EMENTA: PROVA. Criminal. Documentos. Papéis confidenciais
pertencentes a empresa. Cópias obtidas, sem autorização nem
conhecimento desta, por ex-empregado. Juntada em autos de
inquérito policial. Providência deferida em mandado de segurança
impetrado por representante do Ministério Público.
Inadmissibilidade. Prova ilícita. Ofensa ao art. 5º, LVI, da CF,
e aos arts. 152, § único, 153 e 154 do CP. Desentranhamento
determinado. HC concedido para esse fim. Não se admite, sob
nenhum pretexto ou fundamento, a juntada, em autos de inquérito
policial ou de ação penal, de cópias ou originais de documentos
confidenciais de empresa, obtidos, sem autorização nem
conhecimento desta, por ex-empregado, ainda que autorizada aquela
por sentença em mandado de segurança impetrado por representante
do Ministério Público.
Ementa
PROVA. Criminal. Documentos. Papéis confidenciais
pertencentes a empresa. Cópias obtidas, sem autorização nem
conhecimento desta, por ex-empregado. Juntada em autos de
inquérito policial. Providência deferida em mandado de segurança
impetrado por representante do Ministério Público.
Inadmissibilidade. Prova ilícita. Ofensa ao art. 5º, LVI, da CF,
e aos arts. 152, § único, 153 e 154 do CP. Desentranhamento
determinado. HC concedido para esse fim. Não se admite, sob
nenhum pretexto ou fundamento, a juntada, em autos de inquérito
policial ou de ação penal, de cópias ou...
Data do Julgamento:19/02/2008
Data da Publicação:DJe-107 DIVULG 12-06-2008 PUBLIC 13-06-2008 EMENT VOL-02323-02 PP-00348 RTJ VOL-00205-03 PP-01201 REVJMG v. 59, n. 184, 2008, p. 378-380 LEXSTF v. 30, n. 355, 2008, p. 353-360
PRISÃO PREVENTIVA. A prisão preventiva surge com
excepcionalidade maior, devendo fazer-se alicerçada no artigo 312
do Código de Processo Penal.
PRISÃO PREVENTIVA - NATUREZA. A
regra é apurar-se para, imposta pena, ter-se o cumprimento
devido. A prisão preventiva revela-se providência extrema,
somente a viabilizando situação concreta enquadrada no figurino
legal.
PRISÃO PREVENTIVA - EXCESSO DE PRAZO. Uma vez
configurado o excesso de prazo, impõe-se o relaxamento da prisão
preventiva.
Ementa
PRISÃO PREVENTIVA. A prisão preventiva surge com
excepcionalidade maior, devendo fazer-se alicerçada no artigo 312
do Código de Processo Penal.
PRISÃO PREVENTIVA - NATUREZA. A
regra é apurar-se para, imposta pena, ter-se o cumprimento
devido. A prisão preventiva revela-se providência extrema,
somente a viabilizando situação concreta enquadrada no figurino
legal.
PRISÃO PREVENTIVA - EXCESSO DE PRAZO. Uma vez
configurado o excesso de prazo, impõe-se o relaxamento da prisão
preventiva.
Data do Julgamento:19/02/2008
Data da Publicação:DJe-074 DIVULG 24-04-2008 PUBLIC 25-04-2008 EMENT VOL-02316-04 PP-00706 LEXSTF v. 30, n. 355, 2008, p. 366-375
EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. FURTO. ATIPICIDADE DA CONDUTA.
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. EXISTÊNCIA DE ELEMENTOS QUE INDICAM
A PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITVA: OCORRÊNCIA. PREJUDICIALIDADE
DO PEDIDO. HABEAS CORPUS CONCEDIDO DE OFÍCIO PARA RECONHECER A
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE.
Ementa
HABEAS CORPUS. PENAL. FURTO. ATIPICIDADE DA CONDUTA.
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. EXISTÊNCIA DE ELEMENTOS QUE INDICAM
A PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNITVA: OCORRÊNCIA. PREJUDICIALIDADE
DO PEDIDO. HABEAS CORPUS CONCEDIDO DE OFÍCIO PARA RECONHECER A
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE.
