EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO
RESCISÓRIA. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE À SÚMULA 343/STF.
IMPROCEDÊNCIA.
O posicionamento adotado por esta Corte é firme no sentido
de que não cabe recurso extraordinário quando, ao tempo em que foi
proferida a decisão rescindenda, era controvertida nos Tribunais a
interpretação do texto legal por ela aplicado.
Agravo regimental desprovido.
Ementa
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO
RESCISÓRIA. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE À SÚMULA 343/STF.
IMPROCEDÊNCIA.
O posicionamento adotado por esta Corte é firme no sentido
de que não cabe recurso extraordinário quando, ao tempo em que foi
proferida a decisão rescindenda, era controvertida nos Tribunais a
interpretação do texto legal por ela aplicado.
Agravo regimental desprovido.
Data do Julgamento:12/11/1996
Data da Publicação:DJ 07-02-1997 PP-01346 EMENT VOL-01856-06 PP-01073
EMENTA: PREVIDÊNCIA SOCIAL. APOSENTADORIA. CÁLCULO. ART.
202 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal firmou
entendimento no sentido de que o disposto no art. 202 da
Constituição Federal não é auto-aplicável, por depender de
integração legislativa, que só foi implementada com a edição das
Leis nºs 8.212 e 8.213, ambas de 1991, que aprovaram os Planos de
Custeio e de Benefícios da Previdência Social.
Recurso extraordinário conhecido e provido.
Ementa
PREVIDÊNCIA SOCIAL. APOSENTADORIA. CÁLCULO. ART.
202 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal firmou
entendimento no sentido de que o disposto no art. 202 da
Constituição Federal não é auto-aplicável, por depender de
integração legislativa, que só foi implementada com a edição das
Leis nºs 8.212 e 8.213, ambas de 1991, que aprovaram os Planos de
Custeio e de Benefícios da Previdência Social.
Recurso extraordinário conhecido e provido.
Data do Julgamento:12/11/1996
Data da Publicação:DJ 14-02-1997 PP-01991 EMENT VOL-01857-03 PP-00610
E M E N T A: "HABEAS CORPUS" - REVISÃO CRIMINAL AJUIZADA PELO
PRÓPRIO CONDENADO - COGNOSCIBILIDADE - CAPACIDADE POSTULATÓRIA
OUTORGADA PELO ART. 623 DO CPP - PEDIDO DEFERIDO.
- O Supremo
Tribunal Federal, ao interpretar o art. 133 da Constituição da
República, reconheceu a indispensabilidade da intervenção do
Advogado como princípio de índole institucional, cujo valor, no
entanto, não é absoluto em si mesmo, mas condicionado, em seu
alcance e conteúdo, pelos limites impostos pela lei, consoante
estabelecido pela própria Carta Política. Precedentes.
- O
art. 623 do CPP - que confere capacidade postulatória ao próprio
condenado para formular o pedido revisional - foi objeto de
recepção pela nova ordem constitucional, legitimando, em
conseqüência, a iniciativa do próprio sentenciado, que pode
ajuizar, ele mesmo, independentemente de representação por
Advogado, a ação de revisão criminal. Precedentes.
Ementa
E M E N T A: "HABEAS CORPUS" - REVISÃO CRIMINAL AJUIZADA PELO
PRÓPRIO CONDENADO - COGNOSCIBILIDADE - CAPACIDADE POSTULATÓRIA
OUTORGADA PELO ART. 623 DO CPP - PEDIDO DEFERIDO.
- O Supremo
Tribunal Federal, ao interpretar o art. 133 da Constituição da
República, reconheceu a indispensabilidade da intervenção do
Advogado como princípio de índole institucional, cujo valor, no
entanto, não é absoluto em si mesmo, mas condicionado, em seu
alcance e conteúdo, pelos limites impostos pela lei, consoante
estabelecido pela própria Carta Política. Precedentes.
- O
art. 623 do CP...
