido e, nesta
parte, denegado.
Ementa
DIREITO PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. REEXAME DE MATERIAL
FÁTICO-PROBATÓRIO. SUPOSTA NULIDADE DO JULGAMENTO DO RECURSO
ESPECIAL. VIA ESTREITA DO WRIT. HC PARCIALMENTE CONHECIDO E,
NESTA PARTE, DENEGADO.
1. As questões de direito tratadas
neste writ dizem respeito à possibilidade de reexame de prova
para restabelecer a absolvição do paciente e à nulidade do
acórdão do Superior Tribunal de Justiça que teria procedido à
revaloração dos elementos de prova ao prover o recurso especial.
2. A respeito da primeira questão, o habeas corpus sequer
merece ser conhecid...
Data do Julgamento:21/10/2008
Data da Publicação:DJe-211 DIVULG 06-11-2008 PUBLIC 07-11-2008 EMENT VOL-02340-03 PP-00626
EMENTA: PENAL. HABEAS CORPUS. SUBSTITUIÇÃO DE PENA PRIVATIVA DE
LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS. ART. 44, III, DO CÓDIGO
PENAL. ANÁLISE DOS REQUISITOS. FUNDAMENTAÇÃO QUANTO À APLICAÇÃO
DO ART. 44 DO CÓDIGO PENAL. NECESSIDADE. CARACTERIZADA, NO CASO,
OFENSA AO PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. ORDEM
CONCEDIDA.
I - Toda a vez que alguém é condenado por crime
doloso à pena não superior a quatro anos, o julgador deve
manifestar-se, fundamentadamente, se é ou não o caso de
substituição da sanção corporal pela restritiva de direitos.
Estando presentes os seus pressupostos, a substituição torna-se
imperativa.
II - É necessário, pois, que o juízo fundamente a
não aplicação do art. 44 do Código Penal, sob pena de ofensa ao
princípio da individualização da pena. Precedente.
III - Ordem
concedida.
Ementa
PENAL. HABEAS CORPUS. SUBSTITUIÇÃO DE PENA PRIVATIVA DE
LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS. ART. 44, III, DO CÓDIGO
PENAL. ANÁLISE DOS REQUISITOS. FUNDAMENTAÇÃO QUANTO À APLICAÇÃO
DO ART. 44 DO CÓDIGO PENAL. NECESSIDADE. CARACTERIZADA, NO CASO,
OFENSA AO PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA. ORDEM
CONCEDIDA.
I - Toda a vez que alguém é condenado por crime
doloso à pena não superior a quatro anos, o julgador deve
manifestar-se, fundamentadamente, se é ou não o caso de
substituição da sanção corporal pela restritiva de direitos.
Estando presentes os seus pressupost...
Data do Julgamento:21/10/2008
Data da Publicação:DJe-236 DIVULG 11-12-2008 PUBLIC 12-12-2008 EMENT VOL-02345-02 PP-00230