Data do Julgamento:19/02/2008
Data da Publicação:DJe-055 DIVULG 27-03-2008 PUBLIC 28-03-2008 EMENT VOL-02312-05 PP-00903
EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL. ALEGAÇÃO
DE INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO INTERPOSTO PELO
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL: OCORRÊNCIA. HABEAS COPRUS DEFERIDO.
1. A jurisprudência predominante deste Supremo Tribunal
firmou-se no sentido de que o prazo para a interposição dos
recursos ministeriais inicia-se com o ingresso dos autos na
repartição do Ministério Público. Precedentes.
2. Habeas coprus
deferido.
Ementa
HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL. ALEGAÇÃO
DE INTEMPESTIVIDADE DO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO INTERPOSTO PELO
MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL: OCORRÊNCIA. HABEAS COPRUS DEFERIDO.
1. A jurisprudência predominante deste Supremo Tribunal
firmou-se no sentido de que o prazo para a interposição dos
recursos ministeriais inicia-se com o ingresso dos autos na
repartição do Ministério Público. Precedentes.
2. Habeas coprus
deferido.
Data do Julgamento:19/02/2008
Data da Publicação:DJe-055 DIVULG 27-03-2008 PUBLIC 28-03-2008 EMENT VOL-02312-05 PP-00868
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA - TRIBUTO. Rege o princípio da
insignificância critério objetivo considerada a imputação penal,
descabendo levar em conta atos diversos do agente - precedente:
Agravo de Instrumento nº 559.904-1/RS, relator, ministro
Sepúlveda Pertence, publicado no Diário da Justiça de 26 de
agosto de 2005.
Ementa
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA - TRIBUTO. Rege o princípio da
insignificância critério objetivo considerada a imputação penal,
descabendo levar em conta atos diversos do agente - precedente:
Agravo de Instrumento nº 559.904-1/RS, relator, ministro
Sepúlveda Pertence, publicado no Diário da Justiça de 26 de
agosto de 2005.
Data do Julgamento:19/02/2008
Data da Publicação:DJe-055 DIVULG 27-03-2008 PUBLIC 28-03-2008 EMENT VOL-02312-04 PP-00676
EMENTA
Habeas corpus. Processual penal. Suspeição de Magistrado.
Impossibilidade de análise do conjunto probatório. Ciência
posterior dos fatos que levaram à declaração de suspeição.
Validade dos atos praticados até então. Ordem denegada.
Precedentes da Corte.
1. Embora os fatos ensejadores da
suspeição tenham ocorrido há mais de quinze anos, a motivação da
suspeição se deu posteriormente, com a ciência do parentesco
entre o paciente e a promotora de justiça que atuara no processo
em que foi parte o Magistrado, fato revelado somente com a
apresentação da exceção, não havendo nenhuma ilegalidade ou
nulidade dos atos praticados até então.
2. Ordem denegada.
Ementa
EMENTA
Habeas corpus. Processual penal. Suspeição de Magistrado.
Impossibilidade de análise do conjunto probatório. Ciência
posterior dos fatos que levaram à declaração de suspeição.
Validade dos atos praticados até então. Ordem denegada.
Precedentes da Corte.
1. Embora os fatos ensejadores da
suspeição tenham ocorrido há mais de quinze anos, a motivação da
suspeição se deu posteriormente, com a ciência do parentesco
entre o paciente e a promotora de justiça que atuara no processo
em que foi parte o Magistrado, fato revelado somente com a
apresentação da exceção, não...
Data do Julgamento:19/02/2008
Data da Publicação:DJe-060 DIVULG 03-04-2008 PUBLIC 04-04-2008 EMENT VOL-02313-03 PP-00617 LEXSTF v. 30, n. 356, 2008, p. 412-420
EMENTA
Recurso em Habeas Corpus recebido como Habeas Corpus.
Princípio do livre convencimento motivado do Juiz. Valoração de
provas. Confissão. Princípio do favor rei.
1. Recurso em habeas
corpus, interposto contra acórdãos já transitados em julgado, que
não observa os requisitos formais de regularidade providos no
artigo 310 do RISTF, mas que merece ser recebido como habeas
corpus.
2. Não constitui reexame de matéria fático-probatória a
análise, em cada caso concreto, da força probante dos elementos
de prova relativos a fatos incontroversos.