Data do Julgamento:12/11/1996
Data da Publicação:DJe-092 DIVULG 21-05-2008 PUBLIC 23-05-2008 EMENT VOL-02320-02 PP-00309 RTJ VOL-00204-02 PP-00732
E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS
FUNDAMENTOS EM QUE SE ASSENTOU O ATO DECISÓRIO QUESTIONADO -
REPOSIÇÃO SALARIAL (84,32%) - INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO -
AGRAVO IMPROVIDO.
O RECURSO DE AGRAVO DEVE IMPUGNAR,
ESPECIFICADAMENTE, TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO RECORRIDA.
-
O recurso de agravo - cujas razões não questionam, não discutem,
nem infirmam, de modo específico, todos os argumentos
consubstanciados na decisão agravada - revela-se insuscetível de
acolhimento, pois não basta, para efeito de reforma do ato decisório
impugnado, a mera reiteração dos fundamentos deduzidos em petição
recursal anterior. Precedentes.
DIREITO ADQUIRIDO E CICLO DE
FORMAÇÃO: EXPECTATIVA DE DIREITO NÃO SE CONFUNDE COM DIREITO
ADQUIRIDO.
- A questão pertinente ao reconhecimento, ou não, da
consolidação de situações jurídicas definitivas há de ser examinada
em face dos ciclos de formação a que esteja eventualmente sujeito o
processo de aquisição de determinado direito.
Isso significa que
a superveniência de ato legislativo, em tempo oportuno - vale
dizer, enquanto ainda não concluído o ciclo de formação e
constituição do direito vindicado - constitui fator capaz de impedir
que se complete, legitimamente, o próprio processo de aquisição do
direito, inviabilizando, desse modo, ante a existência de mera "spes
juris", a possibilidade de útil invocação da cláusula pertinente ao
direito adquirido. Precedentes.
Ementa
E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS
FUNDAMENTOS EM QUE SE ASSENTOU O ATO DECISÓRIO QUESTIONADO -
REPOSIÇÃO SALARIAL (84,32%) - INEXISTÊNCIA DE DIREITO ADQUIRIDO -
AGRAVO IMPROVIDO.
O RECURSO DE AGRAVO DEVE IMPUGNAR,
ESPECIFICADAMENTE, TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO RECORRIDA.
-
O recurso de agravo - cujas razões não questionam, não discutem,
nem infirmam, de modo específico, todos os argumentos
consubstanciados na decisão agravada - revela-se insuscetível de
acolhimento, pois não basta, para efeito de reforma do ato decisório
impugnado, a mera reiteração dos fund...
Data do Julgamento:12/11/1996
Data da Publicação:DJ 28-02-2003 PP-00011 EMENT VOL-02100-02 PP-00422
EMENTA: PREQÜESTIONAMENTO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DO
JULGADO RECORRIDO. FALTA DE JUNTADA DO PRECEDENTE PLENÁRIO QUE
RESOLVEU O INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE.
O Supremo Tribunal Federal considera como ausência de
preqüestionamento a circunstância de não constar dos autos a decisão
proferida no incidente de inconstitucionalidade, nos casos em que o
acórdão recorrido a ele se reporta para decidir o caso concreto.
Recurso extraordinário não conhecido.
Ementa
PREQÜESTIONAMENTO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DO
JULGADO RECORRIDO. FALTA DE JUNTADA DO PRECEDENTE PLENÁRIO QUE
RESOLVEU O INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADE.
O Supremo Tribunal Federal considera como ausência de
preqüestionamento a circunstância de não constar dos autos a decisão
proferida no incidente de inconstitucionalidade, nos casos em que o
acórdão recorrido a ele se reporta para decidir o caso concreto.
Recurso extraordinário não conhecido.
Data do Julgamento:12/11/1996
Data da Publicação:DJ 07-02-1997 PP-01355 EMENT VOL-01856-04 PP-00669
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEFICIÊNCIA NO
TRASLADO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 288/STF.