3. Vige em nosso
sistema o princípio do livre convencimento motivado ou da
persuasão racional, segundo o qual compete ao Juiz da causa
valorar com ampla liberdade os elementos de prova constantes dos
autos, desde que o faça motivadamente, com o que se permite a
aferição dos parâmetros de legalidade e de razoabilidade adotados
nessa operação intelectual. Não vigora mais entre nós o sistema
das provas tarifadas, segundo o qual o legislador estabelecia
previamente o valor, a força probante de cada meio de prova.
4.
Tem-se, assim, que a confissão do réu, quando desarmônica com as
demais provas do processo, deve ser valorada com reservas.
Inteligência do artigo 197 do Código de Processo Penal.
5. A
sentença absolutória de 1º grau apontou motivos robustos para pôr
em dúvida a autoria do delito. Malgrado a confissão havida, as
demais provas dos autos sustentam, quando menos, a aplicação do
princípio do favor rei.
6. Habeas corpus concedido.
Ementa
EMENTA
Recurso em Habeas Corpus recebido como Habeas Corpus.
Princípio do livre convencimento motivado do Juiz. Valoração de
provas. Confissão. Princípio do favor rei.
1. Recurso em habeas
corpus, interposto contra acórdãos já transitados em julgado, que
não observa os requisitos formais de regularidade providos no
artigo 310 do RISTF, mas que merece ser recebido como habeas
corpus.
2. Não constitui reexame de matéria fático-probatória a
análise, em cada caso concreto, da força probante dos elementos
de prova relativos a fatos incontroversos.
3. Vige em nosso
sistema...
Data do Julgamento:19/02/2008
Data da Publicação:DJe-074 DIVULG 24-04-2008 PUBLIC 25-04-2008 EMENT VOL-02316-05 PP-01035 LEXSTF v. 30, n. 357, 2008, p. 350-366
EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL.
PROCESSUAL PENAL. ATIPICIDADE DA CONDUTA. PORTE ILEGAL DE ARMA DE
FOGO COM NÚMERO DE SÉRIE SUPRIMIDO: INTELIGÊNCIA DO ART. 16,
PARÁGRAFO ÚNICO, INC. IV, DA LEI N. 10.826/03. RECURSO
PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA PARTE, DESPROVIDO.
1. A arma de
fogo, mesmo desmuniciada, não infirma a conduta penalmente
punível na forma tipificada no dispositivo mencionado, porque,
com ou sem munição, ela haverá de manter o seu número de série,
marca ou sinal de identificação para que possa ser garantido o
controle estatal.
2. A supressão ou a alteração da numeração ou
de qualquer outro sinal identificador impede ou dificulta o
controle da circulação de armas pela ausência dos registros de
posse ou porte ou pela sua frustração.
3. Comprovação inegável
do porte e posse de arma de fogo, com o seu número de série
suprimido, pelo Recorrente.
4. Recurso parcialmente conhecido e,
nessa parte, desprovido.
Ementa
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL.
PROCESSUAL PENAL. ATIPICIDADE DA CONDUTA. PORTE ILEGAL DE ARMA DE
FOGO COM NÚMERO DE SÉRIE SUPRIMIDO: INTELIGÊNCIA DO ART. 16,
PARÁGRAFO ÚNICO, INC. IV, DA LEI N. 10.826/03. RECURSO
PARCIALMENTE CONHECIDO E, NESSA PARTE, DESPROVIDO.
1. A arma de
fogo, mesmo desmuniciada, não infirma a conduta penalmente
punível na forma tipificada no dispositivo mencionado, porque,
com ou sem munição, ela haverá de manter o seu número de série,
marca ou sinal de identificação para que possa ser garantido o
controle estatal.
2....
Data do Julgamento:14/02/2008
Data da Publicação:DJe-232 DIVULG 04-12-2008 PUBLIC 05-12-2008 EMENT VOL-02344-01 PP-00156
EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. REINCIDÊNCIA. BIS IN IDEM.
INOCORRÊNCIA.
A pena agravada pela reincidência não configura
bis in idem. O recrudescimento da pena imposta ao paciente
resulta de sua opção por continuar a delinqüir.
Ordem denegada.