A certidão de publicação do aresto recorrido é imprescindível
para se aferir a tempestividade do extraordinário. A
ausência dessa peça essencial implica no indeferimento do agravo de
instrumento, por inobservância a um dos pressupostos objetivos do
recurso. Aplica-se o óbice da Súmula 288 desta Corte.
Agravo regimental não provido.
Ementa
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEFICIÊNCIA NO
TRASLADO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 288/STF.
A certidão de publicação do aresto recorrido é imprescindível
para se aferir a tempestividade do extraordinário. A
ausência dessa peça essencial implica no indeferimento do agravo de
instrumento, por inobservância a um dos pressupostos objetivos do
recurso. Aplica-se o óbice da Súmula 288 desta Corte.
Agravo regimental não provido.
Data do Julgamento:12/11/1996
Data da Publicação:DJ 19-12-1996 PP-51771 EMENT VOL-01855-03 PP-00583
EMENTA: Agravo regimental.
- Inexistência das alegadas ofensas à Constituição, tendo
em vista a cautelar concedida na ADI 1127 com relação à aplicação do
artigo 1º, I, da Lei 8.906/94.
Agravo a que se nega provimento.
Ementa
Agravo regimental.
- Inexistência das alegadas ofensas à Constituição, tendo
em vista a cautelar concedida na ADI 1127 com relação à aplicação do
artigo 1º, I, da Lei 8.906/94.
Agravo a que se nega provimento.
Data do Julgamento:12/11/1996
Data da Publicação:DJ 13-06-1997 PP-26700 EMENT VOL-01873-07 PP-01406
EMBARGOS DECLARATÓRIOS - INTERESSE PROCESSUAL -
EXTENSÃO DE SEGURANÇA A TERCEIROS. Os impetrantes, beneficiados com
o provimento judicial concessivo da segurança, não têm interesse
jurídico-processual em vê-lo estendido a quem não compôs a
angularidade subjetiva do mandado de segurança, deixando, assim, de
figurar como impetrante.
Ementa
EMBARGOS DECLARATÓRIOS - INTERESSE PROCESSUAL -
EXTENSÃO DE SEGURANÇA A TERCEIROS. Os impetrantes, beneficiados com
o provimento judicial concessivo da segurança, não têm interesse
jurídico-processual em vê-lo estendido a quem não compôs a
angularidade subjetiva do mandado de segurança, deixando, assim, de
figurar como impetrante.
Data do Julgamento:12/11/1996
Data da Publicação:DJ 07-02-1997 PP-01350 EMENT VOL-01856-06 PP-01258
EMENTA: HABEAS-CORPUS. CRIME DE TENTATIVA DE FURTO
QUALIFICADO. ALEGAÇÃO DE NULIDADE DO JULGAMENTO DA APELAÇÃO PORQUE
DELE PARTICIPOU DESEMBARGADOR IMPEDIDO DE EXERCER JURISDIÇÃO, POR
ATUAÇÃO DO SEU CÔNJUGE COMO ÓRGÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO MESMO
PROCESSO: ART. 252, I, DO C.P.P.
1. Razões finais, que pedem a procedência da denúncia e a
condenação do paciente, apresentadas pela Promotora de Justiça Maria
Aparecida Donati Barbosa.
2. Julgamento da apelação, interposta pelo paciente contra
a sentença condenatória, pela 1ª Turma Criminal do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal, com a participação do Desembargador
Otávio Augusto Barbosa, cônjuge da Promotora de Justiça.
3. Nulidade cominada no art. 252, I, do C.P.P.
4. Habeas-corpus conhecido e provido para anular o acórdão
que julgou a apelação do paciente e determinar que novo julgamento
se realize, sem a participação do Desembargador Otávio Augusto
Barbosa.
Ementa
HABEAS-CORPUS. CRIME DE TENTATIVA DE FURTO
QUALIFICADO. ALEGAÇÃO DE NULIDADE DO JULGAMENTO DA APELAÇÃO PORQUE
DELE PARTICIPOU DESEMBARGADOR IMPEDIDO DE EXERCER JURISDIÇÃO, POR
ATUAÇÃO DO SEU CÔNJUGE COMO ÓRGÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NO MESMO
PROCESSO: ART. 252, I, DO C.P.P.
1. Razões finais, que pedem a procedência da denúncia e a
condenação do paciente, apresentadas pela Promotora de Justiça Maria
Aparecida Donati Barbosa.
2. Julgamento da apelação, interposta pelo paciente contra
a sentença condenatória, pela 1ª Turma Criminal do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal, com a participação do...
Data do Julgamento:12/11/1996
Data da Publicação:DJ 13-12-1996 PP-50168 EMENT VOL-01854-05 PP-00980
EMENTA: HABEAS-CORPUS. CRIMES DE ATENTADO VIOLENTO AO
PUDOR E ESTUPRO, PRATICADOS EM CONTINUIDADE DELITIVA CONTRA MENOR
COM DOZE ANOS DE IDADE. ALEGAÇÃO DE FRAGILIDADE DAS PROVAS E DE
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE, PELO CASAMENTO DA VÍTIMA COM TERCEIRO.
1. O rito especial e sumário do habeas-corpus não
comporta reexame aprofundado de fatos e provas.
A sentença condenatória e o acórdão que a confirmou estão
devidamente fundamentados.
2. Habeas-corpus não conhecido quanto às questões que não
foram submetidas ao Tribunal a quo (extinção da punibilidade), por
incompetência do Supremo Tribunal Federal.
3. Habeas corpus conhecido, em parte, e nesta parte
indeferido, determinando-se a remessa dos autos ao Tribunal de
Justiça paulista para apreciar as questões da sua competência.
Ementa
HABEAS-CORPUS. CRIMES DE ATENTADO VIOLENTO AO
PUDOR E ESTUPRO, PRATICADOS EM CONTINUIDADE DELITIVA CONTRA MENOR
COM DOZE ANOS DE IDADE. ALEGAÇÃO DE FRAGILIDADE DAS PROVAS E DE
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE, PELO CASAMENTO DA VÍTIMA COM TERCEIRO.
1. O rito especial e sumário do habeas-corpus não
comporta reexame aprofundado de fatos e provas.
A sentença condenatória e o acórdão que a confirmou estão
devidamente fundamentados.
2. Habeas-corpus não conhecido quanto às questões que não
foram submetidas ao Tribunal a quo (extinção da punibilidade), por
incompetência do Supremo Tribunal Federal.
3. Habe...
Data do Julgamento:12/11/1996
Data da Publicação:DJ 13-12-1996 PP-50165 EMENT VOL-01854-04 PP-00843
COMPETÊNCIA - HABEAS-CORPUS - ATO DE TRIBUNAL DE
JUSTIÇA. Na dicção da ilustrada maioria (seis votos a favor e cinco
contra), em relação à qual guardo reservas, compete ao Supremo
Tribunal Federal julgar todo e qualquer habeas-corpus impetrado
contra ato de tribunal, tenha este, ou não, qualificação de
superior.
ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR - LESÕES CORPORAIS -
INEXISTÊNCIA - IRRELEVÂNCIA. Sendo o atentado violento ao pudor
crime de mera conduta, prescinde-se da existência de lesões
corporais para dizer-se que restou configurado.
HABEAS-CORPUS - PROVA - ABSOLVIÇÃO. Se de um lado é
possível afirmar-se que, no julgamento de todo e qualquer habeas-
corpus, parte-se de certas premissas fáticas, alvo de cotejo com a
ordem jurídica em vigor, de outro, não menos correto afigura-se
dizer que imprópria é tal via quando se objetiva o reexame dos
elementos probatórios dos autos e a conclusão sobre a ausência de
configuração do tipo penal. Presente qualquer da premissas do artigo
621 do Código de Processo Penal, cumpre ao interessado formalizar
revisão criminal.