Ementa
HABEAS CORPUS. PENAL. REINCIDÊNCIA. BIS IN IDEM.
INOCORRÊNCIA.
A pena agravada pela reincidência não configura
bis in idem. O recrudescimento da pena imposta ao paciente
resulta de sua opção por continuar a delinqüir.
Ordem denegada.
Data do Julgamento:12/02/2008
Data da Publicação:DJe-074 DIVULG 24-04-2008 PUBLIC 25-04-2008 EMENT VOL-02316-06 PP-01289
EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PRISÃO PREVENTIVA.
JULGAMENTO CÉLERE (CONSTITUIÇÃO DO BRASIL, ARTIGO 5º, INCISO
LXXVIII). EXCESSO DE PRAZO DA INSTRUÇÃO CRIMINAL.
RAZOABILIDADE.
A Constituição do Brasil determina que "a todos,
no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável
duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua
tramitação".
Não obstante, o excesso de prazo na instrução
criminal não resulta de simples operação aritmética. Complexidade
do processo, retardamento injustificado, atos procrastinatórios
da defesa e o número de réus envolvidos são fatores que,
analisados em conjunto ou separadamente, indicam ser, ou não,
razoável o prazo para o encerramento da instrução criminal.
O
Poder Judiciário foi diligente. A complexidade do processo --- em
que são apurados crimes praticados por quadrilha especializada em
roubo a bancos --- e a quantidade de réus envolvidos justificaram,
no caso, a dilação do prazo para o encerramento da instrução
criminal.
Ordem denegada.
Ementa
HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. PRISÃO PREVENTIVA.
JULGAMENTO CÉLERE (CONSTITUIÇÃO DO BRASIL, ARTIGO 5º, INCISO
LXXVIII). EXCESSO DE PRAZO DA INSTRUÇÃO CRIMINAL.
RAZOABILIDADE.
A Constituição do Brasil determina que "a todos,
no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável
duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua
tramitação".
Não obstante, o excesso de prazo na instrução
criminal não resulta de simples operação aritmética. Complexidade
do processo, retardamento injustificado, atos procrastinatórios
da defesa e o número de réus...
Data do Julgamento:12/02/2008
Data da Publicação:DJe-074 DIVULG 24-04-2008 PUBLIC 25-04-2008 EMENT VOL-02316-05 PP-01072 LEXSTF v. 30, n. 355, 2008, p. 437-443
EMENTA: 1. Habeas Corpus. 2. Furto Qualificado. 3. Alegação de
nulidade decorrente da falta de intimação pessoal do defensor
dativo para a sessão de julgamento da apelação. 4. Decorridos
quase 5 (cinco) anos do trânsito em julgado da condenação, não há
porque declarar a nulidade da ação penal por falta de intimação
pessoal do defensor dativo da pauta de julgamento da apelação
perante o Tribunal de Justiça. 5. A jurisprudência do STF
consolidou o entendimento segundo o qual a matéria relativa à
nulidade processual torna-se definitiva com o trânsito em julgado
da condenação. Precedentes. 6. Ausência de comprovação do
prejuízo (Súmula nº 523 do STF) pois houve publicação da pauta de
julgamento na imprensa oficial. 7. Ordem indeferida.
Ementa
1. Habeas Corpus. 2. Furto Qualificado. 3. Alegação de
nulidade decorrente da falta de intimação pessoal do defensor
dativo para a sessão de julgamento da apelação. 4. Decorridos
quase 5 (cinco) anos do trânsito em julgado da condenação, não há
porque declarar a nulidade da ação penal por falta de intimação
pessoal do defensor dativo da pauta de julgamento da apelação
perante o Tribunal de Justiça. 5. A jurisprudência do STF
consolidou o entendimento segundo o qual a matéria relativa à
nulidade processual torna-se definitiva com o trânsito em julgado
da condenação....
Data do Julgamento:12/02/2008
Data da Publicação:DJe-074 DIVULG 24-04-2008 PUBLIC 25-04-2008 EMENT VOL-02316-03 PP-00655
EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. DIREITO À FIANÇA. MATÉRIA
NÃO SUBMETIDA A EXAME DO TRIBUNAL A QUO.
NÃO-CONHECIMENTO.
Direito à fiança. Inovação processual. Ainda
que se trate de matéria de ordem pública, não cabe a esta Corte
apreciá-la antes de ser submetida às instâncias
precedentes.
Cumpre ao impetrante observar as normas processuais,
ajuizando seu pedido no órgão competente.
Agravo regimental não
provido.
Ementa
HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. DIREITO À FIANÇA. MATÉRIA
NÃO SUBMETIDA A EXAME DO TRIBUNAL A QUO.
NÃO-CONHECIMENTO.
Direito à fiança. Inovação processual. Ainda
que se trate de matéria de ordem pública, não cabe a esta Corte
apreciá-la antes de ser submetida às instâncias
precedentes.
Cumpre ao impetrante observar as normas processuais,
ajuizando seu pedido no órgão competente.
Agravo regimental não
provido.
Data do Julgamento:12/02/2008
Data da Publicação:DJe-070 DIVULG 17-04-2008 PUBLIC 18-04-2008 EMENT VOL-02315-04 PP-00899
EMENTA: PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO. INOCORRÊNCIA. RECURSO NÃO PROVIDO.
I -
Não há, no acórdão guerreado, qualquer omissão, contradição ou
obscuridade.
II - Os embargos não se prestam a reexame do quanto
decidido pela Turma.
III - Embargos declaratórios a que se nega
provimento.
Ementa
PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO. INOCORRÊNCIA. RECURSO NÃO PROVIDO.
I -
Não há, no acórdão guerreado, qualquer omissão, contradição ou
obscuridade.
II - Os embargos não se prestam a reexame do quanto
decidido pela Turma.
III - Embargos declaratórios a que se nega
provimento.
Data do Julgamento:12/02/2008
Data da Publicação:DJe-036 DIVULG 28-02-2008 PUBLIC 29-02-2008 EMENT VOL-02309-01 PP-00125
EMENTA: AÇÃO PENAL. Processo. Excesso de prazo. Não caracterização.
Demora oriunda da interposição de recursos do réu contra a
sentença de pronúncia. Retardamento não imputável a deficiência
da máquina judiciária. HC denegado. Precedentes. Não caracteriza
constrangimento ilegal o excesso de prazo que decorra do direito
do réu de, retardando a realização do júri, insistir no reexame
da pronúncia mediante recursos em sentido estrito e
extraordinário.
Ementa
AÇÃO PENAL. Processo. Excesso de prazo. Não caracterização.
Demora oriunda da interposição de recursos do réu contra a
sentença de pronúncia. Retardamento não imputável a deficiência
da máquina judiciária. HC denegado. Precedentes. Não caracteriza
constrangimento ilegal o excesso de prazo que decorra do direito
do réu de, retardando a realização do júri, insistir no reexame
da pronúncia mediante recursos em sentido estrito e
extraordinário.
Data do Julgamento:12/02/2008
Data da Publicação:DJe-055 DIVULG 27-03-2008 PUBLIC 28-03-2008 EMENT VOL-02312-04 PP-00683 RTJ VOL-00205-03 PP-01241
EMENTA: CRIMINAL. HABEAS CORPUS. CRIME HEDIONDO. PRISÃO EM
FLAGRANTE HOMOLOGADA. PROIBIÇÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. PLEITO DE AFASTAMENTO DA
QUALIFICADORA DA SURPRESA. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE
REVOLVIMENTO DOS FATOS E PROVAS. IMPROPRIEDADE DO WRIT. ORDEM
PARCIALMENTE CONHECIDA E CONCEDIDA.
A atual jurisprudência desta
Corte admite a concessão de liberdade provisória em crimes
hediondos ou equiparados, em hipóteses nas quais estejam ausentes
os fundamentos previstos no artigo 312 do Código de Processo
penal. Precedentes desta Corte.
Em razão da supressão, pela lei
11.646/2007, da vedação à concessão de liberdade provisória nas
hipóteses de crimes hediondos, é legítima a concessão de
liberdade provisória ao paciente, em face da ausência de
fundamentação idônea para a sua prisão.
A análise do pleito de
afastamento da qualificadora surpresa do delito de homicídio
consubstanciaria indevida incursão em matéria probatória, o que
não é admitido na estreita via do habeas corpus.