Ementa
COMPETÊNCIA - HABEAS-CORPUS - ATO DE TRIBUNAL DE
JUSTIÇA. Na dicção da ilustrada maioria (seis votos a favor e cinco
contra), em relação à qual guardo reservas, compete ao Supremo
Tribunal Federal julgar todo e qualquer habeas-corpus impetrado
contra ato de tribunal, tenha este, ou não, qualificação de
superior.
ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR - LESÕES CORPORAIS -
INEXISTÊNCIA - IRRELEVÂNCIA. Sendo o atentado violento ao pudor
crime de mera conduta, prescinde-se da existência de lesões
corporais para dizer-se que restou configurado.
HABEAS-CORPUS - PROVA - ABSOLVIÇÃO. Se de um lado...
Data do Julgamento:12/11/1996
Data da Publicação:DJ 13-12-1996 PP-50164 EMENT VOL-01854-04 PP-00769
E M E N T A: HABEAS CORPUS - VEREADOR - CRIME CONTRA A
HONRA - RECINTO DA CÂMARA MUNICIPAL - INVIOLABILIDADE (CF, ART. 29,
VIII, COM A RENUMERAÇÃO DADA PELA EC Nº 1/92) - TRANCAMENTO DA AÇÃO
PENAL - PEDIDO DEFERIDO.
ESTATUTO POLÍTICO-JURÍDICO DOS VEREADORES E INVIOLABILIDADE
PENAL.
- A Constituição da República, ao dispor sobre o estatuto
político-jurídico dos Vereadores, atribuiu-lhes a prerrogativa da
imunidade parlamentar em sentido material, assegurando a esses
legisladores locais a garantia indisponível da inviolabilidade, "por
suas opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato e na
circunscrição do Município" (CF, art. 29, VIII).
Essa garantia constitucional qualifica-se como condição e
instrumento de independência do Poder Legislativo local, eis que
projeta, no plano do direito penal, um círculo de proteção destinado
a tutelar a atuação institucional dos membros integrantes da Câmara
Municipal.
A proteção constitucional inscrita no art. 29, VIII, da
Carta Política estende-se - observados os limites da circunscrição
territorial do Município - aos atos do Vereador praticados ratione
officii, qualquer que tenha sido o local de sua manifestação (dentro
ou fora do recinto da Câmara Municipal).
IMUNIDADE FORMAL - PRÉVIA LICENÇA DA CÂMARA MUNICIPAL -
PRERROGATIVA CONSTITUCIONAL NÃO OUTORGADA PELA CARTA POLÍTICA AO
VEREADOR.
- Os Vereadores - embora beneficiados pela garantia
constitucional da inviolabilidade - não dispõem da prerrogativa
concernente à imunidade parlamentar em sentido formal, razão pela
qual podem sofrer persecução penal, por delitos outros (que não
sejam crimes contra a honra), independentemente de prévia licença da
Câmara Municipal a que se acham orgânicamente vinculados. Doutrina.
Jurisprudência (STF).
TRANCAMENTO DA AÇÃO PENAL NOS CRIMES CONTRA A HONRA.
- O Vereador, atuando no âmbito da circunscrição
territorial do Município a que está vinculado, não pode ser
indiciado em inquérito policial e nem submetido a processo penal por
atos que, qualificando-se como delitos contra a honra (calúnia,
difamação e injúria), tenham sido por ele praticados no exercício de
qualquer das funções inerentes ao mandato parlamentar: função de
representação, função de fiscalização e função de legislação.
A eventual instauração de persecutio criminis contra o
Vereador, nas situações infracionais estritamente protegidas pela
cláusula constitucional de inviolabilidade, qualifica-se como ato de
injusta constrição ao status libertatis do legislador local,
legitimando, em conseqüência do que dispõe a Carta Política (CF,
art. 29, VIII), a extinção, por ordem judicial, do próprio
procedimento penal persecutório.
Ementa
E M E N T A: HABEAS CORPUS - VEREADOR - CRIME CONTRA A
HONRA - RECINTO DA CÂMARA MUNICIPAL - INVIOLABILIDADE (CF, ART. 29,
VIII, COM A RENUMERAÇÃO DADA PELA EC Nº 1/92) - TRANCAMENTO DA AÇÃO
PENAL - PEDIDO DEFERIDO.
ESTATUTO POLÍTICO-JURÍDICO DOS VEREADORES E INVIOLABILIDADE
PENAL.
- A Constituição da República, ao dispor sobre o estatuto
político-jurídico dos Vereadores, atribuiu-lhes a prerrogativa da
imunidade parlamentar em sentido material, assegurando a esses
legisladores locais a garantia indisponível da inviolabilidade, "por
suas opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato e na...
Data do Julgamento:12/11/1996
Data da Publicação:DJ 13-12-1996 PP-50164 EMENT VOL-01854-04 PP-00745 RTJ VOL-00169-03 PP-00969
EMENTA: - DIREITO PROCESSUAL PENAL.
"HABEAS CORPUS". RECURSO ORDINÁRIO.
1. Correto o acórdão recorrido, ao julgar prejudicado o
"H.C." nº 4.651-RJ, em face do desfecho do RHC 5.569, julgado e
improvido na mesma assentada pelo Superior Tribunal de Justiça,
pois continham o mesmo pedido, não tendo o recorrente procurado
demonstrar o contrário, limitando-se a reiterar as alegações da
impetração, que, por prejudicada, não chegou a ser apreciada na
instância de origem.
2. R.H.C. improvido.
Ementa
- DIREITO PROCESSUAL PENAL.
"HABEAS CORPUS". RECURSO ORDINÁRIO.
1. Correto o acórdão recorrido, ao julgar prejudicado o
"H.C." nº 4.651-RJ, em face do desfecho do RHC 5.569, julgado e
improvido na mesma assentada pelo Superior Tribunal de Justiça,
pois continham o mesmo pedido, não tendo o recorrente procurado
demonstrar o contrário, limitando-se a reiterar as alegações da
impetração, que, por prejudicada, não chegou a ser apreciada na
instância de origem.
2. R.H.C. improvido.
Data do Julgamento:12/11/1996
Data da Publicação:DJ 21-03-1997 PP-08536 EMENT VOL-01862-02 PP-00398
EMENTA: HABEAS-CORPUS. CRIME DE TRÁFICO DE ENTORPECENTES.
ALEGAÇÃO DE NULIDADE PELA NÃO REALIZAÇÃO DE EXAME DE DEPENDÊNCIA E
POR DIVERGÊNCIA NA PESAGEM ENTRE A DROGA APREENDIDA E A PERICIADA.
1. Em momento algum do processo o paciente afirmou que era
dependente e, a contrário, sempre negou a propriedade da droga.
Impetração não conhecida nesta parte, porque a matéria
argüida não foi apreciada pelo Tribunal a quo.
2. A diferença de 2 g entre a pesagem da droga apreendida
(24g) e a periciada (22g), é esclarecida pelo Laudo de Constatação,
por se tratar do material destinado à análise e contra perícia.
3. Habeas-corpus conhecido, em parte, e nesta parte
indeferido.
Ementa
HABEAS-CORPUS. CRIME DE TRÁFICO DE ENTORPECENTES.
ALEGAÇÃO DE NULIDADE PELA NÃO REALIZAÇÃO DE EXAME DE DEPENDÊNCIA E
POR DIVERGÊNCIA NA PESAGEM ENTRE A DROGA APREENDIDA E A PERICIADA.
1. Em momento algum do processo o paciente afirmou que era
dependente e, a contrário, sempre negou a propriedade da droga.