Ordem
parcialmente conhecida e, nesta extensão, concedida.
Ementa
CRIMINAL. HABEAS CORPUS. CRIME HEDIONDO. PRISÃO EM
FLAGRANTE HOMOLOGADA. PROIBIÇÃO DE LIBERDADE PROVISÓRIA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. PLEITO DE AFASTAMENTO DA
QUALIFICADORA DA SURPRESA. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE
REVOLVIMENTO DOS FATOS E PROVAS. IMPROPRIEDADE DO WRIT. ORDEM
PARCIALMENTE CONHECIDA E CONCEDIDA.
A atual jurisprudência desta
Corte admite a concessão de liberdade provisória em crimes
hediondos ou equiparados, em hipóteses nas quais estejam ausentes
os fundamentos previstos no artigo 312 do Código de Processo
penal. Precedentes desta Corte....
Data do Julgamento:18/12/2007
Data da Publicação:DJe-083 DIVULG 08-05-2008 PUBLIC 09-05-2008 EMENT VOL-02318-02 PP-00367 JC v. 35, n. 115, 2007/2008, p. 178-190 LEXSTF v. 30, n. 354, 2008, p. 458-471
E M E N T A: "HABEAS CORPUS" - SUBSTITUIÇÃO DE PENA PRIVATIVA DE
LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS (CP, ART. 44) -
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS NECESSÁRIOS À
SUBSTITUIÇÃO PENAL POSTULADA - PACIENTE REINCIDENTE -
POSSIBILIDADE DE REFERIDA CONVERSÃO, "DESDE QUE, EM FACE DA
CONDENAÇÃO ANTERIOR, A MEDIDA SEJA SOCIALMENTE RECOMENDÁVEL E A
REINCIDÊNCIA NÃO SE TENHA OPERADO EM VIRTUDE DA PRÁTICA DO MESMO
CRIME" (CP, ART. 44, § 3º) - "SURSIS" - CARÁTER SUBSIDIÁRIO -
BENEFÍCIO LEGAL QUE SOMENTE INCIDIRÁ, SE E QUANDO INCABÍVEL A
SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR SANÇÃO RESTRITIVA
DE DIREITOS (CP, ART. 77, INCISO III) - "HABEAS CORPUS" DEFERIDO.
Ementa
E M E N T A: "HABEAS CORPUS" - SUBSTITUIÇÃO DE PENA PRIVATIVA DE
LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS (CP, ART. 44) -
PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS OBJETIVOS E SUBJETIVOS NECESSÁRIOS À
SUBSTITUIÇÃO PENAL POSTULADA - PACIENTE REINCIDENTE -
POSSIBILIDADE DE REFERIDA CONVERSÃO, "DESDE QUE, EM FACE DA
CONDENAÇÃO ANTERIOR, A MEDIDA SEJA SOCIALMENTE RECOMENDÁVEL E A
REINCIDÊNCIA NÃO SE TENHA OPERADO EM VIRTUDE DA PRÁTICA DO MESMO
CRIME" (CP, ART. 44, § 3º) - "SURSIS" - CARÁTER SUBSIDIÁRIO -
BENEFÍCIO LEGAL QUE SOMENTE INCIDIRÁ, SE E QUANDO INCABÍVEL A
SUBSTITUIÇÃO DA PENA P...
Data do Julgamento:18/12/2007
Data da Publicação:DJe-206 DIVULG 30-10-2008 PUBLIC 31-10-2008 EMENT VOL-02339-04 PP-00770
EMENTA: RECLAMAÇÃO. PROCESSO PENAL. PRISÃO DE ADVOGADO.
RECOLHIMENTO EM DEPENDÊNCIA DA POLÍCIA MILITAR. DESCUMPRIMENTO DE
DECISÃO DO STF NA ADI 1.127. INOCORRÊNCIA. ENTENDIMENTO DA
EXPRESSÃO "SALA DE ESTADO MAIOR" CONTIDA NA LEI 8.906/94.
RECLAMAÇÃO IMPROCEDENTE.
I - O Supremo Tribunal Federal
estabeleceu que é constitucional a prerrogativa de o advogado ser
preso em sala de Estado Maior até o trânsito em julgado da
condenação.
II - A prisão de profissional inscrito na Ordem dos
Advogados do Brasil em dependência da Polícia Militar não desafia
o decidido por esta Corte.
III - A expressão "sala de Estado
Maior" deve ser interpretada como sendo uma dependência em
estabelecimento castrense, sem grades, com instalações
condignas.
IV - O preceito legal que confere aos advogados o
direito à prisão especial, antes do trânsito em julgado da
condenação, não desnatura o caráter da medida, que representa uma
restrição à liberdade de locomoção, ainda que em condições
diferenciadas dos demais presos.
V - Reclamação cujo alcance não
pode ser ampliado, sob pena de transformá-la em verdadeiro
sucedâneo do recurso de apelação, ajuizada diretamente perante a
Suprema Corte.
VI - Reclamação julgada improcedente.
Ementa
RECLAMAÇÃO. PROCESSO PENAL. PRISÃO DE ADVOGADO.
RECOLHIMENTO EM DEPENDÊNCIA DA POLÍCIA MILITAR. DESCUMPRIMENTO DE
DECISÃO DO STF NA ADI 1.127. INOCORRÊNCIA. ENTENDIMENTO DA
EXPRESSÃO "SALA DE ESTADO MAIOR" CONTIDA NA LEI 8.906/94.
RECLAMAÇÃO IMPROCEDENTE.
I - O Supremo Tribunal Federal
estabeleceu que é constitucional a prerrogativa de o advogado ser
preso em sala de Estado Maior até o trânsito em julgado da
condenação.
II - A prisão de profissional inscrito na Ordem dos
Advogados do Brasil em dependência da Polícia Militar não desafia
o decidido por esta Corte.
III...
Data do Julgamento:17/12/2007
Data da Publicação:DJe-041 DIVULG 06-03-2008 PUBLIC 07-03-2008 EMENT VOL-02310-02 PP-00291 RTJ VOL-00205-02 PP-00703 JC v. 35, n. 115, 2007/2008, p. 191-203
EMENTA: PROCESSUAL PENAL. RECLAMAÇÃO. PRISÃO CAUTELAR. ADVOGADO.
SALA DE ESTADO MAIOR. ESTATUTO DA ADVOCACIA. ART. 7, V, DA LEI
8.906/94. GARANTIA DA AUTORIDADE DAS DECISÕES DESTA SUPREMA
CORTE. PROCEDÊNCIA.
I - É garantia dos advogados, enquanto não
transitada em julgado a decisão condenatória, a permanência em
estabelecimento que possua Sala de Estado Maior.
II - Ofende a
autoridade das decisões desta Suprema Corte a negativa de
transferência de advogado para Sala de Estado Maior ou, na sua
ausência, para a prisão domiciliar.
III - Reclamação julgada
procedente.
Ementa
PROCESSUAL PENAL. RECLAMAÇÃO. PRISÃO CAUTELAR. ADVOGADO.
SALA DE ESTADO MAIOR. ESTATUTO DA ADVOCACIA. ART. 7, V, DA LEI
8.906/94. GARANTIA DA AUTORIDADE DAS DECISÕES DESTA SUPREMA
CORTE. PROCEDÊNCIA.
I - É garantia dos advogados, enquanto não
transitada em julgado a decisão condenatória, a permanência em
estabelecimento que possua Sala de Estado Maior.
II - Ofende a
autoridade das decisões desta Suprema Corte a negativa de
transferência de advogado para Sala de Estado Maior ou, na sua
ausência, para a prisão domiciliar.
III - Reclamação julgada
procedente.
Data do Julgamento:17/12/2007
Data da Publicação:DJe-036 DIVULG 28-02-2008 PUBLIC 29-02-2008 EMENT VOL-02309-01 PP-00114 RTJ VOL-00204-01 PP-00243 LEXSTF v. 30, n. 356, 2008, p. 518-524
EMENTA
Mandado de Segurança. Tribunal de Contas da União. Banco
Central do Brasil. Operações financeiras. Sigilo.