Impetração não conhecida nesta parte, porque a matéria
argüida não foi apreciada pelo Tribunal a quo.
2. A diferença de 2 g entre a pesagem da droga apreendida
(24g) e a periciada (22g), é esclarecida pelo Laudo de Constatação,
por se tratar do material destinado à análise e contra perícia....
Data do Julgamento:12/11/1996
Data da Publicação:DJ 13-12-1996 PP-50168 EMENT VOL-01854-05 PP-00974
CONSTITUCIONAL. PENAL. EXTRADIÇÃO: PEDIDO DE EXTENSÃO. PEDIDO FEITO
PELO GOVERNO SUÍÇO.
I - Pedido de extensão da extradição para o fim de o
extraditado ser processado por fatos delituosos não compreendidos no
pedido de extradição. O pedido encontra apoio no Tratado de Extradição
Brasil-Suíça, artigo V, que deixa ao Estado-requerido consentir ou não
nos "processos ulteriores", vale dizer, processos postos ao exame do
Estado-requerido após a concessão da extradição.
II - Ademais, o princípio da especialidade, adotado no art.
91, I, da Lei 6.815/80, não impede que o Estado requerente de
extradição já concedida solicite sua extensão para abranger delito
diverso. Precedente do STF: Extradição 462 (pedido de extensão)
(questão de ordem) - Itália, Relator Ministro Moreira Alves, RTJ
131/1053.
III - Atendimento dos requisitos legais. Prescrição não
ocorrida.
IV - Pedido de extensão deferido.
Ementa
CONSTITUCIONAL. PENAL. EXTRADIÇÃO: PEDIDO DE EXTENSÃO. PEDIDO FEITO
PELO GOVERNO SUÍÇO.
I - Pedido de extensão da extradição para o fim de o
extraditado ser processado por fatos delituosos não compreendidos no
pedido de extradição. O pedido encontra apoio no Tratado de Extradição
Brasil-Suíça, artigo V, que deixa ao Estado-requerido consentir ou não
nos "processos ulteriores", vale dizer, processos postos ao exame do
Estado-requerido após a concessão da extradição.
II - Ademais, o princípio da especialidade, adotado no art.
91, I, da Lei 6.815/80, não impede que o Estado re...
Data do Julgamento:11/11/1996
Data da Publicação:DJ 19-12-1996 PP-51765 EMENT VOL-01855-01 PP-00001
EMENTA: Mandado de segurança. Reforma agrária.
Desapropriação.
- O mandado de segurança não é o meio processual hábil
para o exame de provas necessário para a verificação de ser, ou não,
produtivo o imóvel objeto do decreto que o declarou de interesse
social para fins de reforma agrária.
- Por outro lado, o Plenário desta Corte, ainda
recentemente, ao julgar o Mandado de Segurança nº 22.055, de que foi
relator para o acórdão o eminente Ministro Maurício Corrêa,
reafirmou o entendimento anterior (assim, nos Mandados de Segurança
nºs. 22164 e 22165) no sentido de que a notificação a que se refere
o § 2º do artigo 2º da Lei nº 8.629/93, para que se repute válida e
possa conseqüentemente legitimar eventual declaração expropriatória
para fins de reforma agrária, há de ser efetivada em momento
anterior ao da realização da vistoria e comprovadamente realizada na
pessoa do proprietário do imóvel rural ou daquele que, legal ou
convencionalmente, disponha de poderes para receber comunicação
dessa natureza.
Mandado de segurança deferido para declarar nulos o
decreto presidencial impugnado e o procedimento administrativo que
lhe deu origem, desde a realização da vistoria, inclusive.
Ementa
Mandado de segurança. Reforma agrária.
Desapropriação.
- O mandado de segurança não é o meio processual hábil
para o exame de provas necessário para a verificação de ser, ou não,
produtivo o imóvel objeto do decreto que o declarou de interesse
social para fins de reforma agrária.