1. A Lei
Complementar nº 105, de 10/1/01, não conferiu ao Tribunal de
Contas da União poderes para determinar a quebra do sigilo
bancário de dados constantes do Banco Central do Brasil. O
legislador conferiu esses poderes ao Poder Judiciário (art. 3º),
ao Poder Legislativo Federal (art. 4º), bem como às Comissões
Parlamentares de Inquérito, após prévia aprovação do pedido pelo
Plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do
plenário de suas respectivas comissões parlamentares de inquérito
(§§ 1º e 2º do art. 4º).
2. Embora as atividades do TCU, por sua
natureza, verificação de contas e até mesmo o julgamento das
contas das pessoas enumeradas no artigo 71, II, da Constituição
Federal, justifiquem a eventual quebra de sigilo, não houve essa
determinação na lei específica que tratou do tema, não cabendo a
interpretação extensiva, mormente porque há princípio
constitucional que protege a intimidade e a vida privada, art. 5º,
X, da Constituição Federal, no qual está inserida a garantia ao
sigilo bancário.
3. Ordem concedida para afastar as
determinações do acórdão nº 72/96 - TCU - 2ª Câmara (fl. 31), bem
como as penalidades impostas ao impetrante no Acórdão nº 54/97 -
TCU - Plenário.
Ementa
EMENTA
Mandado de Segurança. Tribunal de Contas da União. Banco
Central do Brasil. Operações financeiras. Sigilo.
1. A Lei
Complementar nº 105, de 10/1/01, não conferiu ao Tribunal de
Contas da União poderes para determinar a quebra do sigilo
bancário de dados constantes do Banco Central do Brasil. O
legislador conferiu esses poderes ao Poder Judiciário (art. 3º),
ao Poder Legislativo Federal (art. 4º), bem como às Comissões
Parlamentares de Inquérito, após prévia aprovação do pedido pelo
Plenário da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do
plenário de suas resp...
Data do Julgamento:17/12/2007
Data da Publicação:DJe-047 DIVULG 13-03-2008 PUBLIC 14-03-2008 EMENT VOL-02311-01 PP-00167 RTJ VOL-00205-01 PP-00161 LEXSTF v. 30, n. 356, 2008, p. 488-517
E M E N T A: "HABEAS CORPUS" - IMPETRAÇÃO CONTRA DECISÃO
COLEGIADA DE TURMA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL -
INADMISSIBILIDADE - EXTINÇÃO LIMINAR DO PROCESSO DE "HABEAS
CORPUS" POR DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR DA CAUSA -
LEGITIMIDADE - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.
- Não cabe
impetração de "habeas corpus", para o Plenário, contra decisão
colegiada de qualquer das Turmas do Supremo Tribunal Federal,
ainda que resultante do julgamento de outros processos de "habeas
corpus" (Súmula 606/STF) ou proferida em sede de recursos em
geral, inclusive aqueles de natureza penal. Precedentes.
- A
jurisprudência prevalecente no Supremo Tribunal Federal reconhece
possível, no entanto, a impetração de "habeas corpus", quando
deduzida em face de decisões monocráticas proferidas pelo Relator
da causa. Precedentes.
- O Relator da causa, inclusive de
ações de "habeas corpus", dispõe de poderes processuais para
extinguir, liminarmente, de modo válido, processos em cujo âmbito
se formulem postulações inviáveis ou incompatíveis com enunciados
sumulares do Supremo Tribunal Federal ou, ainda, conflitantes com
a jurisprudência predominante no Tribunal, embora não sumulada.
Precedentes.
Ementa
E M E N T A: "HABEAS CORPUS" - IMPETRAÇÃO CONTRA DECISÃO
COLEGIADA DE TURMA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL -
INADMISSIBILIDADE - EXTINÇÃO LIMINAR DO PROCESSO DE "HABEAS
CORPUS" POR DECISÃO MONOCRÁTICA DO RELATOR DA CAUSA -
LEGITIMIDADE - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.
- Não cabe
impetração de "habeas corpus", para o Plenário, contra decisão
colegiada de qualquer das Turmas do Supremo Tribunal Federal,
ainda que resultante do julgamento de outros processos de "habeas
corpus" (Súmula 606/STF) ou proferida em sede de recursos em
geral, inclusive aqueles de natureza penal. Pr...
Data do Julgamento:12/12/2007
Data da Publicação:DJe-064 DIVULG 02-04-2009 PUBLIC 03-04-2009 EMENT VOL-02355-02 PP-00224