- Por outro lado, o Plenário desta Corte, ainda
recentemente, ao julgar o Mandado de Segurança nº 22.055, de que foi
relator para o acórdão o eminente Ministro Maurício Corrêa,
reafirmou o entendimento anterior (assim, nos Mandados de Segurança
nºs. 22164 e 22165) no sentido de que a notificação a que se refere
o § 2...
Data do Julgamento:11/11/1996
Data da Publicação:DJ 19-12-1996 PP-51769 EMENT VOL-01855-01 PP-00202
EMENTA: Ação direta de inconstitucionalidade.
- Tendo sido abrogada a Lei 751, de 07.04.95, do Estado do
Tocantins, na qual se encontravam os dispositivos tidos como
inconstitucionais, pela Lei 769, de 05.07.95, do mesmo Estado, que
também restabeleceu todas as normas por aquela desconstituídas, está
prejudicada a presente ação direta, tendo em vista a orientação
desta Corte que, ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade n
708, decidiu que a revogação do ato normativo ocorrida
posteriormente ao ajuizamento da ação direta, mas anteriormente ao
seu julgamento, a torna prejudicada, independentemente da
verificação dos efeitos concretos que o ato haja produzido, pois
eles têm relevância no plano das relações jurídicas individuais,
não, porém, no controle abstrato das normas.
Ação direta não conhecida, por estar prejudicada pela
perda de seu objeto.
Ementa
Ação direta de inconstitucionalidade.
- Tendo sido abrogada a Lei 751, de 07.04.95, do Estado do
Tocantins, na qual se encontravam os dispositivos tidos como
inconstitucionais, pela Lei 769, de 05.07.95, do mesmo Estado, que
também restabeleceu todas as normas por aquela desconstituídas, está
prejudicada a presente ação direta, tendo em vista a orientação
desta Corte que, ao julgar a Ação Direta de Inconstitucionalidade n
708, decidiu que a revogação do ato normativo ocorrida
posteriormente ao ajuizamento da ação direta, mas anteriormente ao
seu julgamento, a torna prejudicada, independenteme...
Data do Julgamento:11/11/1996
Data da Publicação:DJ 19-12-1996 PP-51765 EMENT VOL-01855-01 PP-00058
EMENTA: - Estatuto do Magistério Superior do Estado
da Bahia.
Exclusão, por lei, de certa percentagem de docentes,
do regime de tempo integral com dedicação exclusiva, do qual, em
razão da legislação específica, a eles aplicável, só poderiam ter
sido unilateralmente dispensados por comprovado descumprimento das
obrigações a seu cargo.
Inconstitucionalidade da norma (art. 10, § 5º, da Lei
nº 6.317/91-BA) que os privou do produto das revisões gerais de
remuneração dos servidores estaduais (art. 37, X, da Constituição
Federal), sem que daí resulte a obrigatoriedade da extensão de
aumentos reais de retribuição do exercício do cargo em dedicação
exclusiva.
Ação direta julgada parcialmente procedente, para
esse fim.
Ementa
- Estatuto do Magistério Superior do Estado
da Bahia.
Exclusão, por lei, de certa percentagem de docentes,
do regime de tempo integral com dedicação exclusiva, do qual, em
razão da legislação específica, a eles aplicável, só poderiam ter
sido unilateralmente dispensados por comprovado descumprimento das
obrigações a seu cargo.
Inconstitucionalidade da norma (art. 10, § 5º, da Lei
nº 6.317/91-BA) que os privou do produto das revisões gerais de
remuneração dos servidores estaduais (art. 37, X, da Constituição
Federal), sem que daí resulte a obrigatoriedade da extensão de
aumento...
Data do Julgamento:11/11/1996
Data da Publicação:DJ 14-05-2001 PP-00189 EMENT VOL-02030-01 PP-00083 REPUBLICAÇÃO: DJ 18-05-2001 PP-